Após quase um ano desde que surgiu a ideia e algum tempo de formatação de uma parceria de vários grupos empresariais, a Biomas foi anunciada ontem (12/11), no Egito, na Conferência do Clima da ONU, a COP-27. A nova empresa será 100% dedicada às atividades de restauração, conservação e preservação de florestas no Brasil.
A iniciativa reúne o Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale no empreendimento. As companhias vão, no total, aportar R$ 120 milhões, em partes iguais, para suportar os primeiros anos de atividade da empresa, dando sustentação a corpo técnico-gerencial bem como administrativo.
Segundo informaram em comunicado, o objetivo da Biomas é, ao longo de 20 anos, atingir uma área total restaurada e protegida de 4 milhões de hectares de matas nativas em diferentes biomas brasileiros. Entre os biomas estão Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. A área é equivalente ao território da Suíça ou do estado do Rio de Janeiro. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Globo informa que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva quer reconquistar o agronegócio com nova política de crédito e preços. De acordo com a reportagem, o novo governo quer retomar estoques reguladores e propor juro menor à produção sustentável. O plano também estuda a conversão de áreas de pastagem degradadas em zonas de cultivo e frear o desmatamento.
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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), projeta executar um pacote viário avaliado em mais de R$ 4,6 bilhões até 2024. Além de trazer melhorias para a cidade, a ideia de transformar a cidade em um canteiro de obras até o fim do mandato é acompanhada por um cálculo eleitoral – o prefeito pretende disputar a reeleição. Com o caixa atual de R$ 32,6 bilhões, a Prefeitura conta com ampla disponibilidade fiscal e prevê também incrementar a arrecadação com a venda de títulos imobiliários. De acordo com a reportagem, a ideia é tirar do papel projetos como a ampliação da Marginal do Pinheiros e a construção de corredores rápidos de ônibus, além de pontes, viadutos e túneis para desafogar o trânsito.
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A Folha de S. Paulo informa que uma análise do resultado da eleição de 30 de outubro sugere que a classe C foi crucial para a votação expressiva de Bolsonaro, que acabou perdendo para Lula por apenas 2,1 milhões de votos, margem mais apertada em pleitos presidenciais desde a redemocratização.