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Petroleiros alertam para possíveis ataques a refinarias e ministério diz que abastecimento de combustíveis está garantido - Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo informa que a Federação Única dos Petroleiros (FUP) emitiu nota, ontem (8/1), alertando para possíveis ataques de manifestantes extremistas a refinarias da Petrobras, o que representaria uma nova escalada dos atos golpistas que resultaram na depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a reportagem, possíveis ataques a refinarias haviam sido anunciados por bolsonaristas nos últimos dias em redes sociais e teriam como objetivo interromper o fornecimento de combustíveis no país. Diante das ameaças de ataques, a FUP acionou órgãos federais de segurança, o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobras e o senador Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência da Petrobras.

Em uma rede social, Prates disse que a grande quantidade de postagens convocando para mobilizações junto às refinarias merece atenção. “Entrei em contato com o atual presidente interino em exercício, diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen”, escreveu Prates. “O presidente em exercício da Petrobras informou que as equipes de segurança foram acionadas, bem como a segurança pública, e que as equipes da empresa estão reavaliando a situação a cada momento.”

Entre as refinarias que citadas nas postagens dos extremistas estão Reduc (Refinaria Duque de Caxias, no Rio), Replan (Refinaria de Paulínia, em São Paulo), Revap (Refinaria Henrique Lage ou Refinaria do Vale do Paraíba, também em São Paulo) e Refap (Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul). Há relatos também de mobilização na Repar (Refinaria Presidente Getulio Vargas, no Paraná).

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A agência de notícias Reuters informa que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em nota oficial na noite de ontem (8/1) que o abastecimento nacional de combustíveis e o funcionamento normal de refinarias, terminais e bases de distribuição estão garantidos

Investida terrorista se estende a refinarias, detecta GSI

O Valor Econômico também traz informações a respeito da intenção de terroristas atacarem refinarias. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República detectou uma tentativa de invasão da Refinaria de Canoas, no Rio Grande do Sul. Identificaram-se ainda movimentações no sentido de reproduzir a mesma tentativa na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (PR), e a Refinaria Duque de Caxias, no município homônimo, no Rio de Janeiro.

De acordo com a reportagem, a contenção da investida terrorista é dificultada pela presença de aliados do expresidente Jair Bolsonaro em setores da inteligência da estatal. No fim da tarde de ontem (8/1), o governo do estado do Rio informou estar tomando medidas para reforçar a segurança da refinaria Duque de Caxias (Reduc).

ONS: reservatórios do Sudeste / Centro-Oeste podem encerrar janeiro com 68.6% de energia armazenada

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente aos dias 7 a 13 de janeiro, indica que as projeções de Energia Armazenada (EAR) para o último dia deste mês nos quatro subsistemas estão, pela segunda semana consecutiva, acima de 60%. O destaque é o Sudeste/Centro-Oeste, cuja estimativa é chegar em 31 de janeiro com 68,6%, patamar superior ao divulgado na semana anterior (65,2%).

Se a projeção se confirmar, seria o percentual de EAR mais elevado na região, para o mês de janeiro, desde 2012 (76,1%). Os cenários prospectivos para os demais submercados são: 81% no Sul, 72,9% para o Nordeste e o Norte com 70,1%. (Fonte: ONS)

PANORAMA DA MÍDIA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afastou o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha por 90 dias. A decisão foi proferida no início da madrugada de hoje (9/1), horas após invasões de terroristas bolsonaristas à sede do Tribunal e aos edifícios do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Na decisão, Moraes aponta o descaso e a conivência do governo Ibaneis com a organização dos atos golpistas, mencionando diretamente o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, exonerado ontem do cargo. Segundo Moraes, a responsabilidade de Torres está sendo investigada em uma apuração separada. (portal de notícias UOL) 

Além de determinar o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes adotou uma série de outras medidas para tentar conter a atuação de grupos extremistas no país. A primeira delas é a “desocupação e dissolução total”, em 24 horas, de todos os acampamentos montados em frente a quartéis generais (QGs)do Exército em diferentes capitais. (Valor Econômico)

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Com reportagens, análises e editoriais, a depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF, ontem (8/1), é destaque da edição desta segunda-feira dos principais jornais do país.

Terroristas romperam a barreira que havia sido colocada na entrada da Esplanada dos Ministérios e invadiram os prédios dos Três Poderes. PM do DF acompanha atos sem qualquer tentativa de obstrução dos atos de vandalismo. Lula decreta intervenção na Segurança do DF e mais de 300 extremistas são presos. (Valor Econômico)

Com ações violentas e quase simultâneas, de invasão e destruição, uma turba de bolsonaristas radicais transformou a Praça dos Três poderem, ontem, em um cenário de ataque à democracia, que fez lembrar o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, insuflado pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Deflagrado às 14h50, o ataque foi o ápice de um processo golpista estimulado por lideranças bolsonaristas desde antes das eleições. (O Globo)

Em reação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava em Araraquara (SP), decretou intervenção na segurança pública do Distrito Federal. O Exército pôs 2,5 mil homens de prontidão. Pelo Menos 300 pessoas haviam sido detidas até o início da noite. (O Estado de S. Paulo)

Sua causa, um golpismo tacanho não dispõe de respaldo político entre as forças legitimamente eleitas e representadas no Parlamento. Vociferam em nome de si mesmos e, quando muito, de um ex-presidente que se escafedeu em silêncio para o exterior. (Folha de S. Paulo – editorial)