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Aneel mantém bandeira verde e vê sistema ‘bastante confortável’ no fim do período seco – Edição da Manhã

A bandeira tarifária será mantida verde em novembro, sem custo adicional para os consumidores, segundo informou na sexta-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É o sétimo mês consecutivo em que a bandeira verde será sinalizada na conta de luz.

A decisão foi tomada porque os principais reservatórios de hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentam níveis satisfatórios para geração de eletricidade e, assim, atendimento da demanda do país. Isso diminui a necessidade de acionamento do parque termelétrico, que eleva o custo da energia para o consumidor.

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal caixa d’água do país, encerra o período de estiagem (abril a outubro) com 50% de sua capacidade máxima. Houve uma redução de apenas 16 pontos percentuais no armazenamento acumulado durante o período seco. “Estamos em um nível bastante confortável”, disse ao Valor Econômico o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa. Ele atribui a atual tranquilidade no volume dos reservatórios à capacidade de gestão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e à expansão das fontes renováveis na matriz.

ONS: carga de energia no SIN deve cair 0,6% em novembro

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A demanda por energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ficar em 69.926 megawatts médios (MWm) em novembro, queda de 0,6% em relação a igual mês em 2021, segundo dados da atualização semanal do boletim mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A projeção é de que a carga no subsistema Sudeste/Centro-Oeste fique em 39.941 MWm, estável em relação ao ano passado. No Sul, a expectativa é de um consumo de 11.590 MWm, retração de 5,7% na comparação anual, enquanto no Nordeste a previsão é de 11.601 MWm, queda de 2,7%. Há perspectiva de aumento de 10,1% na carga no Norte, com uma projeção de 6.794 MWm.

Do lado da geração de energia, a previsão é que os reservatórios das hidrelétricas vão chegar ao final de novembro com uma capacidade de 49,9% no Sudeste/CentroOeste. De acordo com o ONS, caso confirmado, esse será o maior volume para o mês em dez anos. As hidrelétricas do Sul têm previsão de encerrar novembro com 83,4%, maior percentual para esse mês desde 2015, enquanto no Nordeste a estimativa é de 61,6%, melhor volume em novembro desde 2009. No caso do Norte, a projeção é de um volume de 50,3% ao fim do próximo mês, maior capacidade para um mês de novembro desde 2011. Com a melhoria nas condições hidrológicas, o custo marginal de operação do sistema para a próxima semana ficará zerado, de acordo com o ONS. (Valor Econômico) 

Mercado prevê trimestre forte para Petrobras

O preço do barril de petróleo e a taxa de câmbio devem ser as principais influências sobre o resultado da Petrobras no terceiro trimestre, que será divulgado na próxima quinta-feira (03/11), depois do fechamento do mercado.

De acordo com reportagem do Valor Econômico, analistas também citam a maior utilização das refinarias e a queda nas importações de gás natural liquefeito (GNL) como fatores importantes no balanço. O Valor compilou as prévias de três bancos, que apontam, na média, para uma receita líquida de R$ 163,7 bilhões, o que significará, caso confirmado, uma alta de 34,6% na comparação anual.

PANORAMA DA MÍDIA

Com editoriais, reportagens e análises, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela presidência da República é o principal destaque da mídia nesta segunda-feira (31/10).

De acordo com a apuração realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o líder petista venceu o segundo turno da disputa, neste domingo (30/10), ao derrotar o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), o primeiro a não conseguir a reeleição. Com 100% das urnas apuradas, Lula registrou 50,9% dos votos válidos, e Bolsonaro, 49,1%. É a menor diferença da história brasileira desde a redemocratização de 1985. (Folha de S. Paulo)

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“Não existem dois Brasis; é hora de baixar as armas” – é a manchete do jornal O Estado de S. Paulo, citando trecho do discurso de Lula, ontem (30/10), ao vencer a disputa presidencial. Lula diz que governará para os 215 milhões de brasileiros. Aos 77 anos, Lula, o primeiro a conquistar um terceiro mandato, obteve pouco mais de 60 milhões de votos, ante 58 milhões do adversário.

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Vencida a disputa, Lula precisa agora reiterar por meio de atos, e não apenas de palavras como voltou a fazer ontem, que governará para todos. “O povo brasileiro quer de volta a esperança”, afirmou em seu discurso como presidente eleito. “Somos um único país, um único povo, uma grande nação. A ninguém interessa um país dividido, em estado de guerra.” Ninguém, disse ele, está acima da Constituição. Foi um bom começo. (O Globo – editorial)

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Eleito, Luiz Inácio Lula da Silva terá que começar a dar indicações mais claras de como – e com quem – irá conduzir a economia do país a partir de 2023. A maior dúvida é qual será o novo arcabouço fiscal. Na campanha, repetidas vezes ele disse que iria revogar o teto de gastos, sem dizer qual seria a nova âncora das contas públicas. Seu programa de governo fala em um arcabouço que tenha “flexibilidade e garanta a atuação anticíclica”. Aliados defendem que, enquanto o novo marco estiver sendo discutido com o Congresso, o governo tenha licença para bancar medidas urgentes. (Valor Econômico)