A Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) divulgou novo relatório em que identifica que nenhum dos sistemas vigentes de certificação de hidrogênio é adequada para o comércio internacional. Para a agência, há lacunas nas informações de cada país.
“[Há] lacunas em design, padrões e rótulos ecológicos, por exemplo, que significam que os certificados fornecem informações insuficientes para permitir uma comparação justa entre fronteiras. Portanto, a padronização e harmonização são necessárias nessas áreas, bem como no cálculo da pegada de gases de efeito estufa e critérios de enquadramento regulatório compatíveis”, afirma a entidade em seu novo relatório.
Além disso, a Irena afirma que falta clareza, por exemplo, nos dados sobre emissões de gases de efeito estufa durante a fabricação e/ou transporte de hidrogênio, ou sobre o cumprimento de critério ESG.
Embora existam mecanismos para certificar o hidrogênio, segundo o documento, o principal desafio cadeia é ter um esquema reconhecido internacionalmente que evite a duplicação, ineficiência e divergência de produtos derivados do hidrogênio.
Na visão da entidade, políticas públicas para caracterizar o que é válido na indústria e no transporte, mecanismos de ajuste de fronteira de carbono, de compras, cotas de produtos, contratos de carbono e os leilões bilaterais precisam de um esquema de certificação padrão para a matéria-prima.
A Irena aponta ainda que uma certificação para todas as fases de desenvolvimento do hidrogênio pode melhorar o desenvolvimento da cadeia do ativo e, consequentemente, dos produtos derivados do seu uso.