Com a entrada em operação de unidades geradoras em quatro usinas de três estados, liberadas para operação comercial na última terça-feira (06/09) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o país ultrapassou os 185 gigawatts (GW) na capacidade de geração. Desse total em operação, 83,26% correspondem a usinas que geram a partir de fontes renováveis, como a água dos rios, os ventos e a luz solar.
De acordo com comunicado da Aneel, as unidades que começaram a operar comercialmente na terça-feira demonstram a multiplicidade de fontes e locais característica da geração de energia no Brasil. Em Minas Gerais, estão as usinas solares fotovoltaicas Janaúba 8, na cidade de Janaúba, com 51,45 MW liberados, e Lar do Sol 7, em Pirapora, com 49,5 MW. A Usina Eólica Quina, em Igaporã/BA, recebeu a liberação de quatro unidades reunindo 10,8 MW. E a Usina Termelétrica Barra Bonita I, no município de Pitanga/PR, teve duas unidades liberadas, totalizando 2,95 MW.
As usinas solares e eólicas também respondem pela maior parte da expansão verificada em agosto, de 650,14 megawatts (MW). Mais da metade (57%) da potência agregada à matriz elétrica no mês provém de usinas solares fotovoltaicas e 220,15 MW (34%), de eólicas. Trata-se da segunda melhor marca do ano, superada apenas pelo mês de julho, no qual entraram em operação 708,78 MW. Em 2022, até 31 de agosto, houve crescimento de 3.706 MW na capacidade das usinas.
São Paulo aposta em hidrogênio verde para atrair investimento europeu
O Valor Econômico informa que, por meio de um escritório recém-instalado em Munique, na Alemanha, o governo de São Paulo quer colocar o estado como alternativa de longo prazo para diminuir a independência energética da Europa em relação ao gás russo.
Segundo Fernando Fritz, que lidera o escritório em Munique da InvestSP, agência paulista similar à Apex que visa atrair investimentos europeus para o estado e facilitar a exportação de empresas paulistas para o continente, a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia estão acelerando o processo de transição energética. Nesse contexto, São Paulo tem o potencial de se transformar em um grande exportador de hidrogênio verde.
“A Alemanha e a União Europeia inclusive já têm previsão orçamentária para investir em países fora do bloco pensando no desenvolvimento do hidrogênio verde. E o Brasil é um dos países com a matriz energética mais limpa do mundo e tem todo o potencial para suprir essa demanda”, comenta Fritz.
O executivo ressalta que, embora o Nordeste seja a região, hoje, com maior potencial para produzir hidrogênio verde no Brasil devido ao seu parque de energia eólica e solar, regiões paulistas como a de Ribeirão Preto se apresentam como um cartão de visita importante do Estado nessa área por causa das usinas de cana-de-açúcar. Outro diferencial de São Paulo se dá pela concentração de polos tecnológicos como Campinas e a presença de escritórios de advocacia que poderão auxiliar juridicamente empresas europeias interessadas em importar o hidrogênio verde.
Diamante planeja investir R$ 5 bilhões em térmicas a gás
Após comprar o Complexo Jorge Lacerda (857 MW) no município de Capivari de Baixo (SC), da Engie Brasil Energia, por R$ 325 milhões no ano passado, a Diamante Geração de Energia anunciou a criação de uma joint venture com a Nebras Power, empresa internacional de investimentos em energia e subsidiária da Qatar Electricity & Water Company (QWEC), para investimentos que podem chegar a R$ 5 bilhões em dois projetos termelétricos a gás natural em Santa Catarina.
A primeira iniciativa prevê a construção da Usina Termelétrica Norte Catarinense, projeto comprado da Engie, com potência de 600 MW e investimentos de até R$ 3 bilhões, que deve ser construído em Garuva (SC). A segunda diz respeito a uma unidade geradora de 440 MW, que vai ser instalada dentro da usina termelétrica de Jorge Lacerda, com aporte de até R$ 2 bilhões.
Em entrevista exclusiva ao Valor Econômico, o presidente da empresa, Pedro Litsek, conta que na parceria cada sócio detém 50% dos projetos e vão explorar em conjunto os investimentos nas termelétricas a gás. Segundo ele, o equity destes projetos será dividido igualmente entre as empresas, sendo 30% do investimento total feito com capital próprio. “O primeiro projeto está mais preparado para participar de leilões, que é a Termelétrica Norte Catarinense. Já temos licença, terreno e tudo o que é necessário. O segundo está em fase final de licenciamento ambiental dentro do Complexo Jorge Lacerda e esperamos ter essa licença até o fim do ano”, conta Litsek.
Cade pede mais prazo ao STF para avaliar política de preço da Petrobras
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 60 dias de prazo para apresentar as medidas que estão sendo adotadas para garantir “transparência e regularidade” na política de preços dos combustíveis. A decisão cabe ao ministro André Mendonça, relator de uma das ações que tramitam na corte a respeito da tributação dos combustíveis. Foi dele a liminar que, a pedido do governo federal, obrigou os estados e o Distrito Federal a praticarem uma alíquota uniforme. (Valor Econômico)
MME lança versão em inglês do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicam, na segunda-feira (05/09), a primeira versão em inglês do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031. O PDE é um estudo publicado anualmente que subsidia decisões de política energética e fornece ao mercado informações que permitem a análise do desenvolvimento do setor energético e das condições de suprimento sob diferentes cenários futuros.
De acordo com o cenário de referência do PDE 2031, estima-se que: a participação das energias renováveis na matriz energética brasileira deverá aumentar, atingindo o patamar de 48% em 2031; e que a capacidade instalada de geração de energia elétrica brasileira deverá atingir um nível de renovabilidade de 83% em 2031.
A versão do PDE 2031 na língua inglesa facilitará o acesso da comunidade internacional às perspectivas energéticas do Brasil, dando, assim, maior visibilidade às oportunidades no setor energético brasileiro aos investidores estrangeiros. (Fonte: EPE)
Petrobras informa sobre venda de ativos de exploração na Bacia Potiguar (RN)
A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 16 de agosto, informa a prorrogação dos prazos, constantes dos item AA e AC do teaser, para a manifestação de interesse em participar da oportunidade referente à venda de 40% da sua participação nas concessões exploratórias BM-POT-17, em que se desenvolve o plano de avaliação de descoberta do poço Pitu (Blocos POT-M-853 e POT-M-855), e a concessão POT-M-762_R15 (Bloco POT-M-762), localizadas em águas profundas na bacia Potiguar – margem equatorial – no litoral do Rio Grande do Norte.
Os potenciais compradores interessados poderão manifestar seu interesse até 14 de setembro de 2022 e os documentos necessários para participar do processo poderão ser entregues assinados até 16 de setembro de 2022. (Fonte: Agência Petrobras)
PANORAMA DA MÍDIA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação pelo segundo mês seguido. Em agosto, a queda nos preços foi 0,36%, depois do recuo de 0,68% em julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (09/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a inflação em 12 meses baixou do patamar de dois dígitos: caiu dos 10,07% no acumulado até julho para 8,73% agora. No ano, a taxa está em 4,39%.
Mais uma vez, a queda nos preços foi puxada pelos combustíveis, que recuaram, na média, 10,82%. Além disso, os preços das passagens aéres, que têm influência direta do querosene de aviação, também recuaram (-12,07%), após quatro meses de altas. (O Estado de S. Paulo)