A Avapco, subsidiária da GranBio nos Estados Unidos, foi selecionada pelo programa norte-americano SAF Grand Challenge Roadmap e receberá US$ 80 milhões em subsídios para construir uma planta de demonstração de bioquerosene de aviação (SAF).
“Esse reconhecimento do DOE [Departamento de Energia dos EUA] endossa nossa tecnologia e traz grande responsabilidade para nossa equipe. Claro que o recurso é muito significativo, mas é ainda mais relevante o sinal de que essa solução é uma das escolhidas pelo governo americano para acelerar a viabilidade do SAF em escala comercial.”, afirma Bernardo Gradin, CEO da GranBio.
Segundo a GranBio, além dos recursos provenientes do governo estadunidense, será necessário a injeção de capital próprio e de investidores com interesse em participar no projeto, totalizando US$ 200 milhões. A previsão da companhia é que a unidade produza 1,5 milhão de galões de SAF ao ano.
Citando o levantamento do Our World in Data, a GranBio aponta que a aviação comercial é responsável por aproximadamente 2,5% das emissões globais de CO2. A estimativa é que, sem a transição para um combustível mais limpo no setor, a aviação civil corresponderia a 22% das emissões em 2050.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) projeta, no entanto, uma produção de biocombustíveis para aviação (SAF) de 30 bilhões de litros em 2023, com a expectativa de que esse número salte para 450 bilhões de litros em 2050.