Consumo

Crise mundial afeta consumo de energia e previsão da carga do SIN posterga aceleração do crescimento

A carga projetada para 2023 para o Sistema Interligado Nacional (SIN) deve atingir 71.735 MW médios, um crescimento de 2,7% em relação ao volume total projetado para 2022. O número, contudo, é inferior ao previsto na segunda revisão quadrimestral da carga, publicada em agosto, que apontava uma expansão de 3,1% do consumo de energia no próximo ano, para 73,1 GW médios.

Crise mundial afeta consumo de energia e previsão da carga do SIN posterga aceleração do crescimento

A carga projetada para 2023 para o Sistema Interligado Nacional (SIN) deve atingir 71.735 MW médios, um crescimento de 2,7% em relação ao volume total projetado para 2022. O número, contudo, é inferior ao previsto na segunda revisão quadrimestral da carga, publicada em agosto, que apontava uma expansão de 3,1% do consumo de energia no próximo ano, para 73,1 GW médios.

Os números constam no Planejamento Anual da Operação Energética (PLAN) para o período de 2023 a 2027, elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O documento espera uma atividade econômica mais branda em 2023, influenciada pelo cenário externo adverso, pelas preocupaões fiscais e pelos efeitos da política monetária. Isso levou a uma revisão do crescimento do PIB de 1% para 0,7% no próximo ano.

Assim, os indicadores de carga que seriam atingidos em 2026, pela última revisão, foram adiados, em grande parte, para 2027. Antes, se esperava que a carga chegaria a 81 GW médios em 2026, e os novos dados indicam uma carga inferior neste ano, de 79,9 GW médios.

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No médio prazo, porém, a carga deve se recuperar gradualmente. A expectativa é de um ambiente mais favorável a partir de 2024, com melhor desempenho de investimentos em infraestrutura, além da expansão da agropecuária e outros setores produtores de commodities, como a indústria extrativa. Além disso, o PLAN prevê a interligação de Roraima ao SIN em outubro de 2025, o que ajuda a impulsionar a carga prevista neste ano em diante.

Para o período de 2022 a 2027, o crescimento médio do PIB deve ser de 2,2%, enquanto a carga deve crescer 3,4%, chegando a 82,5 GW médios em 2027. A segunda revisão quadrimestral da carga, em agosto, previa um crescimetno médio de 3,4% na carga entre 2022 e 2026. Agora, os números para o período de 2023 a 2027 indicam expansão de 3,6%.

O crescimento da carga do Norte deve ser o mais acentuado do SIN em 2023 e 2024, em 10% e 5,1%, respectivamente, com novo pico de crescimento de 6,1% em 2026 após a interligação de Roraima.

Já o Sudeste/Centro-Oeste, submercado que concentra maior parte do consumo do país, terá expansão mais modesta no ano que vem, de 1,9%, e se manterá no patamar de 3% a 3,4% nos anos seguintes até 2027. A mesma tendência é vista nos submercados Nordeste e Sul.