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Mais de 60% migrarão para o mercado livre até 2030, diz PSR – Edição da Manhã

O portal Poder 360 publicou ontem (04/11) uma entrevista com o diretor-presidente da consultoria PSR, Luiz Augusto Barroso. Segundo ele, até o final da década, de 60% a 70% dos consumidores brasileiros estarão no mercado livre de energia. “Isso é o oposto do que temos hoje, de 30% no mercado livre e 70% no mercado no mercado cativo. Achamos que é possível inverter (essa proporção)”afirmou.

Na opinião de Barroso, o interesse pela migração para o mercado livre de energia será grande, “sobretudo se a migração vier atrelada a serviços por meio dos fornecedores”, como ingressos, sorteios e descontos.

Em setembro, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma portaria, abrindo o mercado para todos os consumidores de alta tensão. As regras anteriores restringiam o ambiente de comercialização livre a uma parte desse segmento. Dois dias depois, o ministro Adolfo Sachsida abriu consulta pública para a proposta de expansão do acesso ao mercado aos consumidores de baixa tensão em 2028. Na prática, isso significa a portabilidade da conta de luz. O vídeo da entrevista pode ser acessado aqui.

O Brasil e o mundo na COP-27

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Esse é o título da coluna de hoje (05/11) do comentarista de economia Celso Ming, do jornal O Estado de S. Paulo. Ming ressalta que o Brasil e o mundo chegam à Cúpula do Clima (COP-27) cercados por mais e maiores incertezas do que as existentes na edição anterior, realizada na Escócia, em novembro de 2021.

O colunista ressalta, ainda, que a grave crise energética enfrentada pela Europa, em consequência das sanções à Rússia, ameaça a observância dos prazos estabelecidos para realizar a transição da matriz energética global para fontes limpas e renováveis. Isso, por si só, exige a revisão dos acordos anteriores.

Será preciso, também, aumentar a transparência do processo de implementação dos dispositivos firmados no Acordo de Paris, em 2015. A proposta de criação do Fundo Climático, de US$ 100 bilhões por ano, a ser subscrito pelos países ricos para ajudar os países em desenvolvimento a diminuir suas emissões nunca saiu do papel. A COP-27 começa amanhã (06/11) e vai até o próximo dia 18, no Egito.

Brasil pode triplicar a demanda de energia até 2050 sem aumentar as emissões, diz Mario Veiga, da PSR

A Agência Infra entrevistou Mario Veiga, fundador da consultoria PSR e membro da Academia Brasileira de Ciências. Entre outros temas, ele falou a respeito das mudanças climáticas e da 27ª Conferência do Clima da ONU (COP-27), que começa amanhã (06/11) e vai até 18 de novembro, no Egito.

Segundo ele, em vez de mitigar os impactos das mudanças climáticas, o mundo já começa a se inclinar em relação às tecnologias de adaptação com esse fenômeno. No entender de Mario Veiga, esse é o pano de fundo em que a COP-27 ocorrerá.

Para o Brasil, criam-se oportunidades em relação à resiliência nos setores de agricultura e energia.

Segundo o especialista, o Brasil poderia fazer a transição energética até 2050 sem emissões, com a demanda nacional de energia triplicando dos atuais 60 mil MW médios para 180 mil MW médios no período. Como? Investindo apenas em fontes renováveis, não renovando contratos de termelétricas e criando um novo nicho com a produção de hidrogênio verde a partir de etanol, ampliando o alcance do setor sucroalcooleiro.

Preço de derivados do petróleo vendidos pela Petrobras bate novo recorde e atinge R$ 693

A Folha de S. Paulo informa que o preço dos derivados de petróleo vendidos pela Petrobras no mercado interno bateu novo recorde, aponta levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), que monitora políticas do setor e é ligado a sindicatos de petroleiros.

O valor do equivalente a um barril de derivados básicos (diesel, gasolina, querosene de aviação, GLP) chegou a R$ 693, alta de 263% nos últimos 10 anos. O valor é 4,1% superior ao do segundo trimestre deste ano e 64,2% maior do que o preço praticado pela estatal no terceiro trimestre do ano passado

O estudo do OSP mostra que o valor médio dos produtos vem batendo recordes consecutivos há seis trimestres, ainda que o corte de impostos disfarce a alta para o consumidor final.

Segundo Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), a venda de produtos derivados no mercado brasileiro é responsável por 65% da receita líquida da Petrobras. “Esse fator representa a principal explicação para os lucros recordes dos últimos trimestres da companhia”, afirma. Os preços dos derivados de petróleo da Petrobras seguem o Preço de Paridade de Importação (PPI), que é a política de equiparação com os valores do mercado internacional.

ANP retoma formação de grupo técnico do RenovaBio em 27 membros e atualiza nomes

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou uma portaria atualizando a formação do Grupo Técnico RenovaBio (GTR), responsável pelo cálculo de intensidade de emissão de carbono na atmosfera e de geração dos créditos de descarbonização (CBIOs) no âmbito do programa brasileiro de estímulo aos biocombustíveis, RenovaBio.

O GTR é encarregado também de incluir novas rotas de produção de biocombustíveis ao programa. Com a configuração redefinida, o grupo terá 27 membros, o mesmo número de participantes de sua composição original, de 2018, e terá cinco integrantes a mais do que a formação que estava em vigor desde 5 de abril de 2021.

Entre os membros da nova formação, 11 integrantes são funcionários da própria ANP, três representantes fazem parte do Ministério de Minas e Energia, oito profissionais estão ligados à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), três ao Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) e dois são pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As informações foram publicadas pela Agência Estado.

PANORAMA DA MÍDIA

As articulações políticas em torno do Orçamento para 2023, já sob o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), são destaque na edição deste sábado (05/11) dos principais jornais do país.

O jornal O Globo informa que lideranças do Congresso avaliam que a proposta de emenda à Constituição – PEC da Transição – é a alternativa mais viável para garantir a liberação dos recursos para bancar a manutenção do Bolsa Família de R$ 600 no ano que vem. Mesmo parlamentares da oposição devem votar a favor da medida, que permitirá ao governo do presidente eleito tirar suas promessas do papel.

A Folha de S. Paulo destaca que a articulação para aprovar a PEC da Transição no Congresso ainda neste ano deu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), poder de barganha junto ao novo governo eleito. A votação da PEC até meados de dezembro é considerada fundamental para o primeiro ano da gestão Lula – e Lira tem forte influência sobre o ritmo de análise da proposta.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que seis dias após ser eleito presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontra hoje um cenário bem diferente daquele previsto por líderes da Câmara e do Senado. Embora o resultado das urnas indique que o Congresso terá maioria conservadora, o pragmatismo da política dá sinais de que cargos e verbas do Orçamento atuarão como ímã para Lula atrair aliados.

Até mesmo partidos do centrão, que compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), têm mostrado disposição de diálogo com o novo governo. Dirigentes de igrejas evangélicas que difundiram boatos sobre fechamento de templos, em caso de vitória do petista, também prometem agora orar por ele.