No primeiro balanço após sua privatização, a Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre deste ano. O resultado é 45% inferior ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2022, a companhia somou ganhos de R$ 4,1 bilhões, 1% abaixo do primeiro semestre do ano passado.
Apesar dos ganhos com a privatização, a companhia sofreu com efeitos da variação cambial, entre outros fatores. Em comunicado, a empresa informou ter tido efeito positivo decorrente do impacto da privatização no valor de R$ 742 milhões, além de R$ 454 milhões de ganho pela venda de sua participação na Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T).
Mas, por outro lado, o resultado trimestral foi impactado, negativamente, pela provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 890 milhões, em função, principalmente, do aporte de capital realizado por Furnas em Santo Antônio Energia. O lucro também foi afetado pela inadimplência da distribuidora Amazonas Energia e pela variação cambial negativa de R$625 milhões no trimestre, devido à exposição de dívida da empresa em dólar. (O Globo)
Cemig: provisão para créditos de ICMS pesa e lucro despenca R$ 97,44%
O lucro líquido da Cemig caiu 97,44% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 49,876 milhões, impactado pela provisão de R$ 1,405 bilhão feita para atender às determinações da Lei 14.385/2022, que disciplina a devolução de créditos tributários referentes à cobrança de PIS e Cofins na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No acumulado do ano até junho o lucro da Cemig alcançou R$ 1,505 bilhão, recuo de 36,45% em base anual de comparação.
Em comunicado, a empresa informou que aguarda a regulamentação da lei pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e avalia junto aos assessores legais eventuais ações futuras relacionadas à questão.
A receita líquida da companhia no segundo trimestre cresceu 11,7% para R$ 8,213 bilhões, e no acumulado do semestre a empresa registrou receita de R$ 16,060 bilhões, alta de 11,0%. Entre abril e junho, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado pela exclusão de itens não recorrentes, cresceu 37,02% em base anual de comparação, para R$ 1,809 bilhão. (InfoMoney / Estadão Conteúdo)
Venda de energia de Itaipu no mercado livre é opção em negociação Brasil-Paraguai
O governo brasileiro está retomando os preparativos para negociar com o Paraguai as condições de comercialização de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu, estudando cenários que preveem desde a manutenção dos termos atuais até a venda de energia nos mercados livre e regulado, como fazem as elétricas privadas, informou Anatalício Junior Risden, diretor-geral brasileiro da usina.
As mudanças são avaliadas no momento em que, do lado do Brasil, a Eletrobras privatizada não participa mais dos processos sobre Itaipu, que atualmente vende 100% da energia gerada em cotas no mercado regulado, e não no livre. As avaliações, disse Risden, vão ser guiadas pela orientação de “diminuição de custos” dada pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, para que o novo contrato efetivamente se traduza em uma energia mais barata. As informações são da agência de notícias Reuters e foram publicadas por diversos canais de internet, como o portal CNN Brasil.
Área desmatada na Amazônia em 1 ano é maior que a Grande SP
Reportagem publicada hoje (13/08) pela Folha de S. Paulo indica que a Amazônia completou mais um período de elevada destruição. De agosto de 2021 até julho de 2022, foram derrubados 8.590,33 km² do bioma, área maior que a da Grande São Paulo. A taxa é a terceira maior do histórico recente do Deter, iniciado em 2015.
A ferramenta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mede o desmatamento praticamente em tempo real. O novo dado só fica atrás de 2019-2020 e de 2020-2021, respectivamente o primeiro e o segundo ano com maiores desmates, segundo o Deter. A nova taxa de desmate foi divulgada ontem de manhã, pelo Inpe.
Os salários da Petrobras agora estão transparentes
O jornalista Lauro Jardim, do Globo, informa que em uma divulgação inédita, o Ministério da Economia passou a publicar nesta semana em seu portal da internet a remuneração de todos cargos de presidentes e diretores de estatais federais. A medida, adotada pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, atende a uma determinação do TCU.
De acordo com a relação divulgada, o salário do presidente da Petrobras é de R$ 116 mil mensais, além da gratificação natalina de R$ 126 mil, honorários de R$ 48 mil do conselho fiscal, além de plano de saúde, passagem aérea, auxílio moradia e outros benefícios.
PANORAMA DA MÍDIA
A Folha de S. Paulo informa que as parcerias público-privadas de saneamento (PPPs) devem bater recorde em 2022. A reportagem destaca que dois anos após a aprovação do novo marco legal do saneamento e depois do período mais sensível da pandemia, o mercado começa a sentir o reflexo no destravamento de novas PPPs envolvendo água, esgoto e resíduos sólidos. Segundo levantamento exclusivo solicitado pela Folha à consultoria Radar PPP, para este ano, há 57 PPPs entre as etapas de consulta pública iniciada e licitação encerrada, o que faria de 2022 o ano com a maior quantidade de contratos assinados na série histórica, iniciada em 2016.
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O principal destaque da edição deste sábado (13/08) do jornal O Estado e S. Paulo são as demandas por reajuste de salários de deputados federais e senadores. A reivindicação é de 9%. De acordo com a reportagem, o tema deve ficar para depois das eleições de outubro.
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O mandado de busca do FBI na casa do ex-presidente americano Donald Trump, na Flórida, na última segunda-feira (08/08), indica que o ex-presidente republicano está sob investigação por possíveis violações de três leis americanas. A primeira é a Lei de Espionagem, que torna ilegal reter sem autorização informação de segurança nacional que poderia prejudicar os EUA ou auxiliar um adversário estrangeiro. A segunda é um estatuto associado à remoção ilegal de materiais governamentais. A terceira é uma lei federal que torna crime destruir ou esconder um documento para obstruir uma investigação do governo. (O Globo)