TotalEnergies vai pagar R$ 3 bilhões em 34% de nova empresa com a Casa dos Ventos

A TotalEnergies fechou um acordo para pagar cerca de R$ 3 bilhões numa participação de 34% numa joint venture criada com a Casa dos Ventos, que vai incluir 700 MW em geração eólica em operação, 1 GW em construção, e mais um portfólio de 4,4 GW em projetos de geração eólica e solar fotovoltaica em desenvolvimento avançado.

A nova empresa terá o direito de adquirir projetos novos ou em desenvolvimento pela Casa dos Ventos quando chegarem ao estágio de execução das obras, o que deve acelerar seu crescimento, considerando que a companhia de Mario Araripe tem no mínimo 6 GW em carteira.

Em troca desta fatia, a TotalEnergies vai pagar US$ 550 milhões, ou cerca de R$ 2,92 bilhões, além de até US$ 30 milhões (R$ 159 milhões) em earn-out depois que o negócio for concluído. A empresa francesa de energia terá a opção de adquirir mais 15% da empresa depois de cinco anos.

Para a TotalEnergies, o negócio vai acelerar seu crescimento em renováveis no Brasil, além de permitir o acesso à uma carteira de projetos “de alta qualidade”.

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“Com essa transação, a TotalEnergies adquire não menos que uma posição de liderança no mercado de renováveis no Brasil, um dos mais dinâmicos do mundo. Esse mercado se encaixa em nossa estratégia de tirar vantagem do crescimento de mercados de energia desregulados, o que é crucial para a transição energética”, disse Patrick Pouyanné, CEO da TotalEnergies. 

A companhia tem como meta chegar a 100 GW em geração renovável em 2030. No momento, a companhia já tem 12 GW em operação, construção e desenvolvimento.

Para a Casa dos Ventos, o negócio vai permitir maximizar as sinergias entre as companhias. “Além da sua força financeira, a presença global da TotalEnergies vai contribuir para a expansão de nosso portfólio de clientes e reforçar nosso conhecimento de novos campos da transição energética. Estamos confiantes que essa parceria nos posiciona para um papel estratégico para liderar a agenda de energia sustentável no Brasil”, disse Mário Araripe, presidente da Casa dos Ventos.