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Pesquisa mostra peso maior da conta de luz no orçamento – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (21/11) pelo Valor Econômico indica que oito em cada dez pessoas passaram a economizar energia para reduzir gastos com a conta de luz após verificarem que a fatura com eletricidade passou a pesar mais no orçamento doméstico nos últimos 12 meses, de acordo com a pesquisa “Percepções sobre o Setor Elétrico”, feita pelo DataFolha em julho, sob encomenda da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel). A pesquisa foi divulgada somente neste mês por causa do período eleitoral.

Segundo a pesquisa, que ouviu 2.088 pessoas em 130 municípios nas cinco regiões do país, 85% responderam que passaram a reduzir o consumo para gastar menos com a conta de luz, enquanto 83% perceberam peso maior da conta de energia elétrica no orçamento doméstico. A pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos percentuais, verificou ainda que 72% deixaram de comprar itens que consumiam para pagar a conta de luz e que 67% consideram a conta de luz o principal gasto mensal.

O Datafolha perguntou também sobre a intenção dos consumidores de trocar de fornecedor de energia, em meio à consulta pública realizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a abertura do mercado para consumidores conectados em baixa tensão: 79% afirmaram que gostariam de poder escolher a geradora de energia elétrica, num patamar considerado elevado em todas as segmentações de renda, classe social e eletricidade.

Uruguai bate meta de carbono zero em consumo elétrico

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O Valor Econômico informa que o Uruguai colhe os frutos de ter feito a transição energética para fontes renováveis. Quase 15 anos depois de o país ter feito a escolha de longo prazo, praticamente toda a energia elétrica consumida hoje pelo Uruguai é produzida a partir de fontes renováveis, convertendo o país em modelo de economia sustentável na região e no mundo.

Uma combinação de matrizes limpas livrou o país dos apagões e racionamentos frequentes, além da excessiva dependência da importação de energia do Brasil e da Argentina e do custo de combustível importado que alimentava suas termelétricas

De acordo com a reportagem, a transição energética custou até agora US$ 6 bilhões – o que representa quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Uruguai (de US$ 59 bilhões). Quase todos esses recursos foram captados de investidores privados no exterior. Com isso, o Uruguai deixou de gastar US$ 500 milhões anualmente só com a compra de combustíveis fósseis. E, desde a fase de implantação, o projeto criou ainda 50 mil empregos diretos.

As usinas hidrelétricas de Salto Grande e do Rio Negro, que fornecem energia ao país, somaram-se parques eólicos espalhados por todo o território, grandes instalações de placas de energia solar e centrais elétricas movidas a biomassa.

Plano de energia é base para ação climática mais ampla

Em continuidade à reportagem anterior, sobre o Uruguai, o Valor Econômico informa que o programa de produção de energia limpa do país é a ponta de lança de um plano de descarbonização total da economia. A partir da eliminação de combustíveis fósseis na produção da eletricidade, a ideia era descarbonizar a maior parcela possível da economia do país.

“Desde o começo pretendíamos reduzir gradativamente nossa pegada de carbono, sempre levando em conta a lógica econômica.”, disse o ex-secretário de Energia e um dos principais arquitetos do projeto, o físico Ramón Méndez. “As metas do plano sempre foram claras nesse sentido de acreditar que uma economia mais limpa e mais sustentável seria, antes de tudo, mais eficiente e menos custosa”, afirmou.

A geração de energia foi a base para esse projeto, que agora se desenvolve em outras fases, disse Mendez. A primeira delas é a eletrificação da maior parcela possível de setores econômicos do país – começando pelo de transportes. A segunda fase, já iniciada com a instalação de polos de pesquisa, é o desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde. E, por fim, afirmou Méndez o plano é adotar uma política de economia circular, inicialmente baseada na transformação de matérias-primas por meio de reciclagem, convertendo passivo econômico em ativo ambiental.

PANORAMA DA MÍDIA

A eleição do economista Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é destaque na edição desta segunda-feira (21/11) dos principais jornais do país.

Ilan Goldfajn, que comandou o Banco Central do Brasil no governo de Michel Temer (MDB), foi eleito neste domingo (20/11) o novo presidente do BID. Ele será o primeiro brasileiro a dirigir a instituição, que financia projetos de desenvolvimento no continente e tem sede em Washington. O resultado também é uma vitória para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que indicou Ilan. O economista conquistou o apoio de 30 países, que representam 80% dos votos da instituição. (Folha de S. Paulo)

Ilan Goldfajn afirma que suas prioridades, como combate à pobreza, desenvolvimento econômico e ações contra o aquecimento global, estão alinhadas às prioridades do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. (O Globo)

A eleição de Ilan Goldfajn para a presidência do BID foi avaliada por economistas ouvidos pelo Valor Econômico como oportunidade tanto para o Brasil quanto para a própria instituição retomarem protagonismo e prestígio no cenário internacional. O caráter técnico e a qualificação do ex-presidente do Banco Central foram apontados como credenciais para o trabalho à frente de uma das principais instituições multilaterais do mundo.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) aprovou este mês, a poucas semanas de encerrar seu mandato, uma nova forma de distribuir a parcela do ICMS destinada às cidades paulistas. A lei prevê que 13% desse bolo passe a ser dividido de acordo com a melhora na aprendizagem das crianças do 1º ao 5º ano matriculadas nas redes municipais. Segundo estimativas da Assembleia Legislativa, o valor do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) atrelado ao ensino pode passar de R$ 8 bilhões.