O portal EPBR informa que enquanto Brasil e Argentina traçam as bases de um projeto de integração em gás natural, a estatal boliviana YPFB anunciou que investirá US$ 324 milhões, este ano, em exploração. O objetivo é repor reservas do energético.
Parte do mercado brasileiro se preocupa com o declínio acelerado da produção do país vizinho. A YPFB, porém, nega que faltará gás e promete um dos investimentos “mais altos da sua história” em exploração.
“Afirmar que estamos ficando sem gás é uma avaliação incorreta. Embora haja um declínio natural na produção, que se iniciou em 2015 e 2016, essa situação está se revertendo com a perfuração de novos poços”, disse o presidente da estatal boliviana, Armin Dorgathen.
O Plano de Reativação de Upstream (PRU) da YPFB prevê 32 projetos exploratórios – 16 deles em andamento e nove já concluídos. A estatal também negocia novos Contratos de Serviços Petrolíferos (CSP) com a Canacol Energy Colombia e a Vintage Petroleum Boliviana para exploração e produção.
A reportagem destaca que o anúncio da YPFB ocorre dias após a consultoria Wood Mackenzie publicar um relatório a respeito da falta de sucesso exploratório recente do país e que projeta um declínio da produção mais rápido do que o esperado. Além disso, a consultoria estima que o Brasil pode não dispor mais de gás boliviano ao fim da década e que a Bolívia, hoje grande exportadora, pode passar a importar gás.
Gás natural da Argentina polui mais que o do Brasil
Análise publicada pelo portal Poder 360 enfatiza que ao decidir financiar o gasoduto para gás natural na Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não mencionou que o tipo de gás explorado no país vizinho é muito mais poluente do que o encontrado no Brasil, nos poços do pré-sal. O EPBR informa que a exploração de gás de xisto (o tipo de insumo da Argentina) não é regulamentada no Brasil e já foi objeto de decisões judiciais na Bahia e no Paraná.
NTS pretende direcionar oferta de gás do pré-sal a São Paulo
O Valor Econômico informa que, com uma esperada redução de suprimento de gás natural da Bolívia e do Campo de Mexilhão ao estado de São Paulo, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pretende compensar a queda no abastecimento com mais oferta de gás natural do terminal da Baía de Guanabara e Cabiúnas, em Macaé (RJ).
A empresa estuda ainda entrar no mercado de estoque em terra no Norte Fluminense para atender a demanda de termelétricas, além da expansão com novos gasodutos. A companhia opera 15 gasodutos, numa rede de mais de 2 mil quilômetros de extensão, que conecta os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo ao gasoduto Brasil-Bolívia e a outros dutos de transporte, terminais de GNL e unidades de processamento.
A ideia é aumentar o envio de gás natural do pré-sal para São Paulo – maior centro consumidor do país – no que eles denominam de “corredor pré-sal”. São 300 quilômetros de dutos – principalmente loops (seção paralela a gasodutos existentes) – que permitirão aumentar em 24 milhões de m3 por dia a oferta de gás do Rio até São Paulo.
Diesel da Petrobras também deve ter reajuste, diz Ativa Investimentos
A Petrobras deve precisar aumentar os preços do diesel em breve, depois do anúncio de hoje (24/1) de reajuste na gasolina, diz o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman. Segundo ele, os preços internacionais do diesel tendem a permanecer elevados, tendo em vista a retomada da economia chinesa com o relaxamento de restrições para combater a pandemia, somado ao começo das sanções europeias aos derivados da Rússia em fevereiro, por causa da invasão à Ucrânia.
“A Europa pode ter problemas de fornecimento uma vez que os países asiáticos podem se mostrar incapazes de fornecer o que o velho continente precisa”, diz Arbetman. A Petrobras anunciou que a partir de amanhã (25/1) vai passar a vender o litro da gasolina nas refinarias a R$ R$ 3,31 em média, um aumento de R$ 0,23. O reajuste corresponde a uma alta de 7,47%. Ainda não houve reajuste para o diesel, que desde 7 de dezembro é vendido a R$ 4,49 por litro. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Hugo Leal, secretário de Óleo, Gás e Energia do Rio de Janeiro, é entrevistado pelo portal EPBR
O programa ‘EPBR Entrevista’ recebeu o secretário de Óleo, Gás, Energia e Indústria Naval do Rio de Janeiro, Hugo Leal, para uma conversa sobre os planos do estado para o setor de energia.
Maior produtor de petróleo e gás do país, o Rio está também trabalhando para tentar atrair e consolidar investimentos em transição energética, com projetos de eólica offshore, energia solar fotovoltaica, biometano e outras renováveis.
Outros temas abordados durante a entrevista foram a revitalização da indústria naval no estado do Rio, que estará em pauta tanto no governo do estado, quando no governo federal, a retomada das obras do antigo Comperj, hoje o Polo GasLub, e a relação da Petrobras com o estado do Rio. O vídeo da entrevista estará disponível neste link às 18 horas de hoje (24/1).
Gestão das intervenções na rede de transmissão gerou uma economia de R$ 65 milhões para o consumidor brasileiro em 2021
O Sistema Interligado Nacional (SIN) tem dimensões continentais. Só para citar alguns números: são mais de 175.000 km de linhas de transmissão, totalizados por mais de 1.400 linhas, e em torno de 5.000 equipamentos na Rede Básica – aquela que atende a toda a sociedade –, abrangendo transformadores, reatores, capacitores, compensadores síncronos e estáticos, filtros, barramentos, dentre outros.
Para manter a excelência de toda a estrutura, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recebe por ano em torno de 40.000 solicitações de manutenção nestes equipamentos, já que essa complexa rede de transmissão, que reúne 220 agentes proprietários de equipamentos e de linhas de transmissão, exige intervenções periódicas para manter tudo sempre em perfeitas condições de operação. Pelas estimativas do ONS, o processo de gestão dessas intervenções, realizada por nossa equipe técnica, gerou uma economia de pelo menos R$65 milhões para a sociedade no ano de 2021. (Fonte: ONS)
PANORAMA DA MÍDIA
A Receita Federal informou nesta terça-feira (24/1) que a arrecadação de 2022 somou R$ 2,2 trilhões, uma alta de 8,18% em relação ao ano anterior, já descontada a inflação. Em 2021, a arrecadação havia somado R$ 1,878 trilhão, em valores já corrigidos. De acordo com o Fisco, o resultado de 2022 é o melhor desempenho da série histórica iniciada em 1995. (O Globo)