Wilson Ferreira Júnior tomou posse como presidente da Eletrobras nesta segunda-feira, 19 de setembro. retornando ao comando da maior companhia elétrica do país um ano e oito meses depois. Em agosto, o executivo foi eleito pelo conselho de administração da Eletrobras para presidir a companhia elétrica, privatizada em meados deste ano.
Para assumir o cargo na Eletrobras, Ferreira Júnior deixou a presidência da Vibra na última sexta-feira. Desde que ele assumiu a Vibra, a companhia mudou de nome, abandonando o “BR Distribuidora”, e fez diversas aquisições no mercado, incluindo 50% da Comerc Energia, controladora da MegaWhat.
A presidência da Vibra será ocupada interinamente por André Natal, atual vice-presidente de Finanças, Compras e Relações com Investidores da companhia, enquanto a empresa segue com os trâmites relacionados à sucessão de Ferreira Júnior.
Para o Credit Suisse, o retorno de Ferreira Júnior à Eletrobras é um fato positivo para a elétrica, que deverá anunciar novos planos de reestruturação, com redução de custos e nova estratégia de venda de energia.
Segundo Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e fundador do canal “Manual do Brasil”, Wilson Ferreira é o melhor nome para conduzir a Eletrobras no momento de reestruturação da empresa pós-privatização. “A Eletrobras é uma empresa que tem uma grande chance de se tornar internacional. No passado, ela perdeu a capacidade de investimentos no setor. Agora, ela tem desafios, mas um horizonte muito positivo, sem amarras do Estado”, disse Rodrigues. “Wilson conviveu na empresa e a conhece bem. E ele conseguiu dar uma guinada no momento mais difícil”.
Na mesma linha, Ilan Arbetman, analista de Research da Ativa Investimentos, lembra que Wilson Ferreira preparou a Eletrobras nos últimos anos para a privatização ocorrida em junho deste ano e fez um grande processo de transformação na Vibra. “Hoje, quando olhamos para a Eletrobras, vemos oportunidades inorgânicas e orgânicas que haviam na Vibra pós-privatização”.
Às 13h44, as ações ordinárias da Eletrobras eram negociadas com alta de 0,41%, a R$ 44,06. Já as ações preferenciais da classe B eram negociadas com queda de 0,07%, a R$ 45,46.
* Texto atualizado às 13h45, para inclusão de informações.