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AES Brasil aposta em primeira onda de hidrogênio verde no Brasil viabilizada por eólica onshore

A primeira onda de desenvolvimento da produção de hidrogênio de baixo carbono no Brasil deve usar energia renovável de tecnologias já instaladas no país, como a eólica onshore. "Mas, quando se fala em grande escala, é natural pensar numa segunda onda pensando em eólica offshore", disse Clarissa Sadock, presidente da AES Brasil, depois de participar de um painel no evento Brazil Windpower, organizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Canal Energia e o Global Wind  Energy Council (GWEC).

AES Brasil aposta em primeira onda de hidrogênio verde no Brasil viabilizada por eólica onshore

A primeira onda de desenvolvimento da produção de hidrogênio de baixo carbono no Brasil deve usar energia renovável de tecnologias já instaladas no país, como a eólica onshore. “Mas, quando se fala em grande escala, é natural pensar numa segunda onda pensando em eólica offshore”, disse Clarissa Sadock, presidente da AES Brasil, depois de participar de um painel no evento Brazil Windpower, organizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Canal Energia e o Global Wind  Energy Council (GWEC).

Recentemente, em setembro, a AES Brasil anunciou que assinou um pré-contrato com o Complexo Industrial Portuário de Pecém para iniciar os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde e até 800 mil toneladas de amônia verde por ano. Antes disso, a companhia assinou cartas de intenções com Pecém e com o governo do Ceará, onde fica o complexo, visando desenvolver a tecnologia.

Segundo a executiva, a AES está discutindo internamente como garantir o hidrogênio verde produzido totalmente por fontes renováveis. “Como certificar que ele é 24/7 renovável, dentro de uma matriz integrada como do país? Coo conseguimos verificar a geração hídrica, eólica e solar hora a hora, para ter certeza de que geramos sim energia renovável 24 horas por dia para entregar o hidrogênio para esse cliente?”, questionou.

A AES também participa das discussões com o governo sobre o tema para que se tenha incentivos para a exportação do hidrogênio verde, que ainda não é competitivo. “Existem discussões sobre tirar algum imposto [para exportação], dado que a energia não vai ser colocada no grid, para deixar o hidrogênio mais competitivo internacionalmente”, disse.

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Ainda não há um prazo no horizonte para que a produção do hidrogênio de baixo carbono pela companhia tenha início. Segundo Sadock, a AES está se preparando para entrar no mercado e atender pedidos de propostas de clientes, que já começaram a sondar a companhia para avaliar a possibilidade de exportação. “É importante termos um pipeline renovável, a tecnologia na nossa mão. Uma vez que o projeto vire, poderemos entregar a proposta firme aos clientes”, disse.

Enquanto se prepara para o avanço da nova tecnologia, a companhia segue buscando oportunidades de crescimento com geração renovável no país, principalmente na fonte eólica, hoje mais competitiva que a solar fotovoltaica. “Não que tenhamos preferência, mas acabamos sendo mais competitivos no eólico do que no solar”, afirmou.

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