O portal EPBR está publicando, desde o dia 7 de novembro – e até o dia 18 –, transmissões ao vivo diárias, de segunda a sexta-feira, sempre às 14 horas, para acompanhar os desdobramentos da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – a COP-27.
“Vamos receber especialistas em clima e transição energética, agentes do mercado, indústria e sociedade civil, com convidados diretamente do Egito”, informa a agência. Na pauta: políticas públicas e ações de enfrentamento à crise climática, além do papel do Brasil na agenda ambiental do planeta.
Este ano, transição e segurança energética, serão temas centrais do debate das lideranças mundiais, que lidam com a crise de energia enfrentada pela Europa e intensificada pelas consequências da invasão da Rússia à Ucrânia. Os Diálogos da COP-27 são uma produção da Agência EPBR e têm o apoio da Shell e da Eneva.
O tema do debate de ontem (15/11) foi “Dia da Energia”. Os pontos em discussão foram: Transição energética e transição justa no setor de energia; Hidrogênio verde como uma fonte potencial de energia para o futuro; Crise energética e os caminhos de longo prazo para a transição dos combustíveis fósseis; Papel da sociedade civil na formação da agenda climática global e na implementação dos compromissos.
Os convidados foram: Luna Viana, diretora de Operações da Origem Energia; Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico; Eduardo Kantz, diretor de Relações Institucionais & Sustentatibilidade da Prumo Logística; Edmar de Almeida, da PUC-Rio e Conselheiro da Galp. O link para o debate está aqui.
O tema de hoje (16/11) será Biodiversidade; na quinta-feira (17/11), Dia das Soluções; e na sexta (18/11), Encerramento, com o balanço da COP-27. As transmissões começam, sempre, às 14 horas. O link com todos os vídeos permanece aberto no site da EPBR.
Extensão de subsídio acirra embate no setor elétrico
O Valor Econômico informa que o projeto de lei (PL) do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP) que estende por mais 12 meses subsídio concedido a quem investe em geração própria de energia foi considerado por parte o setor elétrico como mais uma tentativa de ingerência política. E acirrou a disputa principalmente com as distribuidoras de energia.
Pela regra atual, o marco legal da geração própria de energia (Lei nº 14.300) estabelece que projetos que pedirem conexão à rede elétrica até 12 meses após a sanção da nova lei terão a gratuidade da cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras, a chamada Tusd, até 2045. O prazo termina no dia 6 de janeiro de 2023. O PL de Russomanno estende o prazo até janeiro de 2024.
As distribuidoras reagem sob o argumento de que isso vai encarecer mais a conta de luz do consumidor comum. Agentes do setor classificam como “subsídio cruzado” o fato de o incentivo dado a quem investe em geração solar própria ser cobrado na conta de luz. Empresários que apoiam a extensão do subsídio devem tentar contato com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na COP-27, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, para pedir apoio à prorrogação do prazo.
Petrobras é a 3ª maior pagadora de dividendos do mundo no 3º trimestre e deve fechar 2022 como a 2ª
A Petrobras conseguiu se manter entre as maiores pagadoras de dividendos do mundo no terceiro trimestre deste ano. Considerando os proventos distribuídos de julho a setembro, a companhia somou novamente US$ 9,7 bilhões no período, igualando os pagamentos vistos no segundo trimestre, quando se notabilizou no topo do ranking global.
Alcançando os maiores dividendos para um terceiro trimestre na sua história, a petrolífera ficou atrás apenas do banco China Construction, um dos quatro maiores da China, e da mineradora e também petroleira BHP, que ocupou a segunda posição no terceiro trimestre. Os dados são da 36ª edição do Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, publicado em primeira mão pelo portal InfoMoney.
O relatório analisa trimestralmente as 1.200 maiores empresas do mundo por capitalização de mercado, que representam 90% dos dividendos pagos globalmente. A gestora britânica tem cerca de US$ 275 bilhões em ativos sob gestão. A petrolífera é a única empresa brasileira a figurar na lista das dez maiores pagadoras de dividendos.
PANORAMA DA MÍDIA
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu ontem (15/11), em reunião no Egito com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição autorize a retirada do Auxílio Brasil do teto de gastos pelos próximos quatro anos e não apenas em 2023, como sugerem alguns integrantes do Centrão e defendem agentes do mercado financeiro e economistas. Segundo reportagem do Valor Econômico e do jornal O Globo, Pacheco sinalizou concordar com a ideia de Lula, desde que a âncora fiscal seja mantida para outras despesas.
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Relatórios enviados pelas Polícias Militar, Civil e Federal e pelo Ministério Público nos estados ao Supremo Tribunal Federal (STF) indicam o perfil dos líderes e financiadores dos protestos com mensagens antidemocráticas que resultaram em bloqueios de estradas após as eleições e concentrações próximas a instalações das Forças Armadas pelo país. Os documentos foram produzidos por ordem do ministro Alexandre de Moraes e reúnem fotos, levantamentos sobre os alvos e detalhes a respeito do trabalho em curso para desmobilizar as manifestações. As primeiras informações foram divulgadas pelo site SBT News. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo teve acesso aos documentos encaminhados pelos órgãos de segurança ao STF.
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Reportagem da Folha de S. Paulo indica que a inflação para famílias chefiadas por pessoas com 50 anos ou mais de idade superou a verificada para os brasileiros em geral nos últimos 12 meses, de acordo com um novo índice de preços que mede o custo de vida desse público. O IPCA 50+ ou “inflação dos longevos” foi criado pelo economista Arnaldo Lima, diretor do Instituto de Longevidade MAG, ex-secretário do Ministério da Fazenda e ex-diretor da Funpresp (fundo de pensão dos servidores federais).