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Ministério irá manter indicações inelegíveis ao conselho da Petrobras, diz a estatal em ofício – Edição do dia

Uma troca de ofícios entre a Petrobras e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nas últimas duas semanas, à qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, revela que o Ministério de Minas e Energia (MME), responsável direto pelas indicações da União ao Conselho de Administração (CA) da estatal, informou no início do mês que a União “manterá” os candidatos considerados inelegíveis por lei.

De acordo com a reportagem, a intenção ainda não está clara nos bastidores da Petrobras ou do governo. A avaliação de fontes ouvidas pela reportagem é que a estratégia vai variar de acordo com a temperatura política do assunto. Como carta na manga, ainda no mês passado, o MME enviou “nomes reservas” em uma lista adicional, para o caso de os indicados titulares não se viabilizarem.

Ainda de acordo com a reportagem, na troca de ofícios com a CVM, a Petrobras também assumiu formalmente que a assembleia geral ordinária de acionistas (AGO), marcada para 27 de abril, tem a prerrogativa de eleger membros ao Conselho de Administração da estatal mesmo que eles sejam inelegíveis de acordo com a Lei das Estatais (13.303).

Petrobras quer mudar fórmula de preços do gás natural, diz Prates

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A Petrobras vai buscar uma nova fórmula de preços para o gás natural, afirmou ontem (17/4) o presidente da companhia, Jean Paul Prates. A empresa quer dar mais peso aos custos domésticos de produção na precificação da molécula do gás.

Os contratos da Petrobras, para fornecimento de gás às distribuidoras estaduais, seguem uma fórmula de precificação atrelada à variação do petróleo (Brent) e taxa de câmbio.

Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do qual Prates participou, as autoridades presentes anunciaram a criação de um grupo de trabalho para discutir a ampliação da oferta e a redução dos preços do gás natural.

O grupo terá a participação dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), de Minas e Energia (MME), da Fazenda, Casa Civil, Petrobras, Fiesp e representantes dos produtores independentes. Em março, ao anunciar as bases do programa Gás para Empregar, o governo informou que estudaria, dentre outras medidas, o desenvolvimento de uma política de precificação de longo prazo do gás natural da União que leve em consideração os preços da molécula e dos produtos e energia obtidos a partir do gás natural. (Agência EPBR)

Distribuidoras investem para evitar inadimplência e prevenir perdas

Reportagem do Canal Energia destaca que as distribuidoras de energia estão investindo em tecnologias para reduzir as perdas e a inadimplência. Elas estão usando sistemas de monitoramento avançados, como o sistema de controle de perdas de energia e o sistema de controle de inadimplência, que identificam problemas de perdas e inadimplência e fornecem informações para que as distribuidoras possam tomar medidas para corrigi-los.

Além disso, ainda segundo a reportagem, as distribuidoras de energia têm adotado medidas para evitar a inadimplência e prevenir perdas ao longo da cadeia de suprimento. Algumas dessas medidas incluem: aprimoramento da gestão de risco, desenvolvimento de sistemas de monitoramento de pagamentos, implementação de medidas de prevenção de fraude, melhoria da eficiência da cobrança, melhor gestão dos contratos de fornecimento de energia, desenvolvimento de programas de educação para o consumidor e aperfeiçoamento das políticas de atendimento ao cliente. As distribuidoras também têm apostado em tecnologias para otimizar o processo de cobrança, melhorar os sistemas de monitoramento de pagamentos e desenvolver soluções de inteligência.

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) computa mensalmente os dados de inadimplência de 39 distribuidoras, que representam mais de 92% dos consumidores no Brasil. E entre o período de 2019 e 2022, a média da inadimplência do setor foi de 3,60%. Em 2019, essa média foi de 3,30%, passando para 4,51% em 2020, 3,63% em 2021 e em 2022 caiu para 2,68%. Os dados compreendem a série histórica entre janeiro de 2019 a novembro de 2022.

Zeg Biogás e Greenlane trazem tecnologia para purificar biogás

A Zeg Biogás e a canadense Greenlane Renewables firmaram acordo de colaboração a fim de fabricar no Brasil tecnologia para a produção de biometano, que é o biogás com alto grau de pureza que pode ser utilizado nas mesmas redes de gás natural convencional. O objetivo é obter o produto a partir de resíduos agroindustriais e de aterros sanitários, informa o Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, um dos focos da parceria é a indústria de cana-de-açúcar, que obtém a vinhaça como resíduo dos processos produtivos. Elas estão de olho em mais de 330 usinas de produção de açúcar e etanol em operação no país. A Greenlane mantém a responsabilidade pelo projeto tecnológico e pelo fornecimento dos componentes que não estejam disponíveis no Brasil. A Zeg Biogás conseguiu, com o acordo, direitos exclusivos para produzir a tecnologia de enriquecimento do biogás, bem como comercializar o sistema para projetos de biometano em que a Zeg Biogás tenha participação acionária (majoritária ou não) ou acordo de comercialização.

Ainda de acordo com a reportagem, são 75 equipamentos que terão capacidade de produzir 2,5 milhões de metros cúbicos de biometano por dia (m3 /dia). Atualmente, a Zeg Biogás possui seis usinas de biometano no Brasil, sendo quatro oriundas de aterro sanitário e duas de resíduos agroindustriais – uma delas com uso do sistema, mas de origem importada. Em 2021, a Vibra adquiriu 50% das ações da Zeg Biogás, com compromisso de investir mais de R$ 400 milhões nos próximos anos para execução de novos projetos de biogás e biometano.

Massa de ar frio derruba temperaturas e feriado de Tiradentes terá até geada

Após um fim de semana de temperaturas amenas em várias partes do país, uma nova frente fria se formou a partir da baixa pressão que estava na costa e trouxe um clima gelado. Na retaguarda dessa frente fria, uma forte massa de ar frio com características de outono derruba as temperaturas. Há previsão de queda de temperatura no feriado de Tiradentes, na próxima sexta-feira (21/4), com possibilidade de geada no Sul do país, e no fim de semana, com cidades tendo registro de mínima abaixo de 10°. (O Globo)

Crise energética impede acordo no G-7 para eliminar uso do carvão

O G-7, grupo dos sete principais países ricos, estabeleceu ontem (16/4) novas e grandes metas coletivas para a capacidade de geração de energia solar e energia eólica, concordando em acelerar o desenvolvimento de energias renováveis e avançar para uma eliminação mais rápida dos combustíveis fósseis.

Mas eles não chegaram a endossar o prazo de 2030 para deixar de usar o carvão, defendido pelo Canadá e outros membros, deixando a porta aberta para a continuidade dos investimentos em gás, alegando que o setor poderá ajudar a resolver possíveis crises de energia. “Em meio a uma crise energética sem precedentes, é importante ter medidas para enfrentar as mudanças climáticas e promover a segurança energética ao mesmo tempo”, afirmou o ministro da Indústria do Japão, Yasutoshi Nishimura. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

A reação negativa dos Estados Unidos e da União Europeia em relação a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da guerra da Rússia na Ucrânia, na qual o chefe de Estado brasileiro responsabilizou tanto Moscou quanto Kiev pela invasão é destaque, hoje (18/4), nos principais jornais do país.

Lula também culpou as potências ocidentais, como os Estados Unidos e a UE, pelo prolongamento do conflito. A Casa Branca disse que “o Brasil está repetindo a propaganda da Rússia sem olhar para os fatos”. (O Globo)

O governo Biden quer ouvir as explicações do Brasil nos próximos dias e não descarta contatos com o chanceler Mauro Vieira e o ex-chanceler e assessor especial de Lula, o embaixador Celso Amorim. Autoridades americanas desfiam adjetivos para explicar o sentimento em relação aos recentes movimentos da diplomacia brasileira comandada por Lula: decepcionados, preocupados, surpreendidos, são algumas das palavras usadas. Mesmo assim, continuam repetindo que acreditam ter no presidente brasileiro um aliado e que ele e a administração democrata de Biden têm muitos valores em comum. (O Estado de S. Paulo)

O chanceler russo, Serguei Lavrov, afirmou durante visita ao Itamaraty, em Brasília, nesta segunda (17/4), que Brasil e Rússia têm “abordagens similares” em relação a questões atuais. Sem citar diretamente a Guerra da Ucrânia, o chefe da diplomacia de Vladimir Putin recebeu ainda um aceno de seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, que criticou a aplicação de sanções unilaterais contra Moscou. (Folha de S. Paulo)

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O principal destaque da edição desta terça-feira (18/4) do Valor Econômico é o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentado ontem (17/4) pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. A reportagem ressalta que a LDO conta com R$ 155 bilhões em receitas incertas para zerar o déficit público em 2024.

De acordo com a reportagem, as propostas que permitirão esse incremento na arrecadação ainda não foram apresentadas e algumas, como a taxação de compras no exterior, são foco de disputa política. Segundo uma fonte da área econômica, se as receitas se frustrarem e a regra fiscal for aprovada, o governo poderá ter déficit no ano que vem, diferentemente do previsto. O texto sinaliza que, se o novo arcabouço fiscal for aprovado, as despesas no Projeto de Lei Orçamentária Anual poderão ser acrescidas em R$ 172 bilhões.