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Eneva pretende investir R$ 11 bi até 2030 e busca sócio para plataforma de renováveis

Depois de investir R$ 8,4 bilhões entre 2017 e 2022, a Eneva pretende investir R$ 11 bilhões até 2030, em iniciativas como diversificação de portfólio, maior acesso ao mercado livre de energia e gás natural, criação de hubs regionais de gás e ampliação da geração de energia, por meio de térmicas ou fontes renováveis. A estratégia foi discutida ontem, 8 de março, durante evento da companhia com investidores e analistas.

Eneva pretende investir R$ 11 bi até 2030 e busca sócio para plataforma de renováveis

Depois de investir R$ 8,4 bilhões entre 2017 e 2022, a Eneva pretende investir R$ 11 bilhões até 2030, em iniciativas como diversificação de portfólio, maior acesso ao mercado livre de energia e gás natural, criação de hubs regionais de gás e ampliação da geração de energia, por meio de térmicas ou fontes renováveis. A estratégia foi discutida ontem, 8 de março, durante evento da companhia com investidores e analistas.

Para fazer frente aos investimentos elevados, sem pressionar ainda mais seu endividamento, a companhia vai buscar um sócio para a plataforma de renováveis, enquanto vai buscar novas oportunidades no mercado de gás e se fortalecer no trading de energia elétrica.

A previsão da companhia é de atingir uma receita bruta fixa contratada de R$ 10,3 bilhões em 2027, ante R$ 3,9 bilhões em 2022. A empresa conta ainda com receitas adicionais em “momentos oportunos”, pelo despacho de termelétricas em momentos de escassez hídrica, ou pela comercialização de produtos.

“Somos uma empresa de portfólio diverso, com competências únicas e pioneira, seja em nossos modelos de negócios, seja nos locais onde atuamos”, disse Lino Cançado, CEO da Eneva.

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A estratégia de crescimento envolve estender o ciclo de vida de seus ativos existentes, maximizar as reservas e prover novas soluções integradas no Norte do país, desenvolver a infraestrutura de hubs de gás, além de desenvolver um portfólio de geração renovável, promovendo tecnologias de baixo carbono. 

Nos últimos anos, a Eneva saltou de uma carteira de 2,2 GW de potência para os atuais 6,3 GW, ao mesmo tempo em que seu Ebitda ajustado subiu de R$ 1,4 bilhão para R$ 2,5 bilhões.

Ao mesmo tempo em que a empresa cresceu, muito por conta de aquisições, a relação entre dívida líquida e Ebitda (sigla em inglês para resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia subiu de 3 vezes em 2017 para 4,8 vezes em 2022.

Segundo a companhia, contudo, a dívida é “de qualidade”, pois tem longo prazo, a maior parte (R$ 11 bilhões) vencendo depois de 2027, e custo relativamente baixo, com a maior parte indexada a inflação.

Agora, o objetivo é acelerar a desalavancagem, chegando a um patamar de 2,5 vezes, no mínimo, em 2027, para abrir espaço no balanço e capturar oportunidades de crescimento no curto prazo. Essa desalavancagem poderá ser acançada pela emissão de ações preferenciais, sem direito a voto, pelo Complexo Parnaíba, e também por meio de um sócio para sua plataforma de ativos renováveis, derivada da aquisição da Focus, em 2021.

Também estão na mesa opções para aumentar o capital de giro, como venda de estoque de carvão, alongamento de prazo de pagamento de dívidas e antecipação de recebíveis. 

Em renováveis, a Eneva concluiu ano passado o projeto solar Futura I, de 630 MW de potência, e avançou no desenvolvimento do seu portfólio de projetos renováveis, que soma 2,8 GW e conta com desconto no fio. Para desenvolver essa plataforma de renováveis, a companhia buscará um sócio, que vai ter direito a uma parcela de Futura I, além de ser parceiro na construção, operação e comercialização dos novos projetos.