A GásLocal, subsidiária de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) da White Martins, lançou na quarta-feira (10/08) uma unidade móvel para abastecimento de GNL. Segundo a empresa, a unidade autônoma de gaseificação móvel (UAG Móvel) reduz em até seis vezes o tempo necessário para instalação de equipamentos para armazenamento e uso do gás, por intermédio de uma tecnologia inédita. A UAG Móvel tem capacidade de armazenar até 26 mil metros cúbicos de GNL em um tanque instalado na posição horizontal, com capacidade de regaseificação de até 1.000 metros cúbicos por hora (m³/h).
O GNL é transportado por carretas criogênicas da GásLocal e, após regaseificação, é distribuído por meio de dutos. A solução, segundo a GásLocal, foi criada de olho nas indústrias de diversos segmentos e é produzida integralmente no Brasil, em Sorocaba (SP), na Fábrica de Equipamentos Criogênicos da White Martins. Já o GNL é produzido na planta da White Martins em Paulínia, com capacidade de produzir 440 mil m³ por dia. (Valor Econômico)
Braskem pode revisar investimentos ou reduzir taxa de operação no Brasil
A Braskem pode reduzir os investimentos previstos para o Brasil ou a taxa de operação de suas unidades no país, caso a diminuição temporária das alíquotas de importação de resinas permaneça em vigor, disse ontem (11/08) o vice-presidente de Finanças, Suprimentos e Relações Institucionais da petroquímica, Pedro Freitas.
“O mercado está plenamente aquecido, não ficou desabastecido. Então, a gente acredita que essa medida tem de ser revista”, afirmou, em teleconferência com jornalistas. Segundo o executivo, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) já está em contato com o Ministério da Economia numa tentativa de alcançar essa revisão. (Valor Econômico)
Cancelamento de contratos de termelétricas evita alta de 6% na conta de luz
Cálculos feitos pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) feitos a pedido do jornal O Globo indicam que o consumidor pode se livrar de uma fatura extra de R$ 32 bilhões deixada pela crise hídrica do ano passado. Em outubro último, o governo contratou energia em caráter emergencial, mas os empreendimentos atrasaram, o que justificaria o cancelamento dos contratos, de acordo com as regras da licitação.
Na prática, isso deve evitar uma cobrança extra de R$ 10 bilhões por ano na conta de luz, que afetaria o consumidor até 2025, ainda segundo estimativas da Abrace. Com o cancelamento dos contratos, não haverá aumento extra na conta. Apenas seis das 17 usinas contratadas no leilão, desenhado originalmente para garantir o abastecimento neste ano em caso de nova seca, entraram em operação dentro do prazo estabelecido. O prazo limite determinado pelos acordos e previsto nos editais se encerrou no dia 1º deste mês.
Petrobras sobre ofício do Ministério da Economia
Em comunicado, a Petrobras informa que recebeu ofício do Ministério da Economia, ontem (11/08), ratificando a indicação pela União, acionista controlador da companhia, de Ricardo Soriano de Alencar para o conselho de administração da empresa, a ser submetida à assembleia geral extraordinária (AGE) convocada para o próximo dia 19.
Crise de energia piora na Europa e preços atingem novos recordes
O Valor Econômico (com agência Bloomberg) informa que os preços da energia na Europa atingiram novos recordes ontem (11/08), já que uma onda de calor está limitando o fornecimento e provocando incêndios florestais na França. Os ganhos refletem um mercado apertado para o gás natural – usado para abastecer usinas de energia – já que a Rússia corta o fornecimento no momento em que a Europa trabalha para reabastecer os estoques para o inverno.
A queda na produção nuclear, bem como a baixa geração eólica e hídrica, exacerbou o aperto, aumentando o espectro de intervenção para reduzir a demanda. “Se a Rússia cortar o gás e não houver gás suficiente para toda a demanda, haverá racionamento”, diz Annegret Groebel, presidente do Conselho de Reguladores Europeus de Energia, em entrevista à Bloomberg Television.
PANORAMA DA MÍDIA
A leitura de duas cartas abertas em defesa da democracia e os atos cívicos realizados ontem (11/08) em São Paulo e em outras cidades brasileiras são destaque hoje nos principais jornais do país, que trazem reportagens, análises e editoriais a respeito.
Empresários, economistas, professores, estudantes, advogados, sindicalistas, líderes de movimentos sociais, entre outros setores, se concentraram na Faculdade de Direito da USP, onde foram lidos os dois manifestos pró-democracia: a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”, organizada por ex-alunos do Largo São Francisco, e o manifesto “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, liderado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O primeiro documento já reúne mais de um milhão de assinaturas. O segundo foi assinado por entidades representativas de setores produtivos e da sociedade civil. Os dois textos apoiam a democracia e o sistema eleitoral brasileiro e condenam ataques infundados contra urnas eletrônicas. Não foram chamados candidatos, políticos com mandato nem lideranças partidárias para falar ao público. (Valor Econômico / Folha de S. Paulo / O Estado de S. Paulo / O Globo)