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Compass prevê arrecadar R$ 900 milhões com venda de participação em distribuidoras

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Cosan/ Divulgação

A Compass Gás e Energia espera levantar um total de R$ 900 milhões com a venda de participações em 12 distribuidoras estaduais de gás natural pela Commit (antiga Gaspetro). No final de julho, a empresa concluiu a venda da participação em cinco empresas, arrecadando R$ 726 milhões.

O desinvestimento faz parte do compromisso firmado pela companhia quando adquiriu 51% da Petrobras na Gaspetro, concluída em julho, por R$ 2,1 bilhões. Na sequência, Compass e a Mitsui Gás e Energia do Brasil anunciaram a mudança da razão social de Gaspetro para Commit Gás. As sócias possuem, juntas, 51% das ações da nova empresa.

No final do processo de desinvestimentos a Compass ficará com participação em sete distribuidoras, as quais devem estar localizadas no centro sul, uma vez que a empresa tem como foco em ordem de prioridade as concessões próximas a São Paulo.

“Claro que uma concentração geográfica faz sentido em termos de esforço e capacidade de gerar resultado. Isso é o que estamos perseguindo”, disse o Luiz Henrique Guimarães, CEO da Cosan, que é a controladora da Compass, durante teleconferência de resultados com analistas.

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Guimarães também declarou que o grupo deverá continuar trabalhando para impulsionar os investimentos em infraestrutura de gás natural no país, da costa para outras regiões, e na regulamentação do mercado livre de gás para todo o país.

“Hoje 60% do mercado de gás no brasil já tem regulamentação para cliente livre. O Brasil tem uma reserva muito grande, e nossa intenção é replicar o atendimento do cliente livre da área da Comgás, para os clientes, se assim quiserem, terem capacidade de migrarem para o mercado livre”, disse o CEO da Cosan.

O trabalho na expansão do mercado de gás brasileiro também olha para as questões de geopolítica mundial, seja pela guerra da Rússia na Ucrânia, ou pela tensão política que passa por China, Estados Unidos e Taiwan, para novos supridores e questões de abastecimento.

Questionado por um analista sobre a queda estrutural do petróleo no Brasil, Guimarães destacou que acredita que a Petrobras continuará fazendo os reajustes para continuar a política de paridade internacional, mas que não estão convencidos de que é um cenário estrutural.

Resultados

A Compass Gás e Energia reportou lucro de R$ 878 milhões no segundo trimestre de 2022, valor 35% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. De acordo com a Cosan, a alta deve-se aos ganhos de eficiência da Comgás e da consolidação da Sulgás, o que compensou a redução nos volumes industriais.

Já o grupo Cosan divulgou prejuízo de R$ 125,3 milhões, ante um lucro de R$ 942,4 milhões no segundo trimestre de 2021. O resultado foram reflexo de impactos pontuais, de acordo com o grupo, e sem efeito caixa, no resultado financeiro corporativo, e do aumento da taxa de juros gerando maiores despesas financeiras para todos os negócios.