Enquanto as sanções que impõem um limite para o preço do petróleo da Rússia podem prejudicar a oferta, a reabertura da China após as restrições da covid-19 deve fazer com que a demanda global de petróleo bata um novo recorde em 2023, prevê o novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgado nesta quarta-feira, 18 de janeiro.
“Dois ‘coringas’ dominam as perspectivas do mercado de petróleo para 2023: Rússia e China. Neste ano, a demanda de petróleo pode aumentar em 1,9 mb/d e alcançar 101,7 mb/d, a mais alta de todos os tempos, reduzindo o equilíbrio à medida que a oferta russa diminui sob o impacto total das sanções. A China impulsionará quase metade desse crescimento da demanda global, mesmo que a forma e a velocidade de sua reabertura permaneçam incertas”, diz o documento.
Segundo a agência, a reabertura do mercado chinês pode transformar o país num líder mundial no crescimento da demanda do insumo. Por outro lado, a produção russa ficou em 200 mil barris por dia, depois que a União Europeia proibiu importações de petróleo bruto transoceânico russo.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve reduzir a demanda do insumo em quase um milhão por dia, devido à fraca atividade industrial e ao clima ameno, de acordo com o levantamento.
Enquanto isso, Brasil, Canadá, Estados Unidos e a Guiana serão os países com o maior crescimento na oferta de petróleo, já que os países bateram o recorde anual de produção pelo segundo ano consecutivo.