As ações Copel dispararam no pregão desta terça-feira, 1º de novembro, depois que o governo do Paraná enviou ofício à companhia informando que está avaliando a venda de participação na elétrica, deixando aberta a possibilidade da sua privatização.
O comunicado diz que foram solicitadas informações técnicas para subsidiar um modelo para potencial operação no mercado de capitais em que se otimize o investimento do Paraná na Copel, preservando participação societária relevante do Estado na companhia.
O texto não fala em manutenção do controle da Copel, como aconteceu em 2021, quando o governo do Paraná tentou vender o excedente do controle mantendo a maioria das ações com direito a voto. “A adoção de eventual modelo, a depender dos estudos que serão realizados para este fim, estará sujeita a determinadas aprovações, de acordo com a lei e os regulamentos aplicáveis”, disse o comunicado do governo estadual.
O ofício foi visto como uma intenção de privatização, o que animou os investidores. “Nós acreditamos que o Estado do paraná vai analisar a possibilidade de vender tanto o excesso de ações numa oferta secundária, mantendo o controle, ou o controle da companhia em um modelo semelhante ao usado pela Eletrobras”, escreveram os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia, do Itaú BBA, em relatório enviado a clientes.
O entendimento é parecido com o do Bradesco BBI, que lembrou ainda que o Paraná perdeu receita tributária significativa com o limite do ICMS cobrado de setores como energia, combustíveis e telecomunicações, o que torna a venda do ativo mais atraente.
Na semana passada, as ações da Copel tiveram forte alta depois que uma reportagem do Valor Econômico disse que o governador reeleito Ratinho Junior indicou que poderia rever a posição de manter a companhia sob controle estatal.
Por volta de 15h (de Brasília), as ações preferenciais classe B (CPLE6) da Copel subiram 8,78%, a R$ 8,05, enquanto as ações ordinárias (CPLE3) tinham alta de 10,98%, a R$ 7,78.
