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Encargos e tributos representam quase a metade do valor das contas de luz – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo informa que estudo realizado pela consultoria PwC e pelo instituto Acende Brasil aponta que, de cada R$ 100 que o consumidor brasileiro paga em sua conta de luz, R$ 46 são usados para bancar 11 encargos do setor elétrico e oito tributos federais, estaduais e municipais.

De acordo com a reportagem, a lista de cobranças é, hoje, um dos principais fatores a puxar para cima o custo da energia que poderá crescer ainda mais nos próximos anos, devido a uma série de decisões políticas que foram empurradas sobre o setor pelo Congresso Nacional. O levantamento se baseou em dados de 45 empresas do setor elétrico brasileiro, as quais representam cerca de 70% do mercado das geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia.

As informações consolidadas apontam que os tributos e encargos setoriais recolhidos apenas por essas empresas analisadas chegaram, em 2021, a nada menos que R$ 106,1 bilhões, contra R$ 95 bilhões recolhidos em 2020. Isso representa 46% receita bruta operacional das empresas, que chegou a R$ 230,7 bilhões.

Brasil precisa aproveitar a oportunidade de atrair investimentos em gás natural

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Em sua coluna semanal para o jornal O Estado de S. Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o ano de 2022 tem a marca da guerra Rússia-Ucrânia, que trouxe de volta um cenário de instabilidade e pessimismo.

Ele ressalta que a guerra já dura dez meses, sem previsão de término e trouxe uma nova geopolítica da energia, traduzida numa volta do empoderamento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia, com a chamada Opep+.

O articulista ressalta, ainda, que a guerra mostrou a fragilidade e os erros da política energética na Europa, que apostou nas fontes renováveis e no gás russo e descomissionou usinas nucleares na Alemanha. O preço do gás natural explodiu, chegando a números inimagináveis de US$ 60/MMBtu, e a Alemanha voltou a consumir carvão. Isso tem levado a duas constatações.

Nesse cenário, Adriano Pires argumenta que para o Brasil, no ano de 2023, “a bola da vez deveria ser o gás natural, e o desafio será criar políticas e legislações que incentivem o crescimento da infraestrutura e reduzam a reinjeção, aumentando a oferta nacional. Diante do novo cenário geopolítico e geoeconômico mundial, não podemos perder a oportunidade de atrair investimentos para o Brasil”.

Tratores movidos a gás liquefeito e energia elétrica são apresentados nos EUA

A Folha de S. Paulo informa que a CNH Industrial, uma das gigantes globais na produção de máquinas voltadas ao agronegócio, apresentou protótipos de dois novos tratores, um movido a gás liquefeito e outro elétrico. Um dos modelos chegará ao mercado no fim do próximo ano.

Mais silenciosos que os modelos existentes e com a proposta de reduzir custos e serem mais sustentáveis ambientalmente, os tratores foram concebidos com o objetivo de atender tanto produtores maiores, caso do veículo movido a gás liquefeito, quanto pequenos, foco da opção elétrica.

A apresentação do funcionamento dos modelos no campo foi acompanhada pela Folha nesta quinta-feira (8) no Maricopa Agricultural Center, no entorno de Phoenix (EUA). Os preços comerciais dos modelos, ambos fabricados pela New Holland, uma das marcas da CNH, não foram revelados por Derek Neilson, presidente de Agricultura da CNH. Executivos presentes no evento disseram que os preços serão definidos depois de eventuais aperfeiçoamentos, se necessários.

PANORAMA DA MÍDIA

Os primeiros ministros anunciados ontem (09/12) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a eliminação do Brasil da Copa do Mundo do Qatar, na disputa de pênaltis com o time da Croácia, são os principais destaques de hoje em jornais impressos.

Foram confirmados cinco ministros. O senador eleito Flávio Dino (PSB) irá para o Ministério de Justiça e Segurança Pública; o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para a Casa Civil; o diplomata Mauro Vieira para o Itamaraty; o ex-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro para a Defesa; e o ex-ministro Fernando Haddad (PT) para a Fazenda.

A Folha de S. Paulo e o jornal O Estado de S. Paulo destacam quais seriam as prioridades iniciais de Haddad na Fazenda: a nova regra fiscal e a reforma nos impostos. O jornal O Globo ressalta que Múcio e Dino assumem com a missão de distencionar a relação de Lula com as Forças Armadas e policiais.