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Shell tem interesse em leilão da ANP, hidrogênio e eólica offshore – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que a Shell tem interesse em continuar a expandir o portfólio de exploração e produção de petróleo e gás no Brasil e deve participar da rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em dezembro, para áreas no pré-sal. O leilão será no formato de oferta permanente, quando os ativos são oferecidos sob demanda das empresas.

A companhia anglo-holandesa avalia também os mercados de energia eólica no mar e de hidrogênio no país, disse ao Valor a diretora global de exploração e produção da petroleira, Zoe Yujnovich. A executiva está no Brasil para participar da Rio Oil & Gas, que termina nesta quinta-feira (29/09), no Rio de Janeiro.

“Temos sido participantes constantes das rodadas brasileiras por novas áreas [de petróleo e gás] e esperamos continuar a fazer isso no leilão de dezembro”, disse Yujnovich. A empresa não descarta também uma expansão do portfólio brasileiro em direção à Margem Equatorial, na região Norte. Essa é uma região considerada complexa do ponto de vista ambiental.

Sobre as sensibilidades ambientais da região, Yujnovich disse que projetos de petróleo e gás têm passado a adotar novos riscos, conforme o tema da sustentabilidade se tornou mais central nas decisões da sociedade. Para ela, essa é uma tendência global.

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Leilão de térmica ‘jabuti’ vai calibrar lobby por gasodutos

Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que o mercado de energia está atento ao resultado do leilão das térmicas a gás, marcado amanhã (30/09). Segundo a reportagem, quem acompanha o setor avalia que o certame vai definir a força do lobby em defesa de financiamento público para a ampliação da rede de gasodutos no Brasil.

A exigência de construção dessas térmicas foi inserida, via emendas parlamentares, na medida provisória da privatização da Eletrobras. Por não terem nenhuma relação com a desestatização da companhia, o projeto de expansão de térmicas a gás ficou conhecido como ‘jabuti da Eletrobras’.

Sob o argumento de que é preciso fomentar o uso do gás no Brasil, os parlamentares exigiram a oferta de 8 GW (gigawatts) com projetos onde não há gasodutos para levar o gás ou linha de transmissão para escoar a energia até centros consumidores. Além disso, as usinas são inflexíveis — ou seja, não podem ser desligadas, o que acarreta mais custos ao consumidor.

Especialistas do setor de energia questionam a medida, alegando que ela não tem sentido técnico, que o gás vai elevar a conta de luz e o custo Brasil e que a implantação da infraestrutura desses projetos também tende a pesar no bolso dos consumidores.

Neste primeiro leilão, na modalidade de reserva de capacidade com contratos de 15 anos, serão ofertados 2 GW. A geração de 1 GW precisa ser instalada em áreas metropolitanas da região Norte, com entrega a partir de dezembro de 2026. O outro 1 GW é para o Nordeste, sendo especificamente 700 MW no Piauí e 300 MW no Maranhão, a partir de dezembro de 2027.

Voith e Furnas fecham contrato para reforma de hidrelétrica

Após 48 anos gerando energia, a hidrelétrica de Porto Colômbia vai finalmente ser modernizada. A fabricante de equipamentos Voith Hydro e Furnas assinaram um contrato de R$ 400 milhões para um amplo processo de serviços de engenharia que envolve obras civis, desmontagem e montagem eletromecânica, fornecimento de materiais, equipamentos e sistemas, treinamentos, descomissionamento e comissionamento, ensaios de rendimento e operação assistida.

Localizada no rio Grande, entre os municípios de Planura (MG) e Guaíra (SP), a usina tem 320 megawatts (MW) de capacidade total instalada, contando com quatro unidades geradoras de 80 MW cada. A previsão é de que as mudanças levem cerca de seis anos e amplie em, no mínimo, 30 anos a vida útil da usina. Esse é o primeiro contrato de grande porte do Grupo Eletrobras, controladora de Furnas, após a privatização da empresa e marca o início dos investimentos da antiga estatal. (Valor Econômico)

Vazamento de gasodutos russos pode virar desastre ‘sem precedentes’

Uma piscina de água borbulhante de 700 metros de largura no Mar Báltico, causada pela ruptura de gasodutos do sistema Nord Stream, sugere um desastre climático de proporções enormes. É o resultado mais visível dos três grandes vazamentos de gás que emanam dos dutos que transportam gás da Rússia à Alemanha.

Cientistas tentam descobrir quanto metano, um dos gases de efeito estufa mais poderosos, escapou para a atmosfera. O temor é que possa ser uma das piores emissões de todos os tempos. A causa das três rupturas de dutos quase simultâneas não foi confirmada, mas autoridades alemãs e americanas disseram que o incidente parecia sabotagem. Embora os fluxos dos gasodutos do sistema Nord Stream 1 tenham sido interrompidos — e os do Nordstream 2 nem sequer começaram — todos eles continham gás pressurizado, na maioria metano. (Valor Econômico – com informações da agência Bloomberg)

Maior emissora de gases tóxicos da Austrália antecipa fim do uso de carvão para 2035

A maior emissora de gases tóxicos da Austrália, a empresa de energia AGL, anunciou nesta quinta-feira (29/09) que eliminará completamente o uso de carvão até meados de 2035, uma década antes do previsto.

Até essa data, a AGL vai encerrar a central a carvão Loy Yang A Power Station, no estado de Victoria, que era uma das mais poluentes do país, completando, assim, o abandono dessa fonte de energia. Assim que todas as usinas de carvão da empresa estiverem fechadas, a AGL calculará o saldo líquido de emissões diretas e indiretas de dióxido de carbono, disse McKenzie. (O Globo – com informações da agência France Presse)

PANORAMA DA MÍDIA

Risco fiscal e quadro externo dificultam a próxima gestão – esta é a manchete da edição de hoje (29/09) do Valor Econômico. A reportagem destaca que a economia está surpreendendo nesta reta final do 1º turno das eleições, com mais crescimento e menos desemprego, mas o vencedor da disputa, seja quem for, deverá encontrar situação mais difícil quando tomar posse. O Produto Interno Bruto (PIB) poderá se expandir a uma taxa de até 3% neste ano, com a ajuda de fortes estímulos fiscais e da reabertura da economia após o pior da pandemia. O ambiente externo adverso, porém, deve ser um problema adicional aos riscos fiscais previstos para 2023.

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O jornal O Globo destaca que a disputa pela confiança do empresariado nacional e a defesa do legado de seus respectivos governos transformaram a economia no novo front das campanhas do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) nessa reta final. De acordo com a reportagem, após o petista ganhar terreno ao reunir grandes nomes do PIB na noite de terça-feira, em São Paulo, o atual titular do Palácio do Planalto escalou o ministro da Economia, Paulo Guedes, para a linha de frente do processo eleitoral. O “Posto Ipiranga” gravou para a propaganda eleitoral do presidente na TV, intensificou encontros com empresários e entrevistas sobre a atuação do governo. Integrantes do governo viram a presença de nomes alinhados ao presidente no jantar com Lula como um sinal de “desembarque”.

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O principal destaque da edição desta quinta-feira (29/09) dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo é a onda de notícias falsas a respeito da segurança das urnas eletrônicas, a poucos dias das eleições.