A AES Brasil anunciou o investimento de R$ 3,1 bilhões entre 2023 e 2027, com foco na expansão de projetos contratados e na construção de empreendimentos, além do desenvolvimento do pipeline e da modernização e manutenção dos ativos em operação.
Do total, quase R$ 2 bilhões serão destinados à expansão dos complexos eólicos de Tucano e Cajuína, localizados na Bahia e no Rio Grande do Norte, respectivamente, que somarão cerca de 1 GW de potência.
Segundo a companhia, a expectativa é que as obras sejam entregues neste ano, fazendo com que a AES Brasil alcance 5,2 GW de capacidade instalada, sendo metade da fonte hídrica, e o restante em eólicas e solares.
Outros R$ 584,2 milhões devem ser aplicados para modernização e manutenção de empreendimentos.
Resultado 4T22
A AES Brasil reportou lucro líquido de R$ 137,4 milhões no quarto trimestre de 2022, alta de 329% em relação a igual período do ano anterior, revertendo prejuízo de R$ 32 milhões. Segundo a companhia, o resultado foi impulsionado pela gestão ativa de portfólio de contratos de hidrelétricas, melhora do resultado operacional e redução das despesas financeiras no trimestre.
O Ebitda (sigla em inglês para resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia cresceu 77%, chegando a R$ 360 milhões. Já a receita líquida somou R$ 760,8 milhões no ciclo, crescimento de 3,9% na comparação com igual etapa de 2021.
O volume total de energia gerada pelas hidrelétricas da AES Brasil atingiu 2.082,7 GWh no 4T22, 25,9% acima do mesmo período de 2021. Durante teleconferência com investidores, nesta terça-feira, 28 de fevereiro, Clarissa Sadock, presidente da companhia, afirmou que a alta é um reflexo da maior afluência e recuperação dos reservatórios do sistema para níveis acima da média dos últimos dez anos.