O Brasil consumiu 64.877 MW médios de energia elétrica em novembro, volume 1,2% abaixo do registrado no mesmo mês de 2021. Essa baixa, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), é decorrente das temperaturas abaixo da média histórica em boa parte do país.
Neste mês, o mercado livre cresceu 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado, mas este aumento não compensou a queda de 3,1% no ambiente de contratação regulado, o que também influi no baixo consumo registrado.
“Desconsiderando o efeito das migrações de consumidores entre os segmentos, o mercado regulado teria apresentado uma retração mais suave, de 1,6%, enquanto o ambiente livre teria invertido sua posição de crescimento, com uma queda de 0,4% no resultado. A indústria têxtil, o comércio e o ramo de minerais não-metálicos foram os principais impactados por uma menor demanda por eletricidade”, afirmou a CCEE em seu Boletim InfoMercado Quinzenal.
Por região, houve alta no consumo no Norte e em parte do Centro-Oeste, enquanto o Sul, Sudeste, Nordeste e o restante do Centro-Oeste apresentaram queda. O maior crescimento, de 28%, foi registrado no estado do Maranhão, já as maiores baixas foram nos estados de Pernambuco e Mato Grosso do Sul, ambos com -9%.
De acordo com a CCEE, as hidrelétricas chegaram ao final do período seco, aumentando em 20,2% a geração de energia, no comparativo com novembro de 2021. Com isso, a produção das térmicas caiu 58,4%. As renováveis, por sua vez, apresentaram avanço de 47,7% das usinas solares fotovoltaicas e 1% dos parques eólicos.
Ainda em novembro, o Brasil exportou 368 MW médios de energia elétrica para a Argentina, o que é registrado como consumo no segmento de serviços. Levando isso em conta, o volume consumido no Sistema Interligado Nacional (SIN) teria caído 0,6% frente ao mesmo mês do ano passado.