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MME reúne-se com Flávio Dino e PF para discutir vandalismo – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reuniu-se ontem (16/1) com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues, para discutir as ações de combate a atos de vandalismo a linhas de transmissão de energia, que apesar de não terem causado interrupções no fornecimento de energia, já resultaram em 12 torres danificadas em seis linhas – uma delas foi alvo duas vezes em uma semana.

Desde os atos golpistas realizados em Brasília, no dia 8, com depredação das sedes dos três Poderes, vândalos protagonizaram sete ataques a linhas de transmissão em Rondônia, Paraná e em São Paulo. Silveira deve se reunir nesta terça-feira (17/1) com representantes de empresas do setor, da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para analisar medidas preventivas nas instalações.

O MME enviou ofício para as principais transmissoras do país e para a Abrate, para que realizem medidas preventivas de inspeção e de reforço na segurança das instalações, inclusive de monitoramento eletrônico. Também pediu adoção de planos de contingência para restabelecimento célere da operação. A mobilização aconteceu após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atualizar o painel de ataques, adicionando três novos eventos, ocorridos entre quinta-feira (12) e sábado (14).

O ONS registrou mais uma queda de torre de transmissão de energia. Esta faz parte da linha de transmissão Pimenta Bueno-Vilhena C3, em Rondônia, derrubada às 18h43 do sábado. A linha pertence à Eletronorte. Segundo o ONS, a queda causou o desligamento da linha, mas o fornecimento de energia não foi interrompido. As causas estão sendo apuradas.

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Rentabilidade de elétricas cresce pelo segundo ano

Pelo segundo ano consecutivo, a rentabilidade do setor elétrico ficou positiva, segundo o estudo Valor Econômico Agregado (EVA), feito em parceria entre a KMPG e o Instituto Acende Brasil. O resultado global das 47 companhias de geração, transmissão e distribuição pesquisadas foi de R$ 24,3 bilhões.

O indicador é visto como o mais adequado para medir a rentabilidade em um setor intensivo em capital. Ao Valor, os autores do estudo apontam que o setor se aproxima de um estágio em que retornos sobre o capital de um ambiente altamente regulado – que é o caso do elétrico – passam a ser compatíveis com os custos de capital. Eles destacam ainda que essa é uma tendência bem-vinda no campo regulatório, mas que precisa ser monitorada nos próximos anos em benefício da atração de investimentos de longo prazo.

O cálculo do EVA envolve o retorno sobre o capital investido (ROIC) e o custo de capital (WACC) utilizando-se as taxas estimadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Interesses políticos e econômicos representam mais da metade das contas de luz

Em artigo publicado hoje (17/1) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, afirma que o momento atual, de início de um novo governo, é propício para o país fortalecer a sua vocação energética e enfrentar suas fraquezas.

“Precisamos reverter a captura do setor energético por interesses políticos e econômicos que hoje já representam mais da metade (do valor) das contas de luz. Para o setor elétrico, a agenda está esboçada no PL 414/2021, à espera de aprovação na Câmara dos Deputados.”

Pedrosa cita estudo encomendado pela Abrace à consultoria econômica Ex Ante, o qual revela que a relação custo-preço dos produtos vem promovendo o desinvestimento e a míngua do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, o estudo indica que, com a redução do custo da energia ao patamar competitivo, o crescimento do produto interno bruto (PIB) saltaria de 1,7% ao ano para 4,8%, na média da próxima década.

Petrobras avança na análise de novo CEO

A análise do nome de Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras deve entrar em uma nova etapa nesta semana, de acordo com informação do Valor Econômico. Prates vem mantendo conversas com lideranças da empresa e terá reuniões presenciais nesta terça-feira (17/1) na estatal. Esse diálogo faz parte da avaliação de um executivo indicado para assumir cargo na companhia.

Ao mesmo tempo, a Petrobras vem analisando internamente a documentação de Prates. A expectativa é que a primeira fase da análise sobre a adequação de Prates para o cargo seja concluída nos próximos dias, dizem fontes da reportagem. O executivo ainda não tem data prevista para assumir o cargo.

PANORAMA DA MÍDIA

A Procuradoria-Geral da República apresentou ontem (16/1) denúncia contra 39 pessoas suspeitas de envolvimento nos atos golpistas e de depredação no prédio do Senado Federal. Na acusação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos afirma que os envolvidos “contribuindo uns com os outros para a obra criminosa coletiva comum, tentaram, com emprego de violência e grave ameaça, abolir o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”. Esse é o principal destaque da edição de hoje (17/1) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

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O Valor Econômico segue acompanhando o caso do Grupo Americanas e informa que as bilionárias inconsistências contábeis na Americanas, que vieram à tona na semana passada, já levam a varejista a enfrentar dificuldades de negociação com grandes fornecedores, segundo interlocutores ouvidos pela reportagem do Valor. Entre lojistas que abastecem seu marketplace – o maior negócio da empresa –, advogados têm orientado desviar vendas para outras plataformas. A varejista passou a contatar os vendedores tentando tranquilizá-los sobre eventuais riscos.

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O jornal O Estado de S. Paulo traz, como destaque da edição desta terça-feira (17/1), a destituição de Josué Gomes da presidência da Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo (Fiesp), por decisão da assembleia realizada ontem. A destituição de Josué Gomes foi aprovada por 47 votos a 1. Houve ainda duas abstenções. O resultado da votação terá de ser registrado em cartório. Josué vai recorrer da decisão, segundo interlocutores do empresário. O vice-presidente mais velho deve assumir o comando da Fiesp até uma nova eleição. Os nomes mais cotados para comandar a entidade são os de Rafael Cervone Netto, Dan Ioschpe e Marcelo Campos Ometto.