O Valor Econômico informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pôs à disposição das micro, pequenas e médias empresas um fundo garantidor voltado para eficiência energética.
A instituição aportou R$ 40 milhões doados pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), destinado a incentivar o uso racional de eletricidade, e espera viabilizar R$ 300 milhões em créditos para os empreendedores que até então tinham dificuldades para obter garantias para levantar recursos para projetos de energia eficiente. Os recursos do Procel são oriundos do repasse, previsto em lei, de 0,1% da receita líquida das distribuidoras de energia.
A iniciativa ganhou o nome de Programa de Garantia a Créditos para Eficiência Energética (FGEnergia). O fundo garantidor para o setor já está disponível para contratação e dá cobertura de 80% do valor do crédito, com ticket entre R$ 50 mil e R$ 3 milhões, e prazo de financiamento de 12 a 84 meses, com carência de até 24 meses.
Setor elétrico reclama de ‘jabutis’ em MP que podem aumentar conta de luz
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (31/08) uma medida provisória (MP) que estende de 48 para 72 meses o prazo para entrada em operação de usinas de geração eólica e solar com direito a desconto nas tarifas de transmissão. Segundo representantes do setor elétrico, essa mudança pode elevar o preço da energia para os consumidores, informa o jornal O Globo.
A extensão do prazo foi incluída em uma MP que trata de outro assunto: a anulação de créditos tributários na compra de combustível para determinadas empresas. Esse tipo de manobra legislativa é chamada de “jabuti” no Congresso. A Abrace (associação de grandes consumidores de energia) estima um custo extra de R$ 8 bilhões por ano para os consumidores, que sobe a R$ 10 bilhões se forem considerados os impostos.
Tecnogera vai unir mercado livre e geradores de energia
A Tecnogera, que atua no segmento de locação de energia flexível, entrou no mercado de comercialização para oferecer a clientes contratos no mercado livre junto com seus geradores, que funcionariam como dispositivos de segurança energética. Sob o mote de que oferece “uma energia que nunca acaba”, a empresa se movimenta de olho num futuro em que se impõe o uso de alternativas mais sustentáveis de suprimento em um cenário de descarbonização.
Ao mesmo tempo, o setor elétrico vê uma iminente ampliação do acesso ao mercado livre. A meta da empresa é chegar ao fim de 2024 com R$ 600 milhões de energia vendida, disse o presidente da Tecnogera, Abraham Curi. Considerando um preço médio da energia da ordem de R$ 300 por megawatt-hora (MWh), o montante corresponderia a um volume comercializado da ordem de 200 megawatts (MW) médios. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,1% no trimestre encerrado em julho deste ano, informou ontem (31/08) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É o menor patamar na série histórica comparável desde o trimestre até outubro de 2015. À época, a taxa também estava em 9,1%, e a economia nacional amargava recessão. O novo resultado veio em linha com as estimativas do mercado financeiro, informa a Folha de S. Paulo. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam 9% na mediana.
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Promessas de candidatos não cabem no orçamento, diz a manchete do jornal O Globo. Enviada ao Congresso ontem (31/08), a proposta de Orçamento para 2023 não contempla promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e não deixa espaço para ações apresentadas pelos demais candidatos à Presidência, nas eleições de outubro.
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O principal destaque da edição de hoje (01/09) do Valor Econômico também é o Orçamento para 2023., que prevê um benefício médio do Auxílio Brasil de R$ 405,21 no próximo ano, em vez de R$ 600, como promete o presidente Jair Biolsonaro, e sem a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Por outro lado, o projeto tenta segurar a alta da inflação contratada para o primeiro trimestre ao atender à expectativa do chefe do Poder Executivo de manter o corte de impostos incidentes nos combustíveis. A proposta reserva R$ 52,9 bilhões para este fim.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Exército elaborou uma proposta para abrir mão em definitivo da fiscalização de armas de fogo, munições e coletes importados. A reportagem ressalta que a medida coincide com o lobby armamentista, interessado em facilitar a importação, e provocou forte reação da indústria nacional. A Taurus, principal fabricante brasileira, ameaça tirar parte de sua produção do Brasil se a portaria entrar em vigor. A fiscalização seria substituída por um documento internacional que atestaria a qualidade e a segurança dos equipamentos. Dessa forma, as importadoras de produtos controlados não precisariam mais se submeter ao rígido processo de certificação nacional, que segue obrigatório para as fabricantes brasileiras.