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Com ganho fiscal, lucro da Neoenergia cresce 17% no 3º trimestre, a R$ 1,5 bilhão

Com ganho fiscal, lucro da Neoenergia cresce 17% no 3º trimestre, a R$ 1,5 bilhão

A Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre, valor 17% superior ao apurado em igual período de 2021, refletindo, entre outros fatores, um ganho tributário obtido por conta da reestruturação societária de uma controlada.

A receita líquida da Neoenergia recuou 11%, a R$ 10,4 bilhões, ante R$ 11,6 bilhões registrados no terceiro trimestre do ano passado. Na mesma comparação, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 18%, a R$ 2,3 bilhões. Já o Ebitda ajustado – que segundo a companhia é um montante que se aproxima de seu caixa – teve alta de 28%, para R$ 2,5 bilhões.

Segundo a empresa, o resultado foi impulsionado ainda pelo avanço dos projetos de geração de energia renovável. A companhia iniciou a operação comercial em Neoenergia Oitis, complexo eólico entre o Piauí e a Bahia; e em Neoenergia Luzia, primeiro complexo de parques solares da empresa, localizado na Paraíba.

O resultado teve ainda um impacto positivo fiscal, decorrente da reestruturação societária das controladas Neoenergia Distribuição Brasília (antiga CEB) e sua subsidiária Bahia PCH III, o que simplificou a estrutura societária e eliminou ineficiências no âmbito administrativo e financeiro. O efeito da transação foi de um ganho de R$ 678 milhões, correspondente à baixa do saldo não amortizado do passivo fiscal diferido no montante de R$ 656 milhões, e à constituição de ativo fiscal diferido referente à parcela amortizada do ágio pela Bahia PCH III no montante de R$ 22 milhões.

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Esse ganho deixou a linha de tributos sobre o lucro da demonstração financeira da Neoenergia positiva em R$ 498 milhões, contra um valor negativo de R$ 468 milhões no mesmo intervalo do ano passado. 

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o investimento da Neoenergia totalizou R$ 7,1 bilhões, valor 12% superior ao observado no período de janeiro a setembro do ano passado.

Segundo a companhia, além da expansão dos projetos de geração renovável, os investimentos também foram destinados a melhorias e ampliação das redes nas cinco distribuidoras, bem como aos empreendimentos de transmissão.