O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, avalia que a pauta da segurança no suprimento de energia tornou-se tão relevante no mundo como as discussões sobre a descarbonização e a transição energética, informa o Valor Econômico. E nesse aspecto, analisa, o país possui uma vantagem competitiva em relação a outros que a partir deste ano passaram a buscar redução da dependência de insumos de outras nações.
Enquanto a Europa expôs a alta necessidade do gás para suprir suas respectiva necessidades, afirmou Ciocchi, grande parte oriunda da Rússia, o Brasil possui uma vasta oferta de recursos naturais e energéticos que coloca o país na dianteira em relação a outros países e abre espaço para uma colaboração mais ampla no debate. Segundo ele, falar em transição sem citar a segurança no fornecimento não faz mais sentido desde que teve início o conflito entre Rússia e Ucrânia. “As sociedades querem energia mais limpa, mais verde e mais segura.”
O executivo está no Egito, acompanhando debates da Conferência do Clima (COP-27). É a primeira vez que o ONS participa de uma Conferência do Clima da ONU. O objetivo é entender o que as sociedades no mundo desejam e o que pensam a respeito de descarbonização e transição energética.
Campanha da Enel Goiás oferece parcelamento de dívidas e descontos de até 30%
A Enel Distribuição Goiás oferece parcelamento de dívidas e desconto de até 30% para clientes com contas de energia em atraso. A campanha vai até 30 de novembro e abrange todo o estado. O número de parcelas varia conforme o tempo de vencimento da fatura. A ação, válida para novas negociações, é reservada para clientes que não participaram das outras campanhas, ou seja, que não tenham um parcelamento em andamento. As informações foram publicadas pelo portal G1.
Benefício fiscal vira ‘ouro’ em compra de distribuidora pela Raízen
A Folha de S. Paulo informa que a Raízen (Shell), do setor de distribuição de combustível, pediu autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para comprar uma distribuidora de pequeno porte do Nordeste. O alvo da operação é a FAN Distribuidora de Petróleo, uma rede com sede em Mossoró (RN) com 136 postos, nenhum deles em capitais. É a 14ª maior do setor.
De acordo com a reportagem, a incorporação de sua bandeira representará menos de 3% de crescimento à Raízen, que opera no país com a bandeira Shell. No documento enviado ao Cade, obtido pela coluna Painel S.A., da Folha, a empresa afirma que o negócio amplia sua consolidação no Nordeste e permitirá a incorporação de benefícios fiscais em posse da FAN. Ou seja: o negócio permitirá ao comprador pagar menos imposto, destaca a coluna.
“Para a Raízen, a operação representa uma boa oportunidade de aumento de capacidade operacional no mercado de distribuição de combustíveis nos estados afetados, tanto com o aproveitamento de benefícios fiscais da FAN”, diz a empresa no Ato de Concentração enviado ao Cade.
Geração de energia eólica no mar pode ser oportunidade para estaleiros
Os projetos de construção de usinas eólicas offshore para geração de energia eólica são vistos pela indústria naval como oportunidade para que estaleiros diversifiquem a carteira de clientes. O tema foi um dos destaques do Panorama Naval no Rio de Janeiro 2022, documento lançado ontem (16/11) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
De acordo com o documento, os projetos com pedidos de licenciamento ambiental para usinas eólicas no mar surgem no horizonte como possibilidade de aquecer o setor, que já tem experiência em projetos offshore da indústria de óleo e gás, um de seus principais clientes.
O documento publicado pela Firjan inclui artigo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), estimando que, em um horizonte de cinco anos, os parques eólicos serão um setor aquecido e com demanda para os estaleiros, que poderiam até mesmo integrar as estruturas ao que já existe no oceano para a exploração de petróleo. (Agência Brasil)
PANORAMA DA MÍDIA
Os negociadores da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição já receberam indicação de lideranças de outros partidos do Congresso que o limite de alta de gastos de R$ 200 bilhões deve cair nas negociações que começam a partir de agora. A flexibilização da regra para abrir espaço de R$ 23 bilhões no Orçamento de 2023 para investimentos deve ser o primeiro dispositivo do texto a cair, segundo apurou a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Pela PEC apresentada ontem (16/11), esse espaço seria aberto com base em receitas extraordinárias (não previstas) para compensar o aumento de despesas fora do teto. A retirada do programa Bolsa Família de forma permanente também pode cair na tramitação da PEC, admitem fontes.
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O Ibovespa opera em forte queda em reação negativa do mercado à PEC da Transição, que foi apresentada ontem (16/11) à noite e elevou o prêmio sobre ativos brasileiros. O índice rompeu os 110 mil pontos e, na mínima do dia, tocou o pior patamar desde o fim de setembro. Por volta das 13h20, o Ibovespa caía 2,45%, aos 107.543 pontos. A mínima intradiária era de 107.245 pontos, enquanto a máxima alcançou os 110.242 pontos. O volume projetado de negócios para o índice no dia era de R$ 35,42 bilhões. (Valor Econômico)
No câmbio ocorre uma depreciação ainda mais significativa do real. Soma-se a isso o mau humor externo e o dólar chegou a encostar, nas máximas do dia, em R$ 5,53, maior nível intradiário desde janeiro. Por volta das 13h50, o dólar era negociado a R$ 5,4765 no mercado à vista, em alta de 1,78%. Na máxima do dia, o dólar chegou a subir a R$ 5,5298. (Valor Econômico)