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Distribuidoras de gás natural pedem preço-teto de leilão até 33% mais alto – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que as distribuidoras de gás no Maranhão (Gasmar) e no Piauí (Gaspisa) pedem um aumento de 33% no preço-teto sugerido inicialmente pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para o primeiro leilão das usinas térmicas exigidas na Lei da Eletrobras. Ambas as companhias têm participação acionária do empresário Carlos Suarez, apontado como um dos principais interessados na emenda acrescentada à medida provisória, que foi aprovada pelo Congresso no ano passado e forçou a contratação de 8 mil megawatts (MW) de térmicas a gás natural onde hoje não existe fornecimento regular do insumo.

A reportagem explica que o texto final da lei falava em “atualização” do preço-teto no leilão A-6 (com início da entrega de energia depois de seis anos) realizado em 2019. Na época, cogitava-se no mercado que o valor máximo do megawatt-hora nos leilões das térmicas seria atualizado pelo IPCA, o índice oficial da inflação. Decreto posterior, no entanto, definiu uma fórmula que levava em conta diversos outros fatores: taxa de câmbio, preço do barril de petróleo Brent no mercado internacional, preço do gás natural no Henry Hub (referência de distribuição do insumo nos Estados Unidos). Com base nessa fórmula, o próprio MME definiu então um preço-teto de R$ 450 por megawatt-hora.

Esse valor consta dos documentos colocados em consulta pública pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para discutir o leilão. No âmbito da consulta, a Gasmar e a Gaspisa pediram um aumento para R$ 600. A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) também se manifestou e solicitou elevação para R$ 580.

Gasolina já é encontrada a menos de R$ 5 em 13 estados

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O litro da gasolina já pode ser encontrado a menos de R$ 5 em postos de 13 estados, segundo a pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) divulgada na última sexta-feira (19/08). Na média nacional, o combustível foi vendido a R$ 5,40 por litro, queda de 1,8% em relação à semana anterior. Foi a oitava semana consecutiva de queda, resultado dos cortes de impostos aprovados pelo Congresso no fim de junho e de reduções do preço nas refinarias da Petrobras. (Folha de S. Paulo)

Energisa eleva aposta no MT e MS com novos negócios

Em entrevista ao Valor Econômico, a vice-presidente de Soluções Energéticas da Energisa, Roberta Godói, disse que a empresa está crescendo nas atividades não reguladas com uma estratégia inovadora. Está usando a (Re)energisa, seu braço nos segmentos de geração distribuída, comercialização no mercado livre e serviços de valor agregado, para oferecer na sua área de concessão nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul serviços de assinatura solar e geração distribuída (geração própria).

A estratégia mira a abertura do mercado de energia, transição energética e consumidores com maior poder aquisitivo. A empresa está investindo R$ 1,1 bilhão para aproveitar as oportunidades de alavancar os negócios em novos estados. O montante representa 18% do total investido pelo grupo.

Roberta Godói contou que a sanção do marco legal da geração própria de energia, em janeiro, criou um senso de urgência no desenvolvimento de novos projetos nessa área no país. O setor prevê uma “corrida pelo sol” neste ano para garantir a gratuidade da cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras, a chamada Tusd, até 2045. “Foi o gatilho que a gente precisava para pensar num plano. Estamos com 91 MW de geração distribuída e queremos fechar o ano com 230 MW (…). Já temos comprado todos os insumos para componentes para construir todas as usinas de 2022 e um pouco de 2023”, informou.

Bancos brasileiros terão de medir impacto das mudanças climáticas em seus negócios

Os bancos brasileiros vão entrar em dezembro numa nova era sobre como medir os impactos das mudanças climáticas para seus negócios, informa o jornal O Estado de S. Paulo. O Banco Central (BC) começará a cobrar a inclusão de riscos climáticos no gerenciamento de risco e capital, além de uma política de responsabilidade social, ambiental e climática e de um relatório anual com informações padronizadas sobre o tema.

De acordo com a reportagem, na América Latina, o Brasil está na vanguarda desse processo, que começou a ser tateado pelas principais economias do globo. Em outubro, o BC deve apresentar no Relatório de Estabilidade Financeira (REF) algumas referências para as instituições seguirem na elaboração de suas estimativas.

No documento, devem vir, por exemplo, detalhes sobre como as instituições terão de calcular reflexos de uma seca extrema sobre seus serviços e ativos, além de um estudo sobre riscos de transição.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque de hoje (23/08) na mídia é a entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada ontem, pelo Jornal Nacional, como candidato à reeleição em outubro.

Na primeira entrevista da série de sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo, com candidatos à Presidência, o presidente Jair Bolsonaro, cobrado a assumir um compromisso de respeito ao resultado das urnas, condicionou sua postura a “eleições limpas e transparentes” e repetiu informações incorretas e distorcidas sobre o sistema eletrônico de votação. (O Globo)

O presidente Jair Bolsonaro colocou condições para aceitar os resultados das eleições e mentiu, durante sabatina no Jornal Nacional, ao tratar de ações na pandemia da covid-19 e ao negar que tenha xingado ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi o primeiro candidato ao Planalto a participar da série de entrevistas com presidenciáveis no programa da TV Globo. (Folha de S. Paulo)

A cúpula da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição avalia que a entrevista do presidente ao Jornal Nacional, na noite de ontem, serviu para amenizar resistências à sua participação em debates. (O Estado de S. Paulo)

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Reportagem do Valor Econômico ressalta que a aceleração da inflação desde o 2º semestre de 2021 fez a quantidade de inadimplentes crescer 7,39%, o equivalente a 4,6 milhões de pessoas. Hoje, um número recorde de ao menos 66,8 milhões de consumidores não conseguem honrar o pagamento de suas contas e dívidas. Em agosto de 2021, último mês antes de o índice de preços chegar a dois dígitos, esse total era de 62,2 milhões de pessoas, segundo dados da Serasa Experian.