O Valor Econômico informa que a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na Usina Angra 1, ontem (11/5), para apurar o vazamento de água contaminada com resíduos nucleares em 16 de setembro de 2022. A diligência está relacionada a dois inquéritos policiais em trâmite na Delegacia de Angra dos Reis.
A reportagem explica que as investigações buscam apurar supostas condutas omissivas na comunicação dos eventos, além de eventuais crimes ambientais, de acordo com nota da Polícia Federal. Em abril deste ano, a Agência Brasil informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) fizeram uma vistoria conjunta em Angra 1 para monitorar a liberação não planejada de efluentes radioativos no mar.
A reportagem esclarece, ainda, que a Eletronuclear levou quatro meses para admitir o despejo de substâncias radioativas da usina nuclear no mar, conforme informado pelo Ibama em 24 de março. Segundo o instituto, o vazamento de setembro só foi reconhecido pela estatal responsável em janeiro deste ano.
Ibovespa sobe após dividendos da Petrobras
Investidores continuaram a retirar prêmios de risco dos ativos locais na sessão de ontem (11/5) da Bolsa de Valores, na medida em que melhoram as perspectivas para o noticiário político e econômico doméstico e com dados de inflação nos EUA surpreendendo positivamente, informa o Valor Econômico.
De acordo com a reportagem, na Bolsa também pesou positivamente a decisão da Petrobras de distribuir R$ 24 bilhões em dividendos. No fim da sessão de ontem, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 cedeu de 11,365% para 11,24%; e a do DI para janeiro de 2027 passou de 11,50% para 11,35%. O dólar comercial fechou em queda de 0,28%, a R$ 4,9356, e o Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,75%, aos 108.256 pontos. Assim, o índice completou seis pregões seguidos de altas e voltou ao patamar dos 108 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro.
Dividendo da Petrobras mostra que mudar regra de remuneração não é tão fácil como parece
Aprovado ontem (11/5) pelo conselho de administração da Petrobras, o pagamento de R$ 24,6 bilhões em dividendos, como antecipação relativa aos resultados do 1º trimestre de 2023, está em linha com o que vem sendo distribuído pela companhia aos acionistas e mostra a dificuldade do governo de mudar rapidamente a regra para remuneração aos investidores, que vem das administrações anteriores da estatal, analisa o Valor Econômico.
De acordo com a reportagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, crítico dos dividendos da Petrobras, teria pedido a Jean Paul Prates, presidente da empresa, para não romper contratos e fazer a mudanças aos poucos. Interlocutores avaliam que essa é uma posição “cômoda” para o governo, pois permite dizer que existe uma política de pagamentos aos acionistas que não pode ser rasgada, embora esteja claro que Lula e Prates querem mudá-la.
Ainda de acordo com o Valor, a avaliação do governo sobre o tema também não parece ser única: a Fazenda se beneficia pelo alto dividendo da Petrobras, uma vez que ajuda a fechar as contas do governo, mas a ala política do Planalto e o PT criticam a distribuição desconsiderando, justamente, que a União é uma das principais beneficiárias.
A avaliação é que o dividendo da Petrobras no segundo trimestre já poderá ser limitado. Em fato relevante divulgado hoje, o conselho de administração da Petrobras determinou à diretoria-executiva da empresa que elabore uma proposta de ajuste do atual planejamento estratégico 2023-2027 e faça um “aperfeiçoamento” da política de remuneração aos acionistas.
Copel prioriza oferta de ações para privatização e descarta leilão de transmissão
A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) segue com o processo de transformação da companhia em corporation (sem acionista controlador ou capital pulverizado) e confirma para outubro a expectativa da oferta de ações para privatização. As informações foram dadas pelo CEO em exercício, Cássio Santana, durante teleconferência de resultados do 1º trimestre a analistas de mercado, realizada ontem (11/5).
“Neste momento, nossa prioridade é a obtenção dos waivers (renúncias de direitos ou exigências) em relação aos credores das nossas dívidas e a conclusão do processo de valuation e due dilligence, os quais estão sendo realizados por empresas independentes e acompanhadas pelo Tribunal de Contas do Paraná”, explicou. O executivo destacou que a empresa está focada no processo, seguindo todas as regras de governança. “Continuamos com a perspectiva de realizar a oferta em outubro desse ano”, garantiu. (InfoMoney)
Expediente usado pela Light criou “agonia sem fim para credores”, diz Goldberg, da Lumina
O expediente utilizado pela Light, de pedir suspensão de pagamentos de dívida e recorrer à recuperação judicial na holding – e estender para as empresas operacionais –, mesmo sem uma previsão legal, criou uma situação inusitada no mercado de crédito brasileiro, e uma “agonia sem fim” para quem está na ponta credora, segundo Daniel Goldberg, sócio da Lumina, gestora especializada em situações especiais.
“Para quem está no polo oposto dessa liminar e não pode executar garantias, não tem nem luz no fim do túnel porque não tem túnel”, disse o executivo ao participar de painel de evento da XP. “As distribuidoras (de energia), assim como os bancos, quando estão em situação claudicante, a legislação decidiu que nunca mais podem passar por uma recuperação judicial (depois de episódios traumáticos no setor) e a Aneel (a agência reguladora do setor) virou o que é o Banco Central para os bancos”, comentou. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Globo traz como principal destaque da edição desta sexta-feira (12/5), uma entrevista com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O executivo disse ter encontrado uma empresa “traumatizada com os problemas do passado”, mas que se prepara para voltar a investir em novas áreas, inclusive na transição energética.
A estatal está prestes a concluir sua nova estratégia comercial, com a promessa de oferecer valor menor ao consumidor do que a política de paridade de importação (PPI), que leva em conta o valor do dólar e do petróleo. Ele antecipa detalhes da nova estratégia comercial da empresa, como a adoção de preços de combustíveis distintos de acordo com cada região e cliente, mas diz que a estatal não vai se desgarrar do mercado internacional. Prates classificou como erros as vendas de gasodutos, refinarias e da BR Distribuidora.
**
O principal destaque do Valor Econômico é a aprovação, pelo conselho de administração da Petrobras, do pagamento de R$ 24,7 bilhões em dividendos aos acionistas (R$ 1,89 por ação).
**
A Folha de S. Paulo informa que, com a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600 às vésperas da eleição e a geração de vagas de trabalho, a desigualdade de renda entre ricos e pobres caiu em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), para o menor nível de uma série histórica iniciada em 2012, segundo dados divulgados ontem (11/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
**
Já o jornal O Estado de S. Paulo traz como principal destaque de edição de hoje (12/5) a informação de que, em meio a denúncias de manipulações e escândalos envolvendo atletas e apostadores, uma medida provisória que está em fase final de elaboração pelo governo, deve regulamentar o funcionamento das apostas esportivas, proíbir que dirigentes, técnicos, árbitros e jogadores de futebol realizem apostas, vetar divulgação de publicidade e propaganda comercial de operadores não autorizados e impedir que as casas de apostas adquiram, licenciem ou financiem a aquisição de direitos de eventos esportivos para transmiti-los, distribuí-los ou reproduzi-los em quaisquer plataformas.