O Valor Econômico informa que a Eletrobras vai estudar os ativos de transmissão que a Neoenergia eventualmente coloque à venda no mercado. Agora privada, a empresa está com disposição para novos projetos e oportunidades, afirmou o diretor de transmissão da companhia, Marcio Szechtman.
Segundo ele, os acionistas da empresa estão apoiando a Eletrobras na busca de oportunidades para a expansão da companhia, que atualmente possui mais de 74 mil quilômetros de extensão, quase 50% da malha nacional. “Somos uma empresa com grande apetite para investimentos”, afirmou o executivo.
Na semana passada, o presidente da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, disse que a empresa tem como meta receber ofertas vinculantes por ativos não considerados estratégicos até o fim do primeiro semestre de 2023. A Neoenergia avalia a venda de 10% de participação na hidrelétrica de Belo Monte, da térmica Termopernambuco e participações minoritárias em linhas de transmissão.
GD bate novo recorde e alcança 15 GW
O Brasil atingiu a marca de 15 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica na segunda-feira (07/11), segundo dados da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O resultado, puxado pela energia solar, conta também com a evolução de fontes complementares, como o biogás, a biomassa, a energia eólica, a energia movida a potencial hidráulico e a cogeração a gás natural. e.
Os dados da ABGD mostram que a geração própria de energia ajudou a colocar a fonte solar na terceira posição da matriz elétrica nacional: cerca de 2/3 da potência dessa fonte vem da geração distribuída, em telhados ou projetos de minigeração, contra 1/3 de geração centralizada (as fazendas solares de grande porte). Até o final do ano, a expectativa é de que a GD cresça mais 1,5 GW de capacidade na fonte solar, empurrando-a para o segundo lugar na matriz. Projetos de geração de energia para consumo próprio a partir do biogás ou da biomassa também vêm crescendo e apresentam grande potencial – especialmente no interior do Brasil. (Canal Energia)
MME busca solução para poste de luz
A solução para o problema de ocupação de postes de luz por operadoras de telefonia, principalmente nos grandes centros urbanos e muitas vezes de forma desordenada, virá dos ajustes na legislação, previstos no projeto de lei da portabilidade da conta de luz (PL 414/21), e da renovação de contratos de concessão das distribuidoras a partir de 2025.
Essa é a forma como o Ministério de Minas e Energia (MME) tem tratado o tema. O secretário executivo da Pasta, Hailton Madureira de Almeida, reconhece que existem entraves na regulação e nos contratos que impedem as distribuidoras de energia de proporem soluções. Isso porque grande parte do retorno de investimento para melhorar as condições de ocupação dos postes, apoiada no aluguel da infraestrutura para as operadoras, deve ser destinada para a redução das tarifas de energia. Além da poluição visual, o emaranhado de fios de telefonia nos postes chega a oferecer risco de acidentes. (Valor Econômico)
Comissão adia projeto sobre emissão de gases
Em meio à 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27), iniciada no Egito no último domingo (06/11), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal adiou a votação do projeto de lei (PL) que regulamenta o chamado mercado brasileiro de redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa. O PL recebeu relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas senadores ligados à bancada do agronegócio se mobilizaram para retardar a tramitação da matéria. (Valor Econômico)
Enquete de Lula sobre horário de verão é apenas indicativa, diz assessoria
A Folha de S. Paulo informa que a enquete formulada pelo perfil do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu perfil no Twitter sobre o retorno do horário de verão tem caráter “indicativo”, segundo a assessoria do presidente eleito, ou seja, não será o único fator a ser levado em conta para que Lula decida decretar ou não a volta da medida, que foi extinta no governo de Jair Bolsonaro (PL).
O tema ainda será submetido a técnicos que avaliarão se vale a pena o retorno. Lula iniciou uma consulta no fim da tarde de segunda-feira (7) sobre o assunto. Até o meio-dia de ontem (08;11), haviam votado mais de 2 milhões de pessoas, com placar de 67% pela volta do horário de verão e 33% contrários.
Nuclep fecha contrato com Elçetronuclear e irá fornecer novos equipamentos para Angra 3
A Nuclep, maior caldeiraria do país, anunciou a assinatura de mais um importante contrato dentro do escopo do Programa Nuclear Brasileiro. A empresa chegou a um acordo com a Eletronuclear e irá fabricar um pacote de trocadores de calor para a usina nuclear Angra 3, equipamentos fundamentais na troca térmica dos diversos sistemas da usina.
“Por serem de alta relevância no processo da usina, seus requisitos e especificidades possuem controle restrito e de alta complexidade, um desafio confiado à Nuclep e que muito traduz nossa importância para o Programa Nuclear do País”, comentou o presidente da Nuclep, contra-almirante Carlos Henrique Silva Seixas. (Petronotícias)
PANORAMA DA MÍDIA
O anúncio feito ontem (08/11), pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), dos economistas André Lara Resende, Pérsio Arida, Nelson Barbosa e Guilherme Mello como integrantes da área econômica na equipe de transição é destaque na edição desta quarta-feira (09/11) dos principais jornais do país.
Segundo Alckmin, trata-se de um grupo com visões complementares e não opostas. Durante coletiva na tarde de terça-feira, Alckmin ressaltou que a participação desses nomes na transição não significa cargos na Esplanada em 2023. (Valor Econômico)
A indicação dos economistas Persio Arida, André Lara Resende, Nelson Barbosa e Guilherme Mello para a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi bem recebida pelo mercado financeiro, mas o movimento ainda é visto como insuficiente para esclarecer qual será o rumo da política econômica nos próximos quatro anos. Analistas aguardam a definição de quem será o ministro da Fazenda e quais as contrapartidas para o aumento de gastos no próximo ano para garantir, por exemplo, a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 (que deve ser rebatizado de Bolsa Família). (Folha de S. Paulo)
Agora, com nomes econômicos escolhidos para o governo transição, será possível trazer luz para as prioridades de gastos que estão sendo elencadas e que envolvem o tamanho da ‘licença para gastar’ que Lula vai pedir para 2023. Não dá para convencer com um programa de expansão de gastos bilionários se essas despesas não forem percebidas como essenciais para a máquina do governo e ajuste econômico para um crescimento saudável. (O Estado de S. Paulo – coluna de Adriana Fernandes)
Depois de almoçar com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, ontem (08/11), em um hotel da Zona Sul de São Paulo, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo afirmou que o petista vai adotar uma postura responsável com as contas públicas e conjugar crescimento e superávit fiscal em seu futuro governo. Conselheiro do presidente eleito diz que Lula está disposto a repetir o modelo de seu primeiro mandato. (O Globo)