Reportagem do jornal O Globo informa que a expectativa da Petrobras em iniciar neste ano a exploração de petróleo no litoral do Amapá, na chamada Foz do Amazonas, esbarra na falta de estudos atualizados com a previsão de possíveis áreas atingidas em caso de vazamento de óleo.
Quase dez anos após arrematar blocos na região e às vésperas do início da COP-27 no Egito, a estatal não realizou ainda todas as consultas prévias às diversas comunidades indígenas e ribeirinhas de cidades do Amapá e do Pará.
De acordo com a reportagem, a luz amarela sobre essa polêmica acendeu no fim de setembro, quando representantes da Petrobras afirmaram que a expectativa era que uma última licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) pudesse sair ao longo de novembro. O aval é o que falta para a perfuração do primeiro poço, batizado de Amapá Águas Profundas a 160km da costa e a 40km da fronteira com a Guiana Francesa. O objetivo é comprovar a viabilidade econômica.
A Foz do Amazonas faz parte da Margem Equatorial, área considerada nova fronteira exploratória que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. Levando em conta o plano de negócios até 2026, a estatal estima realizar investimentos da ordem de US$ 2 bilhões para as atividades exploratórias em toda a região.
Anapetro pede que conselheiros da Petrobras se abstenham de votar sobre dividendos
O Valor Econômico informa que a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) enviou uma carta ao conselho de administração da estatal pedindo que o colegiado se abstenha de votar na reunião de hoje (03/11) a aprovação da distribuição de dividendos da companhia.
Conforme apurou com exclusividade a repórter especial do Valor, Maria Cristina Fernandes, a associação ingressou com uma ação na Procuradoria Geral da República e no Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU para sustar o pagamento dos dividendos, cujo montante pode chegar próximo aos R$ 50 bilhões, com base numa antecipação de lucros da empresa. A associação argumenta que a distribuição de dividendos se refere às demonstrações financeiras da companhia que serão aprovadas em assembleia de acionistas a ser realizada apenas no próximo ano, depois da transição de governo.
Vitol entra em comercialização de energia no Brasil
A Vitol, uma das maiores tradings independentes de petróleo e derivados do mundo, lançou no Brasil sua comercializadora de energia. A nova empresa se chama Vitol Power Brasil e visa atender os grandes consumidores de energia.
A companhia recebeu um aporte inicial de R$ 108 milhões, além de contar com o respaldo da matriz, e já começou a fazer suas primeiras operações. A carteira de potenciais clientes em teoria pode equivaler à carteira de clientes da própria Vitol, mas não é revelada por razões estratégicas. (Valor Econômico)
Agenda da COP27 deve unir clima e fome
A ex-ministra de Meio Ambiente Izabella Teixeira defende que a agenda climática esteja associada ao combate à fome no Brasil e no mundo e às desigualdades sociais e ambientais “, conforme informação do Valor Econômico. “É preciso conectar essas agendas”, afirma. Izabella Teixeira foi ministra de Meio Ambiente de 2010 a 2016, nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Há alguns anos ocupa cargos nas Nações Unidas.
Ela foi convidada pela presidência da COP27, no Egito, a integrar o “Friends of the Chair”, um pequeno grupo de conselheiros da presidência da conferência climática que começa dia 7 de novembro em Sharm El-Sheikh. Izabella Teixeira será facilitadora de conversas bilaterais com o presidente eleito, que deve ir à COP na segunda semana do evento.
PANORAMA DA MÍDIA
A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negocia um acordo para redigir uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) “emergencial” e definir a licença para o governo gastar em 2023, retirando “despesas inadiáveis” do teto de gastos.
O acordo discutido em reunião entre o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e o relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), nesta quinta-feira (03/11), foi para estabelecer quais programas serão cobertos com o chamado waiver total (uma licença para gastar) na “PEC da Transição”, que começa a ser escrita a partir de agora. O valor final é alvo de impasse e poderá ser definido na PEC ou apenas durante a votação do Orçamento de 2023. (O Estado de S. Paulo)