Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais, o Brasil deve debater nos próximos quatro anos a renovação da concessão de múltiplos ativos, e a visão é positiva para esse debate, mas é preciso ouvir os membros escolhidos da administração sobre o tema, avalia o Citi, em relatório divulgado pelo Valor Econômico.
Analistas do Citi escrevem que os investidores modelam o fluxo de caixa das empresas de acordo com a renovação da concessão de 2012, sem renovação dos ativos hídricos e de transmissão e com a renovação das concessões de distribuição sem encargos, com alterações específicas nos contratos de concessão.
“As expectativas parecem razoáveis, daí nossa visão benigna.” Segundo eles, os nomes favoritos do setor brasileiro de companhias reguladas permanecem inalterados após as eleições, com Equatorial e Eneva como alocadores de capital. Já a Eletrobras tem uma reviravolta robusta e uma história de dividendos futuros, dizem eles, enquanto Energisa é o nome de alta qualidade mais barato da cobertura.
Os analistas destacam que a Eletrobras anunciou na sexta-feira (28/10) que está estudando uma relação de conversão que valoriza ações preferenciais com um prêmio de 10% sobre as ordinárias, o resultado mais provável.
Petrobras informa sobre área Coparticipada de Sépia
Petrobras informa que confirmou presença de petróleo na área Coparticipada de Sépia com a perfuração do poço 4-BRSA-1386D-RJS, no extremo noroeste do campo. O poço está localizado a 250 km ao sul da cidade do Rio de Janeiro, a uma profundidade d’água de 2197 metros, tendo sua perfuração iniciada em 31 de julho deste ano, cerca de três meses após a assinatura do contrato do consórcio do bloco Sépia ECO (Excedente da Cessão Onerosa).
A área Coparticipada de Sépia é composta pelo bloco de Sépia, adquirido pela Petrobras (100%) por meio do Contrato de Cessão Onerosa, firmado com a União em 2010, e pelo bloco Sépia – ECO, que foi adquirido em dezembro de 2021, por Consórcio composto pela Petrobras (Operadora), TotalEnergies, QatarEnergy e Petronas Petróleo Brasil Ltda., tendo a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora. (Agência Petrobras)
Nova versão do Dessem passa a ser adotada a partir de hoje
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que a versão 19.0.33 do modelo DESSEM passa a ser adotada, a partir do dia 31 de outubro de 2022, nos processos da Programação Diária da Operação, pelo ONS, e no processo de formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (Fonte: ONS)
Rússia retoma ataque ao sistema energético da Ucrânia
A Folha de S. Paulo informa que a Rússia fez um amplo ataque com mísseis de cruzeiro e balísticos contra a infraestrutura energética da Ucrânia nesta segunda (31/10), dando continuidade à sua tática de pressionar o vizinho com blecautes e falta de água enquanto o inverno do hemisfério norte se aproxima. Segundo o governo ucraniano, houve explosões relatadas em pelo menos dez cidades.
A Força Aérea relatou ter interceptado 44 de 50 projeteis, mas a conta não fecha com o número de alvos atingidos, principalmente centrais ligadas a hidrelétricas e centros de distribuição de energia. Algumas regiões estão sem luz.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), convidou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar a comitiva das autoridades ligadas ao Consórcio de Governadores da Amazônia Legal que participará da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27). A cúpula sobre o clima será realizada de 6 a 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito. Hélder disse ao Valor PRO que Lula acenou com o desejo de comparecer ao evento. Se confirmar a presença, será a primeira viagem internacional do petista na condição de presidente eleito. O consórcio reúne nove Estados: Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, além de Pará e Amapá.
**
A Noruega anunciou nesta segunda-feira (31/10), que vai retomar a ajuda financeira contra o desmatamento da Amazônia no Brasil, congelada durante a presidência de Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada à agência de notícias France Presse pelo Ministério do Meio Ambiente do país europeu após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial brasileira. De acordo com o ministério, 5 bilhões de coroas norueguesas (cerca de US$ 482 milhões ou R$ 2,52 bilhões) aguardam para serem usados. (O Estado de S. Paulo)