MegaExpresso

“Prepare-se para o El Niño”: fenômeno incomum terá seca impactante no Nordeste e no Norte do país – Edição do dia

“Prepare-se para o El Niño”, diz o título de novo relatório da Organização Meteorológica Mundial, da ONU. O jornal O Globo informa que o documento, divulgado na quarta-feira (3/5), dá o tom do debate e da preocupação da entidade. O fenômeno climático, que não acontece há sete anos, deve acontecer até setembro, segundo a ONU, podendo levar as temperaturas globais a novos recordes — entre outros diversos efeitos.

No Brasil, o Norte e o Nordeste enfrentarão uma seca “impactante”, segundo disse ao Globo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Andrea Ramo. O El Niño, fenômeno climático associado ao aquecimento da temperatura das águas na porção equatorial do Oceano Pacífico, na costa oeste da América do Sul, é conhecido por causar “anomalias climáticas” ao redor do mundo.

O evento acontece, em média, a cada dois ou sete anos e costuma durar de nove a 12 meses. Neste ano, no entanto, ele será diferente e terá “algumas particularidades”, segundo o meteorologista Marcio Cataldi, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). “Teremos um El Niño fora de época. Normalmente ele começa a esquentar a água do Pacífico entre junho e julho e tem o ápice das altas temperaturas em dezembro. Esse está começando o aquecimento em abril e deve atingir o ápice em outubro, o que diminui o conhecimento estatístico do fenômeno”, diz Cataldi.

“Desmatamento na Amazônia está à beira do abismo”, diz Carlos Nobre

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O Valor Econômico traz, na edição desta sexta-feira (5/5), uma entrevista com Carlos Nobre, climatologista brasileiro reconhecido internacionalmente, para quem não basta parar imediatamente o desmatamento e a degradação florestal na Amazônia, mas iniciar já um grande processo de restauração no sul da floresta e na porção dos Andes.

Esse corredor verde teria 500.000 km2 e viria, em dois arcos, da Colômbia, Peru e Bolívia passando pelo sul da Amazônia brasileira e chegando ao Maranhão. Custaria, no mínimo, US$ 20 bilhões. “Se tivermos sucesso de zerar o desmatamento e a degradação e criar esse projeto de restauração florestal, teríamos grande probabilidade, na minha avaliação, de salvar a Amazônia.” Para outros estudiosos, o sul da Amazônia, de tão desmatado e degradado, atingiu o ponto em que a floresta virou outra coisa e não retorna a ser o que era.

Nobre, autor do estudo de não retorno da Amazônia, diz que é verdade que no sul do bioma esse limite está próximo de ser ultrapassado. “Infelizmente, uma série de estudos mostram que estamos na beira do precipício”, diz. Mas acredita que ainda é possível reverter o desastre. Um desafio enorme é capacitar o pecuarista amazônico a não usar fogo”

Pesquisador do Instituto de Estudos Climáticos da USP e co-presidente do Painel Científico para a Amazônia – onde foi criado o projeto “Arcos do Reflorestamento”-, Nobre detalha, nessa entrevista ao Valor, o momento da Amazônia, os motivos pelos quais o desmatamento não cai e os benefícios do plano de restauração.

Eletrobras divulga resultados do 1º trimestre

O resultado da Eletrobras no primeiro trimestre do ano, divulgado ontem (4/5) à noite, é destaque na mídia nesta sexta-feira (5/5). O Valor Econômico cita lucro de R$ 488,6 milhões. Já O Estado de S. Paulo informa lucro líquido de R$ 406 milhões, com queda de mais de 80% ante o mesmo período de 2022.

Valor Econômico – A Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras – registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 488,6 milhões no primeiro trimestre de 2023, em queda de 81,9% em relação ao lucro líquido de R$ 2,70 bilhões do primeiro trimestre de 2022. De acordo com as demonstrações de resultados divulgadas ontem (4/5) à noite, a receita líquida no primeiro trimestre de 2023 foi de R$ 9,20 bilhões, em alta de 12,7% sobre a receita de R$ 8,16 bilhões de um ano antes.

O lucro operacional da companhia no primeiro trimestre de 2023 ficou em R$ 3,98 bilhões, alta de 41,6% sobre o resultado de R$ 2,81 bilhões de um ano antes. A empresa teve despesa financeira de R$ 3,13 bilhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo receita financeira de R$ 588,7 milhões um ano antes. O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa no primeiro trimestre de 2023 ficou em R$ 4,89 bilhões, alta de 44% sobre o Ebitda de R$ 3,40 bilhões de um ano antes.

O Estado de S. Paulo – A Eletrobras encerrou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 406 milhões, o que representa uma queda 85% ante o apurado no mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda totalizou R$ 4,890 bilhões entre janeiro e março, um avanço de 44% comparado a um ano antes.

O Ebitda recorrente, por sua vez, somou R$ 5,616 bilhões no período, valor 10% maior que o apurado um ano antes. A receita operacional líquida cresceu 13% na mesma base de comparação para R$ 9,210 bilhões, enquanto a receita operacional líquida recorrente avançou 14%, para R$ 9,266 bilhões. Em seu release de resultados, a empresa afirma que apesar da melhora no resultado operacional, o lucro líquido foi impactado negativamente pela piora do resultado financeiro.

Cemig tem lucro líquido de R$ 1,39 bi no 1º trimestre, queda de 3,9% em base anual

A Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais) registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre de 2023, em queda de 3,9% em relação ao lucro líquido de R$ 1,45 bilhão do primeiro trimestre de 2022. De acordo com as demonstrações de resultados divulgadas na noite de ontem (4/5), a receita líquida no primeiro trimestre de 2023 foi de R$ 8,64 bilhões, em alta de 10,1% sobre a receita de R$ 7,84 bilhões de um ano antes.

O lucro operacional da companhia no primeiro trimestre de 2023 ficou em R$ 1,85 bilhão, alta de 13,9% sobre o resultado de R$ 1,63 bilhão de um ano antes. O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa no primeiro trimestre de 2023 ficou em R$ 2,16 bilhões, alta de 12,8% sobre o Ebitda de R$ 1,91 bilhão de um ano antes. (Valor Econômico)

Geração hidrelétrica e eólica impulsiona resultado da Auren no 1º trimestre

Em meio ao aumento da geração eólica e à melhora do cenário hidrológico, que permitiu maior produção hidrelétrica, a Auren Energia registrou um lucro líquido de R$ 230 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo o prejuízo de R$ 5,5 milhões reportados um ano antes. O resultado que também reflete os benefícios do acordo acertado no trimestre passado com a União a respeito da indenização de Três Irmãos. (O Estado de S. Paulo)

Lucro da Engie Brasil cresce 37% no 1º trimestre

A Engie Brasil registrou lucro líquido consolidado de R$ 882,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, 36,7% acima dos R$ 645 milhões verificados em igual período em 2022. Segundo a Engie, o avanço foi consequência da combinação do aumento de R$ 173 milhões no Ebitda, do efeito positivo de R$ 104 milhões do resultado financeiro líquido, do crescimento de R$ 62 milhões do imposto de renda e da contribuição social e da redução de R$ 22 milhões da depreciação e amortização. A receita líquida da companhia no primeiro trimestre recuou 4,9% na comparação anual, para R$ 2,914 bilhões. (Valor Econômico)

Paraná sanciona política de fomento ao hidrogênio renovável

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), sancionou na quarta-feira (3/5) a Política Estadual do Hidrogênio Renovável, com os primeiros passos para incentivar o uso de hidrogênio. O texto define hidrogênio renovável como “elemento obtido a partir de fontes renováveis por meio de um processo com baixa emissão de carbono”.

Isso significa que a política estadual deverá olhar para diferentes rotas de produção, e incluir, além do H2 verde, produzido a partir da eletrólise, os derivados de bioenergia como etanol e biogás. O estado, que tem uma forte presença do agro, quer aproveitar sua produção de biomassa, ao mesmo tempo em que estimula a aplicação do insumo como fonte energética e na produção de fertilizantes. As informações foram publicadas pelo portal EPBR.

Brasil elevou em 12% as reservas provadas de petróleo em 2022

As reservas provadas de petróleo e gás natural no país totalizaram, em 2022, 14,9 bilhões de barris, o que representa um aumento de 12,2% em relação a 2021 e maior patamar desde 2014, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O crescimento foi, basicamente, no litoral do Sudeste, graças ao pré-sal, com 96% das reservas nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo. O percentual era de 92% em 2013. Fora da região, as reservas marítimas recuaram 64% nesses dez anos. Em terra, a queda foi de 48%, para 460 milhões de barris. O período foi marcado pela concentração de investimentos da Petrobras e outras grandes petroleiras na exploração da Bacia de Santos – o offshore de Sergipe é a grande exceção. (EPBR)

ONS abre consulta externa sobre Cust e procedimentos de rede

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) abriu, na quarta-feira (3/5), a consulta externa a respeito das propostas de aperfeiçoamento nas minutas dos Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (Cust) e nos Procedimentos de Rede relacionados ao tema.

A participação dos agentes e demais interessados será por meio da plataforma ConsultaPR, no SINtegre. A consulta externa terá 30 dias de duração e atende a uma decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Após a etapa de consulta, caberá à Aneel a aprovação final dos Procedimentos de Rede alterados. (ONS)

Brasil importa 5 GW em painéis solares da China no primeiro trimestre de 2023

O Brasil importou 5 GW em painéis solares da China no primeiro trimestre de 2023 e seguiu como maior mercado do continente americano, conforme levantamento da consultoria InfoLink Consulting. Somente em março, o volume de entrada de equipamentos fotovoltaicos foi de 2 GW, superado no mundo apenas pela Holanda, o centro logístico e portuário da Europa.

As importações brasileiras corresponderam à maior parte das entregas de toda a América, que totalizou 7,6 GW no trimestre. De acordo com o estudo, outros países do continente que apresentaram crescimento na compra de módulos fotovoltaicos foram Colômbia e Chile. (Portal Solar)

Conselhão do governo Lula faz primeira reunião após retomada

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão e retomado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, teve ontem (4/5) a sua 1ª reunião. O colegiado é composto por 246 pessoas da sociedade civil, todos com mandato de dois anos, com possibilidade de recondução.

Os convidados pertencem a diversos setores, como artistas, influenciadores digitais, médicos, empresários, integrantes de movimentos sociais, setor financeiro, agronegócio e fintechs. Pelo governo federal participam o presidente Lula, que comanda o órgão, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

O órgão, criado pelo presidente Lula em seu primeiro mandato (2003 – 2007), extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e, agora, recriado, tem por objetivo auxiliar a pensar políticas públicas de desenvolvimento. (portal G1)

“Petrobras será esverdeada, mas sem matar a galinha de ovos de ouro”, diz Tolmasquim

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, disse que a atual gestão da estatal quer deixá-la mais verde, mas, apesar de temores no mercado, não será às custas do negócio principal, a exploração e produção de petróleo – o que dá lucro e engorda o seu caixa.

O objetivo é investir em novas tecnologias de energia renovável, como a eólica em alto mar (offshore), e também em opções mais maduras, na linha do que pares globais já têm feito. Para chegar lá, um caminho considerado é retomar parcerias no exterior, em especial, nos Estados Unidos.

“A Petrobras vai se transformar em uma empresa de energia, mas o petróleo continuará sendo o centro da sua geração de caixa e receitas. Não vamos matar a galinha dos ovos de ouro”, diz o executivo. Tolmasquim participou da Offshore Technology Conference (OTC), maior evento da indústria de petróleo e gás no mar, em Houston (EUA).

Ao portal EPBR, Tolmasquim destacou que a Petrobras entende ser necessário dar prioridade às indústrias no fornecimento de gás natural nos próximos anos. O executivo, que se dedicou em anos recentes aos debates sobre descarbonização, defende que o gás natural tem um papel a cumprir na redução de emissões da produção industrial no Brasil. Mas para fazer sentido, é preciso atender os mercados em que o fornecimento de gás natural for competitivo.

PANORAMA DA MÍDIA

A primeira derrota expressiva de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional mostra uma legião de infiéis e sinaliza uma série de recados ao governo federal. A derrubada na Câmara de mudanças feitas pelo governo federal no Marco do Saneamento, na noite desta quarta-feira (3/5), ocorreu por 295 votos a 136, com votos de partidos que receberam juntos um total de nove ministérios de Lula. (Folha de S. Paulo)

**

O jornal O Estado de S. Paulo também destaca a derrota de Lula na Câmara, em relação ao Marco do Saneamento. A cúpula petista defende trocas de ministros, principalmente do União Brasil, que controla Comunicações, Turismo e Integração. O partido tem uma bancada de 48 deputados e todos votaram contra o governo na sessão que derrubou a revisão do Marco do Saneamento. O projeto seguirá agora para análise do Senado.

**

Governo dos EUA pressiona ‘big techs’ a limitar riscos da inteligência artificial, diz a manchete de hoje (5/5) do jornal O Globo. A reportagem destaca que a Casa Branca cobra ‘responsabilidade ética’ das empresas de tecnologia e o Brasil prepara nova lei.

**

O Valor Econômico informa que os juros altos, a escassez de crédito, a forte competição entre as empresas e a inadimplência das famílias têm afetado até redes de varejo líderes do mercado, como Renner, Assaí e Carrefour. Num cenário de consumo mais fraco, companhias como estas, historicamente mais protegidas das crises, também têm sido castigadas. Além desses fatores, questões pontuais de cada negócio contaminam o humor do mercado – e, em decorrência, o desempenho das ações das empresas.