O segundo turno das eleições para governadores em 12 estados e para presidente da República em todo o país vai contar com esquema especial para garantir o fornecimento de energia no domingo (30/10), conforme destaca o Valor Econômico.
A medida atende a uma resolução do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e cabe ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) propor medidas especiais visando dar segurança acima dos padrões técnicos exigidos na operação do sistema em eventos de grande relevância e repercussão nacional, como eleições, visita do Papa e Copa do Mundo.
As principais medidas adicionais de segurança incluem suspensões de trabalhos no sistema, maximização da disponibilidade de equipamentos e intensificação do monitoramento das condições climáticas.
Retomada de lucros dá fôlego à Isa Cteep para novos aportes
Como esperado, os lucros da Isa Cteep voltaram a crescer após uma temporada de vacas magras, informa o Valor Econômico. A empresa vinha reportando resultados abaixo do esperado por conta da mudança no cronograma de pagamento do componente financeiro da Rede Básica Sistema Existente (RBSE), que criou uma redução dos recebimentos no curto prazo.
Entretanto, a recomposição desse recurso somado ao ajuste de ciclo pelo IPCA e entrada em operação comercial reverteram o cenário. O resultado foi que o lucro líquido da empresa colombiana mais que dobrou no 3º trimestre de 2022 no Brasil. Foram R$ 386,7 milhões, avanço de 106% no comparativo com o mesmo período de 2021. Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 743,3 milhões, incremento de 31,5% na comparação anual.
A empresa teve importantes marcos no período, como a energização da interligação elétrica Paraguaçu e a operação comercial da interligação elétrica Biguaçu, eventos que devem aumentar a Receita Anual Permitida (RAP) em cerca de R$ 120 milhões, além de avançar em outros cinco empreendimentos. A diretora financeira, Carisa Cristal, e o diretor-presidente, Rui Chammas, disseram que apesar do contexto conturbado, aumentando as despesas financeiras, a gestão conseguiu aplicar importantes recursos e fazer as entregas propostas, seguindo na estratégia em investir em projetos novos e reforços e melhorias.
Câmara ressuscita Brasduto e embute custo na conta de luz
A Folha de S. Paulo informa que a proposta do Brasduto, rede de gasodutos para atender alguns grupos privados dessa área com dinheiro público, já chamada de dutogas, voltou ao Congresso. Desta vez, a fonte de recursos é uma nova tarifa de transmissão que será paga, via conta de luz, por todos os brasileiros. Na prática, os gasodutos passariam a ser uma instalação da rede básica de transmissão de energia elétrica do Brasil.
“A gente ganha (fazendo a proposta ser rejeitada), ele volta, a gente ganha e ele volta, mas se o Brasduto ganhar uma vez, é para sempre”, diz Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace).
Essa nova tarifa já foi instituída há alguns dias por uma emenda do deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG) dentro do PL (projeto de lei) 2316/22. O texto ainda está na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços e precisa percorrer o rito em outras comissões, mas a alteração e seus riscos já foram identificadas pelos técnicos da Abrace.
Outras emendas no mesmo PL alteram a Lei do Gás, limitando o poder da União para criar um mercado nacional e favorecendo a concentração de negócios de distribuidoras estaduais do setor de gás.
PANORAMA DA MÍDIA
As eleições de domingo (30/10) são o principal destaque desta sexta-feira (28/10) na mídia.
Na campanha mais polarizada da história do país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputarão o 2º turno da eleição no domingo. Por quatro semanas, os dois trocaram acusações pesadas, numa corrida marcada por denúncias de “fake news” e pedidos de direito de resposta. (Valor Econômico)
Lula aparece à frente nas pesquisas. Levantamento do Datafolha divulgado ontem trouxe o petista com 49% das intenções de voto e o presidente, com 44%. Brancos e nulos são 5% e indeciso, 2%. Em votos válidos, 53% para Lula a 47% para Bolsonaro. (Folha de S. Paulo e O Globo)
O último debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, realizado ontem (27/10) pela TV Globo refletiu a tônica de uma campanha nacionalizada. Em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto, Fernando Haddad (PT) adotou uma postura mais assertiva contra o adversário e líder nos levantamentos, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os candidatos reproduziram no debate a disputa presidencial de seus padrinhos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), além de acentuar divergências sobre projetos de desestatização. (O Estado de S. Paulo)