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Eneva vai buscar sócios para ativos de geração renovável

O Valor Econômico informa que a Eneva pretende reunir e vender uma parte de seus ativos ligados à geração de energia renovável como forma de reduzir a alavancagem da companhia. A empresa, que realizou ontem (8/3) encontro com investidores no Rio de Janeiro, contratou o banco UBS para prospectar interessados no negócio e pode, inclusive, abrir mão do controle a depender do acordo.

O presidente da companhia, Lino Cançado, que está na Eneva há oito anos e assumiu o cargo em janeiro, explicou ao Valor que o consenso de mercado é de que, com as recentes aquisições — como a da térmica Celse, de 1,6 gigawatts (GW) de potência, que passou a compor o Hub Sergipe — e os investimentos previstos, a alavancagem da empresa, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, pode ficar em torno de 4,8 vezes acima da média entre 2,5x e 3x dos últimos anos.

Segundo ele, a companhia poderia “tocar a vida” sem a necessidade de vender parte das operações de renováveis, “extraindo os ‘upsides’” dos ativos comprados e desenvolvidos, mas isso poderia fazer a empresa abrir mão de eventuais oportunidades de mercado.

Conta de luz caiu 20% em 2022 com alta no volume de chuvas e redução de impostos, diz Abraceel

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A redução de impostos e o volume de chuvas, que impacta diretamente na produção de energia mais barata no país, levaram a um alívio no bolso dos consumidores de energia em 2022. Dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), obtidos com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, apontam que a tarifa residencial teve uma redução média de 20%, considerando preços até outubro, frente a uma variação do IPCA de 4,7% no mesmo período.

Empresas belgas desenvolvem novo sistema de geração solar offshore

As empresas belgas Jan De Nul, Tractebel e DEME desenvolveram em conjunto uma nova tecnologia solar flutuante offshore, considerada capaz de operar em condições marinhas adversas e em combinação com parques eólicos offshore. De acordo com as companhias envolvidas no projeto, a tecnologia pode resistir a duras condições offshore enquanto cria grandes superfícies protegidas das ondas.

“Da mesma forma que vimos a tecnologia eólica se movendo da terra para o mar, estamos vendo a extensão de todo o sistema de energia para locais offshore”, disse o CEO da Tractebel, Philippe Van Troeye. “Juntamente com a produção offshore de combustível verde, ilhas de energia offshore, interconectores e soluções potenciais para armazenamento de energia, acreditamos que a energia fotovoltaica flutuante offshore tem um papel importante a desempenhar na aceleração da transição energética”, acrescentou. (portal Petronotícias)

Suspensão da venda de ativos da Petrobras pode afetar contratos de US$ 2 bilhões

Reportagem do portal EPBR indica que a suspensão temporária da venda de ativos da Petrobras, solicitada pelo governo, envolve uma lista de negócios em curso e cerca de US$ 2 bilhões em contratos já assinados e que ainda aguardam um desfecho. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou, na semana passada, que encara o pedido como uma oportunidade para que a empresa “reveja alguns conceitos”.

A petroleira, por exemplo, já suspendeu a venda da Petrobras Biocombustível (PBIO) e está, inclusive, trocando o comando da subsidiária, de acordo com a agência Bloomberg. A PBIO é um caso mais simples, uma vez que a Petrobras ainda não tinha fechado nenhum acordo formal para alienação da subsidiária. Compradores temem, no entanto, que a petroleira venha a recuar de negócios já formalizados.

A reportagem ressalta que a Petrobras tem, hoje, cinco contratos assinados, aguardando conclusão do negócio, para venda dos ativos. Entre eles, a refinaria Lubnor, no Cearé, p Polo Potiguar (RN), Polo Norte Capixaba (ES), Polo Golfinho e Camarupim (ES) e Campos de Pescada, Arabaiana e Dentão (ES).

Shell Brasil ajuíza pedido de liminar para suspender cobrança de imposto de exportação de petróleo

A Shell Brasil ajuizou ontem (8/3) um pedido de liminar, junto a outras quatro grandes empresas do setor de petróleo, contra a cobrança do imposto de exportação de petróleo bruto, informa o Valor Econômico. O tributo foi anunciado pelo ministro Fernando Haddad na semana passada. O governo instituiu, por meio da medida provisória 1.163/2023, a cobrança do imposto de 9,2% sobre as exportações de óleo bruto nos meses de março a junho, para ajudar a compensar a queda na arrecadação com a desoneração de combustíveis.

Em nota, a Shell disse que “vê com preocupação” a notícia e afirmou que o tributo vai ter efeito financeiro sobre a empresa no país. “A medida, que foi anunciada sem um diálogo significativo com a indústria, joga incerteza sobre novas decisões de investimentos, afetando a competitividade do Brasil no setor de exploração e produção – em que o Brasil tem um forte potencial geológico”, ressalta a nota.

