O Valor Econômico apurou que o ministro de Minas e Energia do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve vir do mundo político, como parte da composição que o presidente eleito terá que fazer para atender ao amplo arco de alianças feito para vencer as eleições presidenciais.
De acordo com a reportagem, alguns nomes vêm sendo cogitados há algum tempo, antes mesmo do pleito, e outros começaram a ganhar força nos últimos dias, abrindo uma bolsa de apostas de quem será o titular da pasta. Oficialmente, não há nenhum nome à vista.
O escolhido terá que tocar temas que ainda estão travados na pasta, como a atualização do marco regulatório em vigor desde 2004, a manutenção ou extinção do regime de partilha de produção de petróleo, a abertura total do mercado de eletricidade e a renovação de contratos de concessão de distribuidoras de energia, entre outros pontos.
O nome mais citado pelas fontes da reportagem é do senador Jean Paul Prates (PT-RN), considerado moderado pelo mercado e conhecedor do setor elétrico. Autor de projetos como o marco legal das eólicas offshore, Prates também é cotado para presidir a Petrobras.
Outro nome citado nos bastidores é o de Mauricio Tolmasquim, professor da CoppeUFRJ, ex-secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME) e expresidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Tolmasquim participou de eventos realizados por associações do setor como representante do PT para a área de energia.
Em um desses eventos, Tolmasquim falou que o governo Lula prosseguiria com a abertura do mercado livre para todos os consumidores, medida iniciada este ano, com a liberação da migração para todos os clientes conectados em alta tensão.
Outros nomes apontados pela reportagem do Valor como possíveis titulares do Ministério de Minas e Energia (MME) são o senador Eduardo Braga (MDBAM), que foi ministro de Minas e Energia no governo Dilma Rousseff, e o da presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Gannoum, que já atuou no MME durante a implantação do atual marco regulatório do setor elétrico, entre 2003 e 2004.
Mercado de carbono será pauta principal do Brasil na COP 27
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), que acontece entre os dias 6 e 18 de novembro em Sharm el-Sheikh, no Egito, deverá avançar no processo de implementação das ações e metas estabelecidas nas edições anteriores. A discussão deve se concentrar nas temáticas de financiamento, adaptação climática, mercado de carbono e mitigação das mudanças climáticas.
De acordo com o documento “Brasil das Energias Verdes”, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), os principais objetivos do país na COP-27 são promover um encontro de lideranças internacionais, visando implementar o mercado global de carbono. Além disso, o país pretende buscar financiamento climático para mitigação e adaptação, especialmente para incentivar a produção de energias limpas (biomassa, eólica e solar) e de hidrogênio verde, os programas “Metano Zero” e “Renovar” e a iniciativa “Escolas +Verdes”. (Diário do Comércio)
Consumidor fluminense pode negociar dívidas de conta de luz
O Valor Investe informa que o consumidor pode negociar dívidas de luz no Rio de Janeiro. Segundo a Serasa, a população inadimplente no Rio é de 68 milhões, com dívidas no valor médio de R$ 4.372,21.
A Light, concessionária de energia que atende a população fluminense, está realizando uma campanha de renegociação de dívidas de faturas de energia de clientes. A campanha, que começou ontem (03/11), prevê a concessão de descontos de até 90%, mas a redução será analisada individualmente. O débito poderá ser parcelado em até 24 vezes no cartão de crédito.
A campanha, que terá a duração de 30 dias, é voltada para clientes com pelo menos uma fatura vencida há seis meses, no mínimo. Os acordos serão feitos por meio digital, na agência virtual da companhia. Segundo a Light, o desconto será concedido de acordo com o perfil da dívida.
PANORAMA DA MÍDIA
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) afirmou nesta sexta-feira (04/11), em Brasília, que a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda uma alternativas à PEC da Transição para garantir espaço no Orçamento de 2023 para promessas de campanha.
A mais importante delas é garantir o valor de R$ 600 no pagamento do benefício social, o atual Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado de Bolsa Família. A proposta em estudo prevê a abertura de um crédito extraordinário ao Orçamento, via Medida Provisória. (O Globo)