A carga de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve encerrar o primeiro trimestre de 2023 com crescimento de 0,5%, em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 75.421 MW médios. A projeção é da revisão semanal do boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A alta é esperada principalmente na região Norte, que deve crescer 13,6% (6.501 MW médios) no período. Já no Nordeste e no Sul há a possibilidade de aumento em 3,7% (11.998 MW médios) e 2,9% (13.477 MW médios), respectivamente. O subsistema do Sudeste/Centro-Oeste é o único com estimativa de redução de 2,8% (43.445 MW médios).
Segundo o ONS, as previsões de carga referente à semana operativa entre os dias 25 de fevereiro e 3 de março consideram a manutenção de temperaturas elevadas nas principais cidades de todas as regiões. Ainda assim, o Operador destaca que os subsistemas do Sudeste/Centro-Oeste e o Sul podem receber a passagem de uma frente fria nos primeiros dias.
Sobre o volume de água que chegará aos reservatórios do país, há possibilidade de, ao final do próximo mês, três submercados registrarem Energia Natural Afluente (ENA) superiores ou iguais a 100% da Média de Longo Termo (MLT)
As hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, onde se localizam cerca de 70% dos reservatórios interligado ao SIN, pode registrar 100% da MLT. Já o Norte e o Sul devem registrar 112% 110% da MLT, respectivamente. Para o Nordeste, a perspectiva é de ENA em 64% da MLT.
Diante das novas estimativas de afluências, o ONS prevê que a Energia Armazenada (EAR) para 31 de março deve ficar acima de 80% em três subsistemas.
O Sudeste/Centro-Oeste pode fechar o mês com EAR de 85%, que, caso se confirme, será o percentual de EAR mais elevado para março na região há 16 anos, quando alcançou 87,3%.
Os cenários prospectivos do ONS para os demais submercados são: 86,4% no Nordeste, 83,4% no Sul, 63,6% no Norte.