As novas regras para o mercado de geração distribuída (GD), que entraram em vigor em janeiro de 2023, causaram leve queda na atratividade dos sistemas fotovoltaicos para uso comercial e residencial, porém o setor permanece aquecido, de acordo com estudo feito pela consultoria Greener.
A empresa destaca que, em 2022, o volume de módulos demandados pelo mercado brasileiro no ano passado para atender a geração solar superou 17 GW, viabilizando investimentos superiores a R$ 64 bilhões, tanto para GD quanto para grandes usinas com operação centralizada.
A consultoria ressaltou ainda que os preços dos sistemas fotovoltaicos tiveram uma queda média de 11% no ano passado. A redução foi motivada pela diminuição dos custos dos módulos e o elevado nível de estoque de equipamentos no atacado.
Já o financiamento bancário para projetos de GD recuou 22% no ano passado, apoiando 22% das vendas efetuadas. Em 2021, esse percentual havia sido de 57%.
Retorno do investimento
Com a entrada em vigor das novas regras previstas no marco legal da geração distribuída, o tempo de retorno do investimento (“payback”) teve um ligeiro aumento. Em Minas Gerais, por exemplo, o payback passou de 5,6 anos para 6,4 anos. Em São Paulo o aumento foi de 5,5 anos para 6,2 anos, enquanto no Rio de Janeiro, passou de 4,1 anos para 5,1 anos.