Reportagem do Valor Econômico mostra que, de carona na expansão da energia solar no Brasil e aproveitando a demanda por insumos agrícolas, as importações chinesas avançam neste ano mais que a média das importações totais brasileiras.
De janeiro a agosto deste ano a importação de produtos chineses somou US$ 39,74 bilhões, com alta de 35,1% em relação ao ano passado e de 63,8% em relação a 2019, período pré-pandemia, sempre considerando o acumulado dos oito meses. A média do total das compras externas brasileiras cresceu 32,3% e 44,3%, respectivamente.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/ME) mostram que as importações de produtos chineses foram puxadas por painéis e equipamentos solares e insumos agrícolas. Juntos, esses dois grupos somaram pelo menos US$ 8 bilhões em compras externas de janeiro a agosto de 2022, o equivalente a 20% dos desembarques made in China do período. Foram US$ 5,12 bilhões a mais em importações desses produtos chineses, o que responde por quase metade do avanço de US$ 10,3 bilhões nas compras originadas do país asiático de janeiro a agosto do ano passado para mesmos meses deste ano.
Petrolífera chinesa Sinopec retirará ADS da Bolsa de Londres
A China Petroleum & Chemical Corporation, mais conhecida como Sinopec, solicitou a remoção de seus recibos de depósitos (ADSs) da Bolsa de Londres, o mais recente movimento de uma grande empresa estatal chinesa para reduzir as atividades de ADS em meio às tensões entre Estados Unidos e China em andamento.
A empresa informou que a decisão de deslistagem foi baseada em fatores como o pequeno valor, o volume mínimo de negociação e a carga administrativa de manter o status de listagem das ações. A deslistagem de Londres, prevista para entrar em vigor em 1º de novembro de 2022, ocorreu depois que a Sinopec decidiu retirar suas ADSs da Bolsa de Nova York em agosto. “A companhia também considerará se encerrará seu programa de ADS no devido tempo”, segue a informação da petrolífera. (Valor Econômico – conteúdo Dow Jones)
Petrobras assina aditivo ao contrato com NTS
A Petrobras informa que, como parte das ações adotadas para a abertura do mercado brasileiro de gás natural, assinou no último dia 30, com a Nova Transportadora do Sudeste S.A. (NTS), o acordo de redução de flexibilidade de uso e aditivos aos contratos de transporte de gás natural da Malha Sudeste, Malha Sudeste II, GASDUC III, GASPAJ e GASTAU (Aditivos), que refletem a limitação de flexibilidade da estatal. Tais instrumentos possibilitam o acesso de outros agentes ao sistema de transporte da NTS a partir de 1º de outubro. (Agência Petrobras)
Veolia investe R$ 80 milhões em projetos para captação de biogás no Brasil
A empresa francesa Veolia iniciou a operação de captação e queima do biogás gerado a partir da decomposição dos resíduos no Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) Brusque, localizado em Santa Catarina. O projeto, cujo investimento é de R$ 80 milhões, terá uma planta que utilizará 2 mil Nm3/h de biogás produzido a partir de resíduos que são levados para o aterro operado pela companhia.
Para essa quantidade de queima, está prevista a redução de emissões de 158 mil toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e) por ano. A atuação da Veolia está focada, principalmente, em quatro áreas: fornecimento e gestão de águas, gestão de resíduos, energia e serviços de transportes. (Canal Energia)
De olho na demanda por 5G, Petrobras coloca rede de fibra ótima à venda
A venda de ativos da Petrobras atingiu também parte de sua rede de telecomunicações. A estatal decidiu se desfazer de sua rede de fibra ótica em terra, presente em todas as regiões do país, com extensão de oito mil quilômetros.
A rede de fibra está distribuída ao longo das redes de gasodutos. A ideia da estatal é vender a rede em quatro blocos (Norte, Sudeste, Sul e Nordeste). Com assessoria financeira da Ernest & Young (E&Y), a Petrobras informou ainda que o prazo para assinar contrato com potencias compradores vai até o dia 21 de outubro. (O Globo / Agência Petrobras)
PANORAMA DA MIDIA
Os portais de notícias na internet seguem acompanhando os resultados das eleições gerais de ontem (02/10), com informações sobre composição de bancadas partidárias, correlação de forças no Congresso e reações do mercado.
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, deverá eleger pelo menos 98 deputados federais, o melhor resultado de um partido desde 1998, quando PSDB e PFL elegeram, respectivamente, 105 deputados e 99 deputados, respectivamente. O PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ter pelo menos 68 deputados. Como o partido se uniu em federação com o PCdoB e o PV, o bloco deverá chegar a pelo menos 80 deputados. (O Globo)
*****
O mercado recebeu de forma positiva o resultado do primeiro turno das eleições. O Ibovespa sustenta alta firme, nos maiores níveis desde abril, e bem mais intensa que outros mercados acionários globais, ao mesmo tempo em que o real sustenta um dos melhores desempenhos entre as moedas nesta segunda-feira (03/10). A distância mais apertada que o esperado entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) explica parte do bom humor nos mercados, assim como a composição do Congresso Nacional, cujo perfil se alinha mais à direita. (Valor Econômico)