O relatório que mostra o acompanhamento da implantação de centrais geradoras de energia elétrica, elaborado e atualizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estima que em 2023 terá início a operação comercial de 93 usinas de energia solar, que acrescentarão mais 3.870,52 megawatts ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
De acordo com o acompanhamento, as 93 usinas estão com obras em andamento e com viabilidade alta de instalação. Apesar disso, o relatório indica que do total de obras, 71 estão com cronograma atrasado, 12 estão adiantadas e 10 estão com o andamento normal. Além disso, estão previstos mais R$ 121,6 bilhões em novos investimentos. (Agência Estado)
Incêndio reduz capacidade da linha do Madeira
O Valor Econômico informa que um incêndio de causas desconhecidas em um dos circuitos do Linhão do Madeira está impedindo que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio enviem toda a energia que podem gerar para o Sudeste e com isso estão desperdiçando energia. Só no mês de janeiro, foram mais de 784 mil MWh não aproveitados, o que em equivalências energéticas é igual ao consumo mensal do Mato Grosso e corresponde a cerca de um quarto da geração das duas usinas.
De acordo com a reportagem, o evento ocorreu no dia 2 de dezembro na sala de válvulas do polo 4 na subestação Coletora Porto Velho, do Complexo do Madeira, de propriedade da Interligação Elétrica do Madeira – IE Madeira (empresa constituída pela Chesf, Furnas e Isa Cteep), mas o caso foi tratado de maneira restrita pelas autoridades do setor elétrico e só agora se tornou público.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) relatou a ocorrência em carta para o Ministério de Minas e Energia (MME) e para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além da Agência Nacional de Águas (ANA) e dos agentes, explicando a situação, mas não quis confirmar o ocorrido. Em conversa com o Valor, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, confirmou o incêndio e disse que as causas estão sendo apuradas, em caráter técnico e “de aprendizado”, sem viés punitivo, para que novos casos não ocorram.
Americanas pede na Justiça que empresas sejam impedidas de cortar luz e internet
Em petição com data de segunda-feira (30/1), a Americanas, que teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça em 19 de janeiro, pede à Justiça que determine que as concessionárias de distribuição de energia Light e Enel São Paulo se abstenham de interromper o serviço de energia elétrica em qualquer estabelecimento do grupo varejista “para cobrança de créditos sujeitos à presente recuperação judicial”.
A multa diária requerida pelos advogados da Americanas em caso de interrupção dos serviços prestados pelos provedores de serviços públicos e essenciais é de R$ 100 mil. “Mesmo diante da imprescindibilidade dos serviços prestados pelas concessionárias e outros parceiros comerciais, após o deferimento da recuperação judicial, o Grupo Americanas foi notificado pela empresa Enel Distribuição São Paulo (“Enel”), que informou às recuperandas que os serviços de energia elétrica fornecidos aos estabelecimentos da marca Hortifruti seriam interrompidos a partir de 8 de fevereiro, tendo em vista o inadimplemento das faturas que estavam em aberto antes do ajuizamento do pedido de recuperação judicial.
No mesmo sentido, também foram enviados 3 (três) avisos de corte pela empresa Light Serviços de Eletricidade S.A.”, diz o texto protocolado na Justiça. (Valor Econômico)
Alemanha quer acabar com domínio da China sobre o lítio na América do Sul
O jornal O Globo informa que o chanceler Olaf Scholz usou a sua viagem à América do Sul para ajudar a Alemanha a garantir suprimentos adicionais de lítio necessário para as baterias de veículos elétricos de gigantes automotivas como Mercedes-Benz e Volkswagen.
O Chile é o segundo maior fornecedor mundial de lítio depois da Austrália, e grande parte de sua produção é atualmente consumida pela China. Scholz, que se reuniu com o presidente chileno Gabriel Boric no domingo em Santiago, quer uma fatia maior do mineral para a maior economia da Europa, segundo pessoas familiarizadas com os planos.
MTR vai investir R$ 50 milhões em desenvolvimento para projetos de grandes usinas solares
A distribuidora de equipamentos solares MTR Solar vai investir R$ 50 milhões com capital próprio este ano para o desenvolvimento de produtos e soluções para projetos de grandes usinas. A companhia espera comercializar 1,5 GW em equipamentos solares para usinas de minigeração de até 5 MW em 2023.
Paralelo a isso, a empresa acaba de fechar uma parceria com a Tamura – empresa que fornece soluções em transformação de energia – para fornecimento de aproximadamente 300 transformadores a seco para utilização na área de energia solar. A transação envolve um investimento de R$ 30 milhões com capacidade para gerar quase 300 MW, o que em equivalências energéticas poderia suprir 330 mil residências. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que o Brasil perdeu parte significativa dos fundos de private equity com atuação no país. Nos últimos dez anos, o número de firmas que investem em participações em companhias brasileiras caiu de 54 para 29, segundo levantamento da gestora Spectra, em parceria com o Insper. Trata-se do menor número em duas décadas.
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Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem como principal destaque desta terça-feira (31/1) a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue suspeitas da prática de genocídio e de outros crimes por parte de autoridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), devido à situação enfrentada pela comunidade yanomami.
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O ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho, apresentou à Justiça Eleitoral informações falsas para pagar com dinheiro público 23 supostas viagens de helicóptero feitas durante sua campanha a deputado federal, no ano passado. Ao prestar contas, Juscelino informou que todos os voos foram feitos por “três cabos eleitorais”. O jornal O Estado de S. Paulo identificou, porém, que os nomes apresentados por ele são de um casal e de uma filha de dez anos, que moram em São Paulo. A família disse não conhecer o político.