Também a Total, Equinor, Repsol e Petrogal entraram em conjunto, ontem (8/3) com um pedido de liminar na Justiça Federal do Rio de Janeiro contra a cobrança de imposto de exportação de petróleo bruto anunciado pelo governo. As informações sobre a abertura do processo constam no site da Justiça Federal do Rio de Janeiro. A cobrança de imposto de 9,2% foi instituída na semana passada, por uma Medida Provisória (MP), sobre as exportações de petróleo por quatro meses. (O Globo)

PL entra com ação contra imposto sobre exportação de petróleo

O PL entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a taxação temporária sobre exportação de petróleo cru – criada pelo governo Lula (PT) para compensar a postergação da desoneração (parcial) dos combustíveis pelos próximos quatro meses. O ministro Gilmar Mendes assumiu ontem (8/3) a relatoria da ação, de acordo com informação do portal EPBR.

Tupy investirá em parceria para produção de combustível renovável e eletricidade limpa

A Tupy anunciou que assinou uma parceria, junto com a subsidiária MWM, com a cooperativa agrícola Primato para produção de combustível renovável e eletricidade limpa. O investimento inicial é de aproximadamente R$ 9 milhões e abrange 13 propriedades.

Essas propriedades serão atendidas por uma usina de biogás a ser instalada em Ouro Verde do Oeste (PR), com potencial para alcançar todos os cooperados da Primato, diz a companhia em comunicado. O acordo prevê que a MWM faça a transformação veicular da atual frota de motores a diesel para gás. Os dejetos, que serão transformados em combustível renovável, podem ser aplicados tanto para movimentação dos caminhões da Primato quanto para subsidiar o consumo de energia elétrica dos cooperados.

“Com uma solução completa de aproveitamento dos resíduos oriundos do processo de produção na fazenda, o produtor rural poderá neutralizar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) gerada pelas suas atividades, obtendo, ao mesmo tempo, redução de custo operacional e aumento de produtividade” Ainda dentro desse sistema, há a geração de biofertilizantes, que substituem os fertilizantes minerais, reduzindo o custo e a dependência de produtos importados para os produtores, contribuindo também para a redução da pegada de carbono. (Valor Econômico)

3R Petroleum sai de lucro para prejuízo de R$ 38,9 milhões no quarto trimestre de 2022

A 3R Petroleum registrou prejuízo líquido de R$ 38,9 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo o lucro líquido de R$ 19,7 milhões do quarto trimestre de 2021. De acordo com as demonstrações de resultados divulgadas na noite de ontem (8/3), a receita líquida no quarto trimestre de 2022 foi de R$ 445,1 milhões, em alta de 78,0% sobre a receita de R$ 250,0 milhões do ano anterior.

O Ebitda (Resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa no quarto trimestre de 2022 ficou negativo em R$ 41,5 milhões, ante resultado positivo de R$ 142,9 milhões no mesmo período de 2021. (Valor Econômico)

Agência Nacional de Mineração prorroga prazo para concluir rodadas de áreas para garimpo

A Agência Nacional de Mineração (ANM), órgão vinculado do Ministério das Minas e Energia, decidiu prorrogar o prazo para oficializar uma polêmica oferta de áreas para novos garimpos. No fim do ano passado, ainda sob o governo Bolsonaro, a agência publicou um edital ofertando 420 áreas para garimpeiros e cooperativas de garimpeiros. A maior parte dessas áreas está localizada na região amazônica.

O processo da 6ª rodada de disponibilidade de áreas tem provocado muita controvérsia, especialmente após a crise instalada na terra indígena Yanomami em Roraima, onde o impacto de garimpos ilegais tem provocado morte e adoecimento de indígenas. O governo federal lançou uma operação com Polícia Federal, Exército e outros órgãos para a retirada dos garimpeiros da região Yanomami. Enquanto isso, no entanto, a ANM, já sob o governo Lula, vinha levando adiante o processo de oferta de áreas para novos garimpos.

Pelo cronograma da agência, o processo de oficialização dos vencedores da oferta de áreas aconteceria ontem (8/3) nesta quarta. A partir dessa oficialização, os vencedores passariam a ter direito a solicitar permissões de lavra garimpeira à ANM. Consultada pelo Valor Econômico sobre quantas das 420 áreas foram efetivamente oficializadas nesta quarta-feira, a assessoria da ANM afirmou que “não está mantida a data de 8/3, quarta-feira”. A agência disse ainda que “oportunamente” publicará a prorrogação dos prazos, mas não informou o motivo da medida.

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem a respeito de restrições no mercado de crédito privado é o principal destaque da edição desta quinta-feira (9/3) do jornal O Globo. O patamar mais alto de juros e a crise em várias empresas, principalmente a Americanas, forçaram as empresas a adiarem as emissões em meio à percepção de aumento de riscos e com investidores pedindo juros maiores para emprestar recursos. Sem captar recursos, as empresas não conseguem investir — o que significa produção menor e menos empregos.

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Folha de S. Paulo: Governo deve ampliar prazo de adaptação ao marco de saneamento.

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Valor Econômico: Petroleiras entram na Justiça contra imposto de exportação. Conferir, acima, resumo da notícia.

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O Estado de S. Paulo: Projeto obriga empresas a dar transparência a salário de homens e mulheres.