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Lula e Prates definem nomes para conselho de administração da Petrobras – Edição da Manhã

O jornal O Globo informa que o presidente Lula discutiu ontem (13/2) com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os nomes que vão compor o conselho de administração da estatal.

De acordo com integrantes do governo, Lula bateu o martelo sobre os nomes que serão indicados. A intenção do governo é indicar nove dos 11 nomes do conselho. Hoje, o governo tem oficialmente seis cadeiras, mas quer ampliar esse controle — que foi reduzido no ano passado, durante a gestão Jair Bolsonaro.

De acordo com a reportagem, a lista de indicados está passando por checagem da Casa Civil da Presidência da República e, por isso, ainda não foi divulgada. Entre os nomes discutidos pelo governo nos últimos dias, estão o economista Eduardo Moreira, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Suzana Khan e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes. Após indicar os nomes, eles precisam ser aprovados na assembleia geral de acionistas para serem empossados. O governo é o acionista majoritário da empresa.

Ainda segundo informações do Globo, com maioria no conselho, o governo Lula pretende iniciar as mudanças que quer fazer na empresa, como rever a política de preços da estatal (que hoje atrela todo o combustível interno aos valores do dólar e do barril de petróleo) e mudar a diretoria (o que depende de aval dos conselheiros). O governo também avalia mudar a política de distribuição de dividendos para aumentar os investimentos na companhia.

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Greenyellow amplia aportes na área de eficiência energética

O grupo francês Greenyellow está ampliando a aposta na oferta de serviços voltados à eficiência energética no Brasil. Ele acabou de concluir a captação de R$ 66 milhões com o Santander através da emissão de debêntures. O montante captado para a área desde 2021 soma R$ 226 milhões, informa o Valor Econômico.

Nesse modelo de negócio, os clientes pagam por um serviço de energia sem ter que fazer nenhum investimento em infraestrutura ou equipamentos geradores (Utility As a Service – UaaS, em inglês). A empresa se responsabiliza pelo projeto, investimento e até a gestão e operação no cliente. O diretor-presidente da companhia no Brasil, Marcelo Xavier, explica que as captações financeiras estão alinhadas à estratégia global da companhia, de levantar capital via project finance, a fim de alavancar novos projetos.

União Europeia publica normas sobre hidrogênio sustentável

A União Europeia (UE) emitiu ontem (13/2) regulamentações rígidas que definirão o que considera hidrogênio renovável, segundo seu plano de transição para a energia limpa. O Valor Econômico informa que as normas dão os moldes de como as empresas deverão mobilizar bilhões de euros em investimentos em fábricas de hidrogênio nos próximos anos.

As regras emitidas ontem pela Comissão Europeia pretendem aproveitar a demanda por hidrogênio renovável para estimular uma nova onda de investimentos em parques de captação de energia eólica e solar – em vez de absorver grandes volumes da atual capacidade do bloco em energias renováveis.

Parecer libera quadros da Eletrobras à Enbpar

Um parecer obtido pela diretoria da Eletrobras considera a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar) como sucessora da ex-estatal em questões jurídicas e trabalhistas, o que pode abrir espaço para a transferência de funcionários sem a necessidade de concurso público, conforme apurou o Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, o parecer proferido por uma consultoria contratada pela Eletrobras não só confirma a tese defendida em uma ação judicial que o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia/RJ) move contra a companhia recém-privatizada como cria uma saída mais econômica para ela. A Eletrobras pretende realizar entre abril e maio um novo plano de demissão voluntária (PDV) – o último ocorreu em dezembro do ano passado.

Caso o sindicato tenha sentença favorável na ação civil coletiva, a Enbpar pode receber até cerca de 500 funcionários da ex-estatal por meio de uma simples transferência.

BNDES vai reinstalar comitê do Fundo Amazônia, paralisado desde 2018

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realiza amanhã (15/2) a reunião de reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia. Será o primeiro encontro desde 2018, após o restabelecimento da governança do Fundo Amazônia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro deste ano.

Participarão do evento, realizado na sede da instituição, no Rio de Janeiro, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e outras autoridades. No encontro serão discutidas as ações para a retomada das atividades do fundo e as prioridades para atuação. Após o encontro está prevista uma coletiva de imprensa, que será transmitida no canal do BNDES no Youtube.

Na última sexta-feira (10), o Ministério das Relações Exteriores divulgou comunicado que confirma a intenção dos Estados Unidos aportar recursos no Fundo Amazônia, mantido por países como Noruega e Alemanha. Criado em 2008, o Fundo Amazônia foi congelado em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL). O programa tem como objetivo captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. (Valor Econômico)

Ex-chanceler de Dilma será embaixador especial para a mudança do clima

O Valor Econômico informa que o diplomata Luiz Alberto Figueiredo Machado será o embaixador especial para mudança do clima. A função do ex-ministro de Relações Exteriores do primeiro mandato de Dilma Rousseff é dialogar com outros governos, divulgar o trabalho de clima do Brasil no exterior e, principalmente, recuperar a imagem do país, deteriorada nos anos de gestão de Jair Bolsonaro e intensa degradação na Amazônia.

Haverá um esforço especial para divulgar e fazer lobby pela candidatura do Brasil para sediar a COP30, em 2025, em Belém. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a candidatura do Brasil durante a conferência do clima das Nações Unidas no Egito, a COP27, em novembro. A decisão, contudo, só sairá neste ano, na COP28, em Dubai.

O cargo de embaixador especial para clima já existiu, mas com nome um pouco diferente. Foi ocupado pelo diplomata Sérgio Serra entre 2007 e 2010, então embaixador extraordinário do Brasil para Mudanças Climáticas.

Quase metade de Cuba fica sem eletricidade após falha técnica

Uma falha técnica no sistema de eletricidade de Cuba deixou quase metade da ilha sem energia ontem (13/2). A Unión Eléctrica (UE), órgão que faz parte do Ministério de Minas e Energia do governo cubano, confirmou o apagão em nota. A empresa atribui o problema à queima de cana-de-açúcar próxima a uma estação de eletricidade.

De acordo com a UE, a falha ocorreu por volta das 14h do fuso-horário cubano (16h em Brasília), na linha de 220 kv (kilovolts) que liga as cidades de Santi Spíritus e Nuevitas. (portal Metrópoles)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, foi entrevistado ontem (13/2) no programa Roda Viva (no link, a íntegra da entrevista), da TV Cultura. Entre outros assuntos, ele falou sobre a autonomia do BC, inflação e taxa de juros (Selic), que hoje está em 13.75% ao ano. Os principais jornais do país deram destaque à entrevista, na edição desta terça-feira (14/2).

Valor Econômico: Alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, assumiu um tom conciliador em entrevista na noite de ontem no programa “Roda Viva”, da TV Cultura. Disse que gostaria de reencontrar o presidente, discutir e explicar a situação dos juros altos no Brasil. Ele negou ter sinalizado, em conversas com Lula ou membros do governo, apoiar a adoção de uma meta de inflação mais alta. Segundo Campos Neto, foram discutidos estudos conduzidos ao longo de anos pela equipe técnica sobre aprimoramentos no sistema de metas de inflação.

O Globo: Roberto Campos Neto disse ver a meta de inflação (3,25% em 2023) como um instrumento da política monetária do BC e afirmou que reduzi-la agora pode ter um efeito oposto ao buscado pelo governo. “Se mudar a meta, vai ter o efeito contrário. O mercado vai pedir um prêmio de risco maior ainda. O que vai acontecer é o efeito contrário. Em vez de ganhar flexibilidade, vai acabar perdendo flexibilidade. Não existe ganho de credibilidade aumentando a meta.”

O Estado de S. Paulo: Campos Neto disse no Roda Viva que só esteve com Lula uma vez, no dia 30 de dezembro – portanto, antes da posse – e que está disposto a conversar com o presidente. Disse ainda que o resultado das eleições foi legítimo e que nunca fez campanha, mas desenvolveu “proximidade” com integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Folha de S. Paulo: Campos Neto disse entender que há pressa do presidente com a agenda social e fez sinalizações ao Planalto, afirmando que os juros de fato são altos, e se dispondo a explicar ao Executivo e ao Legislativo os motivos, sem dar detalhes. Campos Neto defendeu aprimorar o sistema de metas (da inflação).