A gigante de tecnologia Amazon vai financiar 1,5 milhão de euros para uma fazenda de algas marinhas próxima de um parque eólico offshore na costa da Holanda. O objetivo do projeto, além de aprimorar o cultivo da alga marinha, é testar a cultura no sequestro de carbono – processo que consiste na captura, remoção e armazenamento do dióxido de carbono emitido na atmosfera.
O projeto North Sea Farm 1 ficará entre as turbinas eólicas, aproveitando um espaço que não seria utilizado pelo transporte marítimo do Mar do Norte.
Segundo a Amazon, se todos os projetos de eólica offshore até 2040, estimados em 1 milhão de hectares, forem utilizados também para o cultivo de algas marinhas, as emissões de carbono poderão ser reduzidas em milhões de toneladas.
Sob liderança da organização não lucrativa North Sea Farmers (NSF), o projeto deve ficar pronto até o fim deste ano. A expectativa dos cientistas envolvidos é que essa fazenda possa ser uma referência para a aplicação do cultivo em outras regiões do mundo. Os recursos da Amazon permitirão a construção de uma fazenda de 10 hectares, que deve produzir no mínimo 6 mil quilos de algas marinhas no seu primeiro ano de operação.
Os recursos da Amazon vêm do Right Now Climate Fund, fundo de US$ 100 milhões lançado pela companhia para investir em soluções baseadas no uso de recursos naturais. A Amazon informou que já destinou 20 milhões de euros a projetos na Europa para preservar, conservar e melhorar a natureza nas comunidades em que atua.
Investimentos em renováveis
Os compromissos da Amazon com a descarbonização envolvem ainda investimentos expressivos em energia renovável. Em 2022, a companhia superou os 20 GW de potência em todo o mundo, ao investir em 8,3 GW por meio de 133 projetos novos em 11 países. No total, a empresa tem hoje 401 projetos de energia renovável em 22 países.
As aquisições aproximaram a Amazon de atingir 100% das suas operações com energia renovável até 2025, cinco anos antes da sua meta original, que previa o feito para 2030.
Entre os projetos ainda em fase de estudo, a companhia tem uma fazenda solar de 122 MW no Brasil, que será seu primeiro projeto de geração renovável na América do Sul.