Impulsionado pelo clima mais seco, o consumo de energia na classe residencial apresentou alta de 4,7% em novembro, resultado que impulsionou para 2,1% o consumo no Brasil no mês passado, na comparação com igual mês do ano passado, para 42,8 GWh. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em novembro, o crescimento foi de 1,3%, a 508,12 GWh. Os dados são da resenha mensal do mercado de energia publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Além do período seco, outro fator que contribuiu para o aumento do consumo em residências foi o frio extremo com a ocorrência de geadas, principalmente no Sul, levando ao uso de equipamentos de aquecimento de ambiente. No segmento residencial, todas as regiões registraram crescimento no consumo: Nordeste (+5,2%), Centro-Oeste (+5,0%), Sudeste (+4,9%), Norte (+4,3%) e Sul (+3,1%). Enquanto isso, Amapá (-33,2%), Mato Grosso do Sul (-9,0%), Roraima (-0,8%) e Rio Grande do Norte (-0,2%) foram os únicos estados que tiveram queda no consumo.
Na mesma comparação, o consumo industrial se manteve estável, alcançando 15.367 GWh. O setor de metalurgia liderou a expansão do consumo de energia na classe, com 120 GWh, alta de 3,3%, enquanto o segmento de fabricação de produtos têxteis recuou 4,7%, com 28 GWh.
O consumo da classe comercial em novembro somou 7.721 GWh, elevação de 3,2%, em relação a igual mês de 2021. “O bom desempenho do setor de serviços e, em menor grau, do setor de vendas no varejo influenciaram na variação positiva do consumo da classe comercial”, informou a EPE, no documento.
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou crescimento de 3,2% no consumo do mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica aumentou 1,5%.