A Equatorial Energia divulgou seus resultados do segundo trimestre, ressaltando que preferiu seguir com a baixa contábil de efeitos não-recorrente, como a devolução ao consumidor de PIS/Cofins, mas que, no entanto, não desistiu de medidas em curso sobre o assunto.
O segmento de distribuição encerrou o trimestre com um resultado financeiro líquido negativo em R$ 362 milhões. Esse resultado inclui efeitos não-recorrente no total de R$ 124 milhões, dos quais, a maior parcela, deve-se a devolução de créditos de PIS e Cofins no montante de R$ 106 milhões na Equatorial Maranhão. A empresa também contabilizou a devolução na distribuidora do Piauí, de R$ 8,8 milhões.
Segundo Leonardo Lucas Tavares, diretor Financeiro e de Relações com Investidores do grupo, a empresa achou por bem fazer as baixas dos valores, mas ainda não desistiu de medidas judiciais que serão tratadas ‘daqui para frente’.
“Tomamos a medida de fazer a baixa, mas isso não quer dizer que o assunto termina aí. Tem outras empresas também com medidas, outros detalhes, mas preferiria comentar até esse ponto”, disse o CFO.
Além disso, o desempenho no trimestre também foi muito afetado pelo resultado financeiro negativo da Equatorial, que cresceu 257,3% e chegou a R$ 1,1 bilhão. A piora aconteceu em função da maior taxa média de juros e do maior volume de dívida contratada, além da consolidação de novos ativos.
Sobre essa questão, Augusto Miranda, CEO do grupo, declarou que o país passa por um momento inflacionário e de juros, com aumento de custo fornecedores. Além disso, a expansão da Equatorial em áreas de crescimento de números de clientes, bem como de aquisição de novas companhias.
Miranda destacou que a empresa passa por um ‘expressivo crescimento inorgânico, o que pressiona as demais áreas”, e que num primeiro momento é necessário “consolidar e depois tende a se acomodar”.
Sobre o leilão da empresa de saneamento do Ceará e da distribuidora Celg, os executivos da empresa declararão que naturalmente estão olhando, mas que não comentam processos específicos.