A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e o Senai-RN farão sua primeira missão internacional para conferir a operação de parques eólicos offshore e prospectar potenciais oportunidades de negócios para o estado ligadas à atividade. O foco da viagem, entre 28 de abril e 6 de maio, é o Reino Unido.
O grupo passará pelas cidades de Manchester, Newcastle, Hull e Londres. Fazem parte do roteiro visitas a centros de inovação, a instalações eólicas offshore, à infraestrutura portuária da região e participação na conferência “Offshore Wind Connections”.
O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, destaca o protagonismo e o potencial do estado nesse contexto. “O Rio Grande do Norte é o maior produtor brasileiro de energia eólica em terra e esse protagonismo deve compor a busca e a construção de soluções em transição energética. O estado também tem um potencial para geração offshore de 54,5 GW”.
Ele será representado na missão internacional pelo diretor Roberto Serquiz, que também é o presidente eleito da FIERN e assumirá o mandato em outubro deste ano.
Segundo as instituições, a missão ocorre em um momento em que investimentos na área já são realidade na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, e que, em território brasileiro, começam a despontar no horizonte também como oportunidades.
“Nós temos uma semana de reuniões marcadas com gente que fornece alimentos, que fornece embarcações, que faz instalação, manutenção e atua em outras frentes nessa atividade. A ideia é conhecer, funcionando, a cadeia do offshore wind, para que empresas e instituições locais enxerguem oportunidades, possibilidades de cooperação e o que têm condições de implantar no nosso ecossistema. A ideia é gerar negócio”, diz o diretor do Senai-RN e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello.
Ele ressalta que a viagem também é uma oportunidade de mostrar a empresas e instituições britânicas o Rio Grande do Norte e o Brasil como partes da solução que o mundo precisa em direção à transição energética.
“Vamos apresentar os diferenciais competitivos que temos aqui. O Brasil e o Rio Grande do Norte estão se preparando para participar desse processo e têm condições de contribuir, de ser parte da resposta que o mundo precisa”, observa. “O hidrogênio é a forma de transportar essa energia e é um vetor em que também estamos investindo”, complementa.
Participam da missão representantes do Serviço Social da Indústria (SesiI-RN), do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae-RN) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), além de empresas potiguares que atuam em segmentos como construção civil, montagem de torres eólicas, engenharia, telecomunicações, consultoria em meio ambiente, alimentos e bebidas, portos, logística, transporte e apoio marítimo.
Leia também:
Eólica offshore supera 182 GW em pedidos para licenciamento ambiental no Ibama
Eólica deve ultrapassar 1 TW de capacidade até o final de 2023, projeta Wood Mackenzie