A Folha de S. Paulo informa que a Frente de Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica vai apresentar ao governo eleito uma proposta para transferir os subsídios bilionários do setor, hoje concentrados na conta de luz, para o caixa do Tesouro Nacional. O custo desses benefícios é crescente e vem onerando especialmente o bolso dos consumidores mais pobres, para quem a tarifa de energia pesa mais.
Uma discussão inicial já foi feita com o grupo de transição de Minas e Energia. Agora, as entidades estão redigindo os detalhes que vão constar de um documento a ser entregue para futuro ministro da área. Atualmente, esses subsídios estão agrupados na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).
A Frente entende que a maior parte dos recursos da CDE são recolhidos para financiar políticas públicas, assim, esse custo deve ser discutido nos órgãos de governo e distribuídos no Orçamento da União, e não agrupados no boleto dos consumidores de energia, que nem sabem pelo que estão pagando.
Com mais empresas em grandes projetos, hidrogênio verde ganha impulso na Ásia
A corrida para estabelecer bases de produção de hidrogênio verde na região da Ásia-Pacífico está esquentando, com empresas ocidentais e regionais cooperando em projetos maciços para produzir o que muitos veem como uma fonte de energia de última geração. A multinacional dinamarquesa Orsted, a maior empresa de energia eólica offshore do mundo, está considerando entrar no mercado, assim como as principais empresas petrolíferas ocidentais.
O hidrogênio verde, que não emite dióxido de carbono em seu processo de produção, está vendo a demanda crescer globalmente para uso como combustível gerador de energia. A Europa, onde a energia renovável é amplamente difundida, assumiu a liderança no campo, mas a Ásia agora começa a se mover em direção à produção.
A China, maior consumidor mundial de hidrogênio, pretende assumir a liderança na produção de hidrogênio verde. Projetos de grande escala estão sendo lançados, incluindo a construção de uma fábrica de 20 mil toneladas por ano pela empresa estatal de petróleo Sinopec. Na Índia, grandes projetos estão sendo planejados, aproveitando sua vasta área, abundância de luz solar e fontes de energia renovável de baixo custo. Reportagem publicada pelo Valor Econômico – com informações do jornal econômico Nikkei Ásia.
Procura por seguros para sistemas de energia solar cresce mais de 170%
A Bradesco Seguros registrou salto 173% em faturamento de seguros para equipamentos do sistema de energia solar fotovoltaico, de acordo com informa da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo. Somente até o mês de setembro deste ano, a companhia acumulou faturamento na ordem de R$ 4,1 milhões.
Em 2021, o saldo foi de R$ 1,5 milhões ao longo do ano inteiro. De acordo com o mapeamento feito com base nos dados oficiais da Agência Nacional de Energia elétrica (Aneel) e Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), entre janeiro e agosto deste ano, a geração própria de energia solar, que se dá através dos painéis, saltou de 8,4 gigawatts (GW) de potência instalada para 12 GW, um crescimento de 42,8%.
PANORAMA DA MÍDIA
O encerramento da Copa do Mundo do Catar, com a vitória da Argentina contra a França, em decisão por pênaltis, é destaque, hoje (19/12), nos principais jornais do país. (Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo)
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O jornal O Globo informa que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes autorizou ontem (18/12) o relator do orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a incluir na peça de 2023 os gastos necessários ao pagamento do Bolsa Família de R$ 600, como os aliados de Lula vinham tentando fazer por meio da PEC da Transição.
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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que a incerteza fiscal provocada pelas sinalizações do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva pode fazer com que a economia brasileira caminhe para anos de baixo crescimento.
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Depois de um começo de ano fraco, o mercado de fusões e aquisições retomou o vigor na segunda metade de 2022, embora os valores envolvidos tenham caído quase pela metade. Para 2023, há chance de o volume de transações crescer de 15% a 20%, a depender da melhora do ambiente de investimentos, segundo especialistas. Para que isso ocorra, são necessários sinais claros de compromisso do governo eleito com uma agenda fiscal responsável. (Valor Econômico)