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UE e G7 concordam em estabelecer teto de preço para o petróleo russo: US$ 60 o barril – Edição da Manhã

Após árduas negociações, os 27 países da União Europeia (UE) chegaram a um acordo na quinta-feira (01/12) para estabelecer um teto de preço para o petróleo russo, abrindo caminho para a implementação do limite junto com o G7, que reúne sete das maiores economias do mundo.

O valor máximo do barril — que será cobrado globalmente — foi fixado em US$ 60, preço mais alto do que o atualmente praticado pela Rússia na maior parte das vendas de seu petróleo.

A política, elaborada pelo G7 e seus aliados, visa ao mesmo tempo limitar a receita da Rússia, buscando assim sufocar o financiamento de sua guerra na Ucrânia, e evitar um choque global do petróleo. O anúncio do G7 — que reúne Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos — com o mesmo valor do teto foi feito logo depois. (O Globo e agência Bloomberg)

Preço da gasolina fica estável pela segunda semana seguida

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O preço da gasolina nos postos brasileiros ficou estável esta semana, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Na média nacional, o combustível foi vendido a R$ 5,03 por litro, contra R$ 5,04 da semana anterior.

Foi a segunda semana de estabilidade após seis semanas consecutivas de alta, provocada principalmente pela escalada das cotações do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos. O preço da gasolina está sem ajustes nas refinarias da Petrobras desde o início de setembro, ficando a maior parte desse período abaixo das cotações internacionais. Com a queda do petróleo nos últimos dias, porém, a estatal está vendendo o produto com preços mais caros. (Folha de S. Paulo)

Câmara promove “jabuti gigante” que eleva conta de luz em R$ 79 bilhões

Entidades da área de energia foram surpreendidas na última quarta-feira (30/11) pela alternação em um projeto de lei que, além de ampliar os custos na conta de luz em R$ 79 bilhões, cria riscos ao meio ambiente. A mudança ocorre no momento em que há um forte movimento lobista na Câmara, que já colocou em marcha outras propostas que podem elevar a tarifa em mais de R$ 100 bilhões.

Na prática, a medida apresentada determina que térmicas a gás sejam substituídas por PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), estendendo a esses novos projetos hídricos o direito a isenções que são concedidas à geração distribuída (GD), em sua maioria gerada por painéis solares. A mudança foi inserida no PL (projeto de lei) 2703 pelo relator da matéria, o deputado Beto Pereira (PSDB-MS).

De autoria do deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), o PL já vinha sendo questionado por tentar ampliar em 12 meses o prazo para a concessão de subsídios para a GD, alterando o marco regulatório do setor à revelia de uma discussão setorial. A proposta original, sem a mudança inserida nesta quarta pelo relator, já teria potencial de elevar a conta de luz em pelo menos R$ 50 bilhões. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse ontem (02/12), que o futuro ministro da Fazenda vai ser a “cara do sucesso do 1º mandato” em que governou o país (2003-2006), mas avisou que será dele a palavra final sobre as decisões da política econômica do seu futuro mandato. “O ministério tem autonomia, tem um monte de coisa, mas quem ganhou a eleição fui eu. Quero ter inserção nas decisões de economia neste País. Sei o que é bom para o povo, sei o que é bom para o mercado”, afirmou. (O Estado de S. Paulo)

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O bloqueio de recursos no Orçamento de 2022 deixou o governo Jair Bolsonaro (PL) com apenas R$ 2,4 bilhões para bancar gastos discricionários de todos os ministérios no último mês do ano. Há o temor real de falta de dinheiro até mesmo para despesas obrigatórias, como aposentadorias, o que levou o Executivo a traçar um plano de emergência.

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, enviou ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma consulta sobre a possibilidade de usar crédito extraordinário, fora do teto de gastos, para bancar uma parcela das despesas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). (Folha de S. Paulo)

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O percentual de crianças menores de 14 anos que estão abaixo da linha de pobreza chegou a 46,2% no Brasil no ano passado, o maior percentual da série, iniciada em 2012. São 20,3 milhões de meninos e meninas que vivem sem rendimento suficiente para ter condições mínimas de bem-estar, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem (02/12). (O Globo)