O presidente da Eneva, Pedro Zinner, comunicou que vai deixar a companhia depois de quase seis anos no cargo, para se dedicar a novos desafios profissionais. O executivo vai permanecer na posição para contribuir com o processo de transição, em data que pode ir até 31 de março de 2023.
O Itaú BBA espera uma reação negativa no mercado, uma vez que investidores podem questionar o que o motivou a tomar essa decisão, considerando que a Eneva tem um pacote de remuneração agressivo, com uma compensação variável muito alta atrelada ao desempenho das ações – suja performance nos últimos anos tornou Zinner um dos CEOs mais bem pagos do Brasil.
“Há algumas formas de interpretar o evento. Alguns podem suspeitar que ele não está muito confiante no longo prazo da companhia, tornando sua compensação futura menos atrativa. Outros podem ver como um acontecimento natural, refletindo a decisão pessoal de Zinner de buscar um novo desafio, sem alguma relação com as perspectivas da Eneva”, escreveram os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia.
O executivo teve papel essencial na reestruturação da Eneva depois de sua recuperação judicial e na incorporação da Parnaíba Gás Natural. No comunicado sobre a renúncia, a Eneva destacou que Ziiner vai deixar como marcas da gestão a reestruturação econômico-financeira da Eneva e seu posicionamento de destaque no setor de energia brasileiro